29.04.2009 - Autoridades americanas confirmaram nesta quarta-feira a primeira morte por gripe suína no país. Um bebê de 23 meses, do Texas, é a primeira vítima da doença fora do México, onde o governo reduziu nesta terça-feira o número de mortos de 20 para sete. A OMS (Organização Mundial de Saúde) não se pronunciou.

A morte do bebê foi confirmada por Richard Besser, diretor do Centro de Controle de Doenças e Prevenção, em uma entrevista à rede de televisão CNN. Besser, contudo, não deu maiores detalhes sobre a vítima ou as circunstâncias da morte.

Os EUA registraram ao todo 65 casos da doença no país, a maioria em uma escola de Nova York onde um grupo de estudantes e professores voltou recentemente de viagem ao México --onde, uma semana após o surgimento da epidemia, sete pessoas morreram pela doença e outras 152 suspeitas de morte pelo vírus estão sendo investigadas.

O vírus é transmitido como o de uma gripe comum, de pessoa para pessoa, e até agora as autoridades de saúde registraram que os antigripais Relenza e Tamiflu são eficientes contra a infecção. Embora tenha tido origem provável em porcos, não há risco de contrair a doença pela ingestão de carne de porco, porque a temperatura de cozimento (acima de 70ºC) mata o vírus.

Os sintomas em humanos são parecidos com os da gripe comum e incluem febre acima de 39°C, falta de apetite e tosse. Algumas pessoas com a gripe suína também relataram ter apresentado catarro, dor de garganta, náusea.

Epidemia

Casos da doença foram registrados em outros nove países: Alemanha, Inglaterra, Escócia, Áustria, Espanha, Canadá, Israel, Costa Rica e Nova Zelândia.

As autoridades de saúde da Áustria confirmaram nesta quarta-feira o primeiro caso de gripe suína no país, em uma mulher que fez uma viagem à Guatemala com uma rápida escala no México. O país tornou-se assim o quinto país europeu a relatar casos de infecção pelo vírus.

O Ministério da Saúde informou que os exames virológicos confirmaram que uma austríaca de 28 anos, internada num hospital de Viena, foi infectada pelo vírus H1N1.

Mais cedo, o governo alemão confirmou três casos de gripe suína no país. O Instituto Robert Koch de virologia, responsável pelos exames dos suspeitos de ter contraído a doença na Alemanha, anunciou que três pessoas sofrem da gripe suína no país.

O instituto explicou que um dos casos é o de uma jovem de 22 anos que está internada em um hospital de Hamburgo, após apresentar sintomas gripais em seu retorno de uma viagem ao México. O segundo caso é de um homem de mais de 30 ano, tratado na clínica universitária de Regensburg. A terceira paciente é uma mulher de 37 anos residente de Kulmbach, ambas no sul da Alemanha. Os dois tinham retornado de viagem ao México.

O premiê britânico, Gordon Brown, confirmou também nesta quarta-feira, em sessão do Parlamento, três casos confirmados da doença na Inglaterra, além de outros dois confirmados no início da semana na Escócia.

Segundo o premiê, dois adultos e uma menina estão infectados com a doença respiratória.

Brown explicou ainda que a escola onde a jovem britânica estuda foi fechada provisoriamente e todos os alunos serão vacinados preventivamente. A menina vive em Torbay, no sudoeste da Inglaterra. Um dos homens é de Birmingham e outro, de Londres.

Na Oceania, a Nova Zelândia aumentou para 14 o número de casos confirmados da doença. Segundo a responsável pela área de saúde do país, Julia Peters, outros estudantes de um grupo escolar que visitou recentemente o México tiverem testes positivos para a doença. Um outro turista, que também visitou recentemente a América do Norte, apresentou os sintomas da gripe suína.

"Nós devemos assumir que há gripe suína em 14 casos identificados", disse Peters aos repórteres. "Todos os 14 responderam bem ao tratamento com drogas antivirais e estão em quarentena voluntária em casa".

Há ainda dois casos confirmados na Espanha, outros 13 no Canadá, dois em Israel e um na Costa Rica.

Reunião de emergência

Em Genebra, Suíça, a OMS realizará nesta quarta-feira uma 'revisão científica' sobre a gripe suína para reunir informações sobre a difusão do vírus pelo mundo, o modo de transmissão, os efeitos do vírus no homem e modos de tratamento.

Especialistas dos EUA, México e outros países com casos confirmados da doença participarão, por telefone, da reunião e um relatório deve ser publicado ao final do encontro.

A OMS aumentou nesta segunda-feira o nível de alerta de três para quatro, em uma escala de até seis. O alerta representa o reconhecimento da transmissão do vírus de pessoa para pessoa e surtos da doença em comunidades.

Nesta terça-feira, a OMS afirmou, contudo, que a gripe suína poderia evoluir para uma 'pandemia leve' e advertiu os governos para que tomem medidas de precaução.

O termo pandemia é utilizado pela organização para descrever a ocorrência de uma doença grave simultaneamente em muitos países. até o momento, contudo, a maioria dos casos confirmados em nove países de quatro continentes foram relacionados aos casos da doença no México.

A organização, contudo, não pediu restrições de viagens ao México e outros locais infectados e já afirmou que fechar fronteiras não será solução para evitar uma possível pandemia.

Fonte: Folha on line

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Diz na Sagrada Escritura:

"Haverá grandes terremotos por várias partes, fomes e pestes, e aparecerão fenômenos espantosos no céu". (Lc 21,11)

"E vi aparecer um cavalo esverdeado. Seu cavaleiro tinha por nome Morte; e a região dos mortos o seguia. Foi-lhe dado poder sobre a quarta parte da terra, para matar pela espada, pela fome, pela peste e pelas feras". (Ap 6,8)