14.04.2009 - ASSUNÇÃO- O Presidente do Paraguai, Fernando Lugo, admitiu hoje ser o pai de Guillermo Armindo Carrillo Cañete, um menino que em maio fará dois anos de idade, fruto de sua relação com a jovem Viviana Carrillo, quem faz uns dias interpôs um processo por filiação ao mandatário.
O ex-bispo de São Pedro, seguidor da teologia marxista da libertação, admitiu do Palácio de Governo que teve uma relação com a jovem, a quem conheceu quando ele era Bispo de São Pedro e ela tinha 16 anos de idade, e além disso reconheceu ser o pai do menor, nascido em maio de 2007.
"Perante minha consciência e em homenagem a toda a população que depositou sua confiança em minha pessoa, manifesto com a mais absoluta honestidade, transparência e sentido do dever, em relação à polêmica suscitada por uma suposta demanda de filiação, é certo que houve uma relação com Viviana Carrillo", disse.
"Diante disso –prosseguiu– assumo todas as responsabilidades que pudessem derivar de tal fato, reconhecendo a paternidade do menino", indicou o Presidente em conferência de imprensa em Palácio de Governo.
Em sua demanda, Carrillo detalha os inícios de sua relação com Lugo quando ainda era Bispo e assegura que seguiu sendo seu parceiro durante a campanha eleitoral.
"Em 2006, ao tempo que o demandado se desempenhava como Diretor do Colégio do Verbo Divino de Assunção, mudei-me à capital a solicitude do mesmo, onde seguimos nos vendo, mas às escondidas porque ele era muito conhecido e como resultado de que começou a entrar na política, me visitando de vez em quando em São Lourenço (...), onde ia com uma Nissan Patrol do bispado ou com um automóvel Mercedes Benz cor negra polarizada que ele já tinha em São Pedro", indica a demanda.
Carrillo assinala também que "a gota que encheu o copo, a razão desta demanda, foi que a última vez que nos vimos, estando dentro de um veículo com o demandado, discutindo novamente pela desatenção do mesmo para com seu filho, e ao lhe assinalar que não podia ser que eu tivesse que mendigar todos os meses para que seu filho pudesse comer, e que aparentemente não o queria, deu-me um tapa na cara, me assinalando que jamais dissesse isso".
Fernando Lugo, que integrou a congregação dos missionários do Verbo Divino, renunciou em 2005 a ser Bispo da diocese de São Pedro. Pouco depois começou a encabeçar manifestações cidadãs e anunciou sua postulação às eleições de 2008. Em 2006 apresentou sua renúncia ao estado clerical, mas o Vaticano lhe pediu respeitar seu compromisso sacerdotal e abster-se de ingressar na política partidária.
Depois de ganhar as eleições do ano passado, em 30 de julho de 2008 Fernando Lugo perdeu o estado clerical, através de um decreto da Congregação para os Bispos em que também se lhe dispensava "dos votos religiosos feitos na Sociedade do Verbo Divino, da obrigação do celibato e das demais obrigações que o estado clerical comporta".
Fonte: ACI
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Em La Salette - França, 1846, Aparição reconhecida pela Santa Sé, disse Nossa Senhora
“Os sacerdotes, ministros de Meu Filho, por sua má vida, por suas irreverências e por sua impiedade em celebrar os santos Mistérios, por seu amor ao dinheiro, às honras e aos prazeres, se converteram em cloacas de impurezas” - (isso em 1846, imaginem agora).
“Que com suas infidelidades e sua má vida crucificam de novo ao Meu Filho!
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Lembrando...
Fernando Lugo, o bispo que largou a batina para disputar a presidência
19.04.2008 - O ex-bispo católico rebelde Fernando Lugo, suspenso "a divinis" pelo Vaticano, é um dos favoritos para ganhar a eleição presidencial do próximo domingo, no Paraguai.
Partidário da Teologia da Libertação, admirador de Leonardo Boff e de Dom Helder Câmara, simpatizante dos governos de Hugo Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia) e de Rafael Correa (Equador), o ex-religioso, de 56 anos, pendurou a batina no Natal de 2006 para disputar a presidência.
No Equador, ele trabalhou com monsenhor Leonidas Proaño, conhecido pelos equatorianos como "o bispo dos pobres".
Lugo lidera uma aliança de cerca de 20 partidos e movimentos políticos e sociais, a maioria de esquerda.
Há três anos, apesar da idade, mantinha-se como bispo emérito, sem cargo, após deixar a diocese de San Pedro, no departamento de mesmo nome, o mais pobre do Paraguai.
Sobrinho de um dirigente do Partido Colorado (oficialista) que foi perseguido e exilado pelo ditador Alfredo Stroessner (1954/89), Lugo entrou tarde para a política, em 29 de março de 2006, quando conseguiu reunir 40.000 pessoas de todas as tendências políticas para protestar contra o atual governo de Nicanor Duarte.
Aquele comício na praça do Congresso paraguaio foi o estopim para sua decisão de abandonar a batina, depois de ser convencido pela oposição a liderar uma frente contra o governo.
Vários líderes empresariais o apontam como um esquerdista perigoso, que busca implementar um governo no estilo chavista. Lugo também coleciona desafetos no meio religioso, onde uma autoridade eclesiástica o descreveu, publicamente, como "um punhal cravado no corpo da Igreja", por sua rebeldia.
Indiferente a isso, Fernando Lugo, cuja renúncia ao hábito foi rejeitada pelo Vaticano, aglutinou organizações camponesas, de trabalhadores, partidos e movimentos sociais minoritários, sob o manto do Partido Liberal, de maioria de centro-esquerda, que hoje ostenta a primeira minoria no Legislativo.
Fonte: Terra notícias