Tv, Família e Conversão


18.04.2009 - Por Julie Maria  -  http://juliemaria.wordpress.com

O irmão Demerval comentou um post que escrevi sobre as novelas da melhor maneira: dando o seu testemunho e o de sua família sobre a inteligente decisão de não ver mais TV. Gostaria de compartilhar resumidamente meu testemunho em relação à Tv e abaixo coloco, com alegria, o post do Demerval, e rezo para que ele inspire muitas, muitas, milhares famílias a fazer o mesmo! É um ato de coragem que redundará em um bem imenso, um bem que as famílias nem imaginam! Vale a pena tentar!!!

Eu nasci escutando sobre as maquinações da TV pois quando comecei a entender “algo” daquele meio meu pai, marketeiro, fazia questão de nos dizer tudo que estavam por trás de cada programa e novela, e na minha casa a novela sempre foi proibida de ser assistida. Quem conhece meu pai, sabe que seria quase impossível pensar que ele pudesse proibir algo. Tudo sempre foi muito dialogado, mas novela não. Só mais tarde fui entender o por que! Ela era uma destruidora de todos os valores que ele estava nos transmitindo. Mesmo assim, eu via alguns capítulos “escondido” dele, mas quando ele chegava em casa… não tinha conversa. E olha que novela há 12 anos atrás não era tão baixa e vulgar como as de agora, e as novelas das 20h eu não me lembro de ter visto uma sequer! Glória a Deus!

Mas em 1997, no meu primeiro ano da Faculdade, eu fui morar sozinha em Buenos Aires e não tinha $ para comprar a tal da Tv. Já havíamos gastado dinheiro demais com a mudança. Resultado: um ano sem Tv e simultaneamente o ano em que eu “aprendi” a ler. Se novela não podia, leitura na minha casa sempre foi “obrigatório”… Mas apesar das indicações do meu pai de bons livros e seu total apoio à leitura, eu era “viciada” mesmo na revista Capricho (que também não era podre como agora… mas já era pior que quando minha tia, 7 anos mais velha, a lia), e só “aprendi” a ler mesmo quando entrei na faculdade. Resultado: “aprendendo” a ler e sem Tv por um ano, impossível voltar a vê-la depois disso! São 12 anos de paz neste sentido e por isso convido a todas as famílias a darem este presente a si mesma: desgligar a Tv e que ela deixe espaço para a verdadeira Rainha do Lar, Maria Santíssima!

Belíssimo testemunho abaixo:

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Por Demerval Jr.

Li, ontem à noite, um post no blog da Julie Maria sobre as telenovelas brasileiras. E mediante tudo o que ela disse lá - e ela disse muuuita coisa!… - o que mais me chamou a atenção foi a notícia, ótima por sinal, da gradual queda de audiência dessas novelas nas medições do IBOPE. É uma ótima notícia sobretudo porque, ao que parece, as pessoas estão se cansando dos chavões e clichês globelezais, como diria o Ed Mort.

Há muito tempo, desde 1996, aqui em casa tomamos uma decisão, digamos, radical: deixamos de ver os programas de TV. Estávamos cansados já daquela doutrinação relativista, dos constantes escrachos semi (e às vezes pluri) pornográficos e das recorrentes alusões preconceituosas sobre a Fé católica, numa despudorada falta de respeito pelos valores cristãos, tudo isso insuflado pelo velho e péssimo positivismo.

Da indignação para a atitude foi fácil: conversando sobre isso, minha esposa e eu, decidimos não dar mais “ibope” para essa turba de hipócritas. Subi ao telhado, retirei e desmontei a antena, fui à loja e comprei um videocassete (naquela época ainda não havia aqui o DVD player). Pronto: tínhamos na TV somente o que queríamos ver, escolhido PREVIAMENTE depois de devidamente lida a respectiva sinopse e nos horários que queríamos, além de - maravilha! - não haver nenhuma propaganda…

Antes disso, em casa era o caos. Eu era fissurado em telejornal, minha mulher gostava de ver as novelas e meus filhos não desgrudavam os olhos dos desenhos animados. As refeições eram tomadas diante da televisão, totalmente alienados que éramos. Resultado: nesta família não havia mais diálogo. E numa casa onde as pessoas não conversam, ninguém entende ninguém e todo mundo quer ter razão…

Graças à Deus que eu e minha digníssima vimos a tempo o buraco em que estávamos nos “aconchegando” e decidimos que a TV não poderia ser o centro de nossa vida doméstica. Vimos que isso caminhava para a idolatria: todos em volta da televisão, silenciosos e atentos, rindo ou chorando ao gosto dela e acreditando em tudo o que ela nos dizia. Depois de nossa reflexão, tiramos o aparelho do centro da sala de visitas e o pusemos no canto de um quartinho. Pronto! Quebrou-se o ídolo!

Lembro-me que toda essa conversão começou quando, numa daquelas conversas animadas com visitas em dias de aniversário, alguém puxou uma dessas invenções falaciosas contra a Igreja. No dado momento em que eu defendia nossa religião, a fulana que havia trazido à baila a “novidade” se exaltou e, elevando a voz, declarou meu fanatismo pois que eu era cego e não via a verdade. Aí, perguntei quais eram as provas da dita verdade, ao que ela prontamente respondeu numa nesga de sarcasmo: “mas saiu até no Jornal Nacionaaal! Viu como você é alienado?”

Diante dessa situação desagradável, num estalo percebi o grau de importância que se dava à TV, maior do que o da Igreja! Vi ali que as coisas já tinham ido longe demais, que a televisão havia se tornado mesmo uma religião na qual deveríamos acreditar só porque “saiu na TV”… Mas fiquei realmente assustado foi quando percebi que eu também, até então, nunca havia desconfiado daquela farsa, nunca havia percebido que as notícias da telinha eram sempre as mesmas ainda que em canais diferentes, que os programas que me faziam rir a cada vez apertavam mais no escracho sobre os valores da fé e da família e eu ia concordando com isso todo sorridente e achando até normal… Foi um estalo de chicote na consciência, como se o Espírito Santo me revelasse ali, diante daquela minha oponente, a minha própria idolatria televisiva. E fiquei com muita vergonha de mim mesmo…

O resultado daquela reflexão foi, como disse, uma verdadeira conversão para os valores realmente valorosos (desculpe-me a redundância mas, mediante os tristes fatos de hoje em dia, isso se faz necessário, que lástima…). Foi assim que expulsamos de nossa casa os baals e outros ídolos que entravam aqui via controle [ter]remoto. Isso teve consequências, como não poderia deixar de ser. Passamos a tomar as refeições à mesa novamente com oração e com alegria, as crianças passaram a brincar como crianças ao invés de se robotizarem sob a hipnose da telinha, minha esposa e eu voltamos a conversar como nos tempos de namorados, as visitas deixaram de disputar nossa atenção com os intervalos das novelas, tivemos mais tempo para as coisas de casa e para os passeios e, algo espantoso, deixamos de consumir muitas coisas desnecessárias que antes nos pareciam essenciais… Enfim, passamos a viver uma vida saudável de família. E assim vem sendo desde então, graças à Deus!

Mas também, por causa disso, fui tachado de alienado (por acharem que vivia desinformado), fanático religioso (por pensarem que isso era coisa da Igreja), perverso (por “não deixar” as crianças se divertirem[!!!]…) e alguns parentes até deixaram de vir aqui porque não tinham como ver seus programas imperdíveis, veja se pode…

Agora, mediante essa notícia muito boa que a Julie Maria me deu, percebo que cada vez mais há pessoas que se conscientizam de que há, sim, vida inteligente longe da televisão e que é possível, sim, viver num mundo dito globalizado sem precisar saber o que se passa na rede-grobo (como dizia o Didi Mocó Sonrizepi Colesterol Novalgina Mufumba - para ver como certas coisas ficaram incutidas em minha cabeça - rsrsrsrs!!!).

Com isso, um dia meditando sobre o livro do Apocalipse, cheguei à conclusão de que o texto bíblico poderia muito bem estar profetizando sobre a televisão quando fala sobre a figura da besta-fera (Ap 13), veja:

“2 A Fera que eu vi era semelhante a uma pantera: os pés como de urso, e as fauces como de leão. Deu-lhe o Dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade.
3 [...]E todos, pasmados de admiração, seguiram a Fera
4 e prostraram-se diante do Dragão, porque dera seu prestígio à Fera, e prostraram-se igualmente diante da Fera, dizendo: Quem é semelhante à Fera e quem poderá lutar com ela?
5 Foi-lhe dada a faculdade de proferir arrogâncias e blasfêmias[...].
6 Abriu, pois, a boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar o seu nome, o seu tabernáculo e os habitantes do céu.
7 Foi-lhe dado, também, fazer guerra aos santos e vencê-los. Recebeu autoridade sobre toda tribo, povo, língua e nação,
8 e hão de adorá-la todos os habitantes da terra, cujos nomes não estão escritos desde a origem do mundo no livro da vida do Cordeiro imolado.
9 Quem tiver ouvidos, ouça!
10 [...]Esta é a ocasião para a constância e a confiança dos santos!
[...]
15 Foi-lhe dado, também, comunicar espírito [vivificar] à imagem da Fera, de modo que essa imagem se pusesse a falar e fizesse com que fosse morto todo aquele que não se prostrasse diante dela.
16 Conseguiu que todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, tivessem um sinal na mão direita e na fronte,
17 e que ninguém pudesse comprar ou vender, se não fosse marcado com o nome da Fera, ou o número do seu nome.
18 Eis aqui a sabedoria! Quem tiver inteligência, calcule o número da Fera, porque é número de um homem, e esse número é seiscentos e sessenta e seis.”

Medonho, não? Mas é uma hipótese, já que se sabe que não só a TV mas os grandes meios de comunicação estão a serviço de uma real doutrinação social cujo objetivo é a já declarada “nova ordem mudial” que bem se pode traduzir como o governo do anti-Cristo… Está tudo aí, “quem tiver inteligência”…

Mas “deixando de lado os entretanto e partindo para os finalmente”, como diz Odorico Paraguaçu, continue refletindo sobre isso lendo o texto da Julie. Basta clicar aqui: juliemaria.blogspot.com e reflita sobre o papel da TV em sua própria vida, julgando por você mesmo todos os fatos. Boa reflexão!…
 


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