06.05.2009 - “Finalmente, irmãos, ocupai-vos com tudo o que é verdadeiro, nobre, justo, puro, amável, honroso, virtuoso, ou que de qualquer modo mereça louvor” (Fl 4, 18).
Nessa passagem São Paulo Apóstolo recomenda o real comportamento dos cristãos, do qual todos os termos eram correntes entre os moralistas gregos do seu tempo e conclamam a todos a colocar em prática o seu ensinamento e, sobretudo, seguir o seu exemplo: “Sede meus imitadores, irmãos, e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós” (Fl 3, 17).
Para São Paulo o amor e a paz excedem todo o entendimento e nos torna cheios de toda plenitude de Deus (Ef 3, 19 e Fl 4,7). Aqui estar o mais alto e belo da conduta cristã santa para ser amável e ser um evangelizador amado por todos.
O maior Mestre de todos os tempos: Jesus de Nazaré disse: “Aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrarei descanso para vossas almas” (Mt 11, 29).
Uma alma que aprende com Jesus torna-se aliviada, tranqüila e amável.
São Tiago Apóstolo aprendeu corretamente com Cristo, por isso ele escreveu: “Quem dentre vós é sábio e inteligente? Mostre, por seu bom procedimento, que ele age com a mansidão que vem da sabedoria” (Tg 3, 13).
Não devemos desprezar as pequenas gentilezas na vida diária. É notável que algumas pessoas, sim, até cristãos, pensem não ser necessário portar-se de modo cortês e amável. Considera desnecessário dizer uma palavra cordial como evidência de amor.
“É obvio que nos amamos”, desculpam-se. “Não é prático, nem viável, que pais e filhos, ou irmãos, fiquem sempre declamando amor uns aos outros!”
Pergunta-se: Temos respondido a iniciativas de amizade cordial, como cartas, telefonemas ou emails? Agradecemos por gestos de assistência ou simpatia que nos são feitos? Cuidamos para que os parentes, que estão longe, nunca fiquem a esperar por aquela notícia pela qual tanto anelam? Ah, e como temos agido em nossa vida caseira? Estamos manifestando plenamente o amor de Cristo na esfera do lar? Ou também somos da opinião que tais coisas são “obvias”?
Pequenas gentilezas nunca são demais. Deixar de evidenciar o bem para o outro pode, mais adiante, ser dolorido para nós. É bom levarmos em conta que o principio universal, de que “tudo o que o homem semear isso também ceifará”, também se aplica à vida cotidiana (Gl 6,7.8; 2 Cor 9,6).*
O segredo de encantar as pessoas e ser amado é ser amável. A verdadeira beleza e a sabedoria estão em ser amável.
Quando não existem rosas, ser amável representa uma lindo jardim.
Há muito poder num sorriso, numa palavra carinhosa, num aperto de mão, no silêncio amável e na frase mais poderosa do mundo colocada em nosso coração, na cabeceira da cama, na porta de casa ou da geladeira e na direção do carro: “EU TE AMO”.
A primeira Doutora da Igreja e a grande mística carmelita Santa Teresa de Ávila afirmou magistralmente: “Quanto mais santos, mais afáveis”.
Com a graça, o amor e a paz de Deus, sejamos amáveis!
Pe. Inácio José do Vale
Pároco da Paróquia São Paulo Apóstolo
Professor de História da Igreja
Faculdade de Teologia de Volta Redonda
E-mail: [email protected]
*Leituras Cristãs, n. 2, p.48.