Artigo de Everth Queiroz Oliveira: Pecado entre aspas


24.04.2009 - "O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, assumiu nesta segunda-feira (13) que é pai de um garoto de dois anos. A criança foi concebida quando Lugo ainda era um bispo católico.

“É certo que houve uma relação com Viviana Carillo. Diante disso, assumo todas as responsabilidades que possam derivar de tal feito, reconhecendo a paternidade do menino,” disse Lugo em uma mensagem pela TV". Fonte: G1

Todos sabem - até os que têm o menor conhecimento sobre Igreja - que “sacerdote não pode casar”, ou melhor, sacerdote não pode ter relações sexuais. Ótimo. É lei da Igreja. Todos deviam cumprir. Mas (essa adversidade está me dando um nervo), como existem heresias e hereges, fiéis e infiéis, existem aqueles que não cumprem o que manda a Mãe, Corpo de Cristo. Fernando Lugo, “ex”(como se isso anulasse o famoso Tu és sacerdote pra sempre segundo a ordem de Melquisedec)-bispo da Igreja Católica, assumiu que engravidou uma mulher quando ainda era bispo.

Além de ser uma tremenda falta de respeito com o sacramento da Ordem, Lugo desrespeitou a castidade que todo homem é convidado a seguir a partir de seu batismo. E não é só Lugo que fez isso não. Se fosse um caso isolado, estava razoável. Mas, o mundo está cheio de Lugos, não só no aspecto celibatário, mas na questão doutrinária - tanto é que um bispo alemão afirmou que Cristo não nos remiu (agonizante!) - também. Os casos de padres pedófilos, ou que tem relações sexuais com mulheres e, pasmem, até homens, são grandes. Mas, isso não pode ser motivo para que a Igreja não mais conserve o conceito do celibato clerical.

Esse princípio de que se uma lei não mais estiver sendo cumprida por todos, ela deve ser anulada ou mudada é algo absurdamente errado. Bom, pensando assim, já que tantas pessoas matam, vamos legalizar o aborto, o homicídio etc. Não é assim que o Estado, muito menos a Igreja deve agir. O que deve ser tratado é o problema, não a lei. Ora, se os padres andam por aí pecando dessa forma, a culpa é da Igreja que instituiu o celibato dos padres? Não, ora essa. O que deve mudar é a conduta dos padres e não a lei da Igreja. Só que isso só é possível com muita oração e perseverança na fé, pois, não é fácil manter a castidade, ainda mais quando se ocupa um cargo tão importante como o sacerdócio em que devemos ser exemplo em todos os momentos em todas as ocasiões, em todos os lugares.

Mas, o que nos deixa mais entristecidos é a Globo escrever a frase que transcrevo:

"Igreja pede perdão por ‘pecado’ cometido por presidente paraguaio" (leia matéria aqui)

Fico triste não pelo fato da Igreja pedir perdão. Isso não é motivo de tristeza, mas de alegria: a Igreja se mostra humilde e preocupada em ‘consertar’ os erros dos seus filhos, pecadores. O que me deixou com dúvidas foi o pecado entre aspas. É como se a Globo estivesse reduzindo a gravidade moral do erro do padre e dizendo assim: Ah, isso não pode ser considerado pecado. A Igreja católica é muito atrasada e tem que mudar essa lei do celibato dos padres. Por trás desse pecado entre aspas, há um desejo de desprezar o sentido dos pecados. Ora, um pecado é um pecado e ponto final! Não existe “pecado” e nem pecadinho, ou pecadão. É pecado e não “pecado”.

Contudo, esse é, sem dúvida, o tempo dos contrários. Rezemos pela Igreja e façamos, como lembrou Jorge, penitência pelos pecados abomináveis praticados por alguns padres do clero. Façamos como Jesus, que tomou sobre si as dores do mundo inteiro. Rezemos incessantemente pela Santa Sé.

Paz.

Fonte; http://beinbetter.wordpress.com


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