CNBB enfrenta desafio de promover aumento do número de padres


23.04.2009 - Entre as iniciativas, fortalecimento da pastoral vocacional e do trabalho com as famílias

Por Alexandre Ribeiro

INDAIATUBA.- Um responsável da CNBB adiantou que as novas Diretrizes da Formação Presbiteral da Igreja no Brasil enfrentarão o desafio de promover o crescimento do número de sacerdotes no país.

Isso porque o número atual de padres não é suficiente para a ação evangelizadora, reconheceu Dom Esmeraldo Barreto de Farias, bispo de Santarém (Pará).

Dom Esmeraldo de Farias, que é presidente da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, disse hoje em Itaici (São Paulo) que as novas diretrizes serão aprovadas até o dia 1º de maio, quando encerra a 47ª Assembleia Geral da CNBB. O texto passará nestes dias por cinco revisões completas.

No Brasil, há cerca de 18.100 sacerdotes, para uma população de 190 milhões de habitantes hoje, sendo cerca de 74% os católicos, segundo o Censo de 2000 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Há no país 9 mil seminaristas diocesanos. Os seminários somam 538 casas.

Segundo o bispo de Santarém, uma das formas de promover o crescimento do clero é dar mais ênfase ao trabalho com a pastoral vocacional.

A CNBB estimulará uma pastoral vocacional mais eficaz, que “possa ajudar os jovens a descobrir o chamado de Deus, apresentando este modo de servir Jesus Cristo através do ministério ordenado”, disse.

Além do trabalho da pastoral vocacional, haverá mais ação junto dos leigos, para estimular que a partir das próprias famílias os jovens se integrem na vida da Igreja, e consequentemente se criem ambientes de despertar vocacional.

Como iniciativa que serve de modelo para a pastoral vocacional que a CNBB quer difundir no país, Dom Esmeraldo citou a diocese de Conceição do Araguaia (Pará).

“Lá o bispo busca entre os jovens das várias paróquias aqueles que já são maiores de 19 anos e que aceitem dedicar um ano à Igreja”, disse. Os jovens recebem formação durante três meses. Nos outros nove meses se dedicam a diferentes atividades apostólicas, como visitas às escolas, formação de grupos, missões.

“Estamos buscando para a Igreja no Brasil a formação de futuros presbíteros que possam responder a este grande desafio de construir uma Igreja discípula e missionária de Jesus Cristo”, disse.

“Precisamos de discípulos e missionários de Cristo que possam ir ao encontro das pessoas.”

A atenção aos sacramentos e o atendimento na paróquia são fundamentais, reconheceu o bispo, mas é preciso avançar.

Pessoalmente e por meio de grupos de leigos e organismos pastorais, os padres devem se moldar numa dinâmica de ir ao encontro das pessoas, indicou o bispo.

Fonte: www.zenit.org


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