29.03.2009 - Muitas partes da Inglaterra irão sofrer com falta de água no futuro a menos que ações imediatas sejam tomadas para proteger as fontes deste recurso natural, afirmou a Agência Ambiental do país, em um relatório que será publicado nesta semana. As iniciativas incluem medidores de água em todas as residências, como forma de tornar o controle sobre gastos mais rígido, informou o Guardian neste domingo.
De acordo com os cientistas, muitos rios, principalmente os do sudeste da Inglaterra, podem ser reduzidos a córregos no verão na metade do século devido aos efeitos das mudanças climáticas. Na média, o fluxo da água diminuiria entre 50% e 80%.
O relatório propõe uma série de medidas consideradas urgentes para assegurar as reservas naturais de água. Entre elas estão a redistribuição da água usada pelas indústrias, a construção de usinas de dessalinização e a instalação de medidores de consumo em residências.
Ao mesmo tempo, o documento alerta que o dióxido de carbono emitido no processo de tratamento da água no Reino Unido representa 6% do total de gases deste tipo lançados na atmosfera pelo país - mais do que a indústria de aviação.
Como efeito das mudanças climáticas, a vida selvagem será duramente afetada e fazendeiros terão cada vez menos água para irrigação. "Todos terão de fazer esforços para cortar o consumo de água", disse Trevor Bishop, líder da agência de recursos naturais da Inglaterra.
Redação Terra
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Lembrando...
Estudo vê risco de colapso de água em São Paulo
22.03.2009 - Em cinco anos, a capacidade de abastecimento de água na Grande São Paulo caiu 5.100 litros por segundo, perda que representa volume suficiente para abastecer 2,5 milhões de pessoas por dia. Cada morador da Grande São Paulo consumiu em 2008, em média, 62.780 litros de água tratada.
A conclusão é de um estudo realizado pela Fusp (Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo), que aponta "iminência de colapso de abastecimento", levando em conta ainda que a demanda, segundo a Secretaria Estadual de Energia e Saneamento, vem subindo 500 litros por segundo ao ano.
Entre 2002 e 2007, segundo o estudo, concluído em 2008, a chamada disponibilidade hídrica --que inclui água para abastecimento público, industrial e irrigação-- caiu de 72,9 mil para 67,8 mil litros por segundo.
A condição é especialmente preocupante, conforme avaliação da secretária Dilma Pena (Energia e Saneamento), porque a Grande São Paulo, que já "importa" da bacia do rio Piracicaba metade da água que utiliza, praticamente esgotou seus próprios mananciais.
"Nossa disponibilidade está quase totalmente comprometida. Os mananciais foram ou estão sendo todo aproveitados, estão se esgotando", diz Dilma.
Novo sistema
Para ampliar o sistema de abastecimento, deve ser inaugurado em 2010 o sistema de Taiaçupeba, em Suzano, que ampliará a oferta em mais 5.000 litros por segundo --suficiente só para recuperar as perdas acumuladas desde 2002.
Também está em estudo o aproveitamento do sistema São Lourenço, na região de Juquitiba, com potencial para 4.700 litros por segundo. Explorado esse sistema, acabam as opções.
As causas apontadas pela queda na água disponível vão desde a superexploração quanto à degradação das represas, causada principalmente pelo assoreamento.
Cada habitante da Grande SP tem até 201 mil litros de água por ano, menos de um décimo dos 2,5 milhões usados como referência pela Organização Mundial da Saúde para regiões autossustentáveis. O Ceará tem 2,2 milhões de litros por ano, a Paraíba, 1,3 milhão de litros por ano e o Rio de Janeiro, 2,18 milhões de litros por ano.
Embora haja hoje um relativo equilíbrio entre oferta e demanda, trata-se de uma equação frágil, pois uma seca prolongada levará à falta de água, avalia o superintendente de produção da Região Metropolitana da Sabesp, Hélio Castro.
"É bastante preocupante a situação por causa da baixa disponibilidade. Já trazemos de outra bacia [do Piracicaba] 50% da água. Não tem jeito, dois anos de seca já afetariam [o abastecimento]", diz Castro.
Para ele, caso não haja problemas, o sistema atual deve suportar até dez anos. "Mas até lá teremos disputa pela água com outras regiões. Teremos percalços políticos a enfrentar", diz o superintendente.
Castro fala em política porque já em 2014 a Grande SP, que importa água da bacia do Piracicaba, terá que renovar a outorga (espécie de acordo que divide a água do Piracicaba) e a região de Campinas já convive com escassez que afeta seu crescimento econômico.
"Já tivemos indústrias que vieram sondar, mas as grandes consumidoras de água têm problemas para se instalar aqui", diz Dalto Fávero Brochi, secretário-executivo do consórcio de cidades da bacia do Piracicaba.
O Estado atua em três frentes para adiar o possível "colapso" alertado pela Fusp: combater perdas por vazamentos na rede e outras causas --que caíram de 30,1% (1999) para 28,5% (2008)--, incentivar a economia e buscar novas fontes a até 300 km de distância.
A Secretaria de Saneamento e Energia contratou a empresa Cobrape, por R$ 3 milhões, para avaliar a possibilidade de captar água do Vale do Ribeira, das represas de Jurumirim (rio Paranapanema) e Barra Bonita (Tietê) e do aquífero Guarani, a maior reserva subterrânea do planeta, a partir de Botucatu.
A ambientalista Marussia Whately, coordenadora do programa de mananciais do ISA (Instituto Socioambiental), defende que, antes de qualquer nova obra, a Sabesp combata as perdas na rede de distribuição.
Das perdas, de acordo com a Sabesp, 63% referem-se aos vazamentos, enquanto o restante é de submedição e fraudes.
Fonte: Folha on line
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Lembrando...
Aquecimento deixará milhões famintos e sem água, diz estudo
30.01.2007 - CANBERRA - O aquecimento global fará com que milhões de pessoas passem fome por volta de 2080 e causará grave falta de água na China, na Austrália e em partes da Europa e Estados Unidos, segundo um novo estudo sobre o clima mundial.
Até o final do século, as alterações climáticas farão com que a escassez de água afete entre 1,1 e 3,2 bilhões de pessoas, com um aumento médio de temperatura na ordem de 2 a 3 graus Celsius, segundo relatório preliminar do Painel Intergovernamental para a Mudança Climática.
O texto deve ser divulgado só em abril, mas o jornal australiano The Age teve acesso a seus dados. O estudo diz ainda que outros 200 a 600 milhões de pessoas enfrentarão falta de alimentos nos 70 anos seguintes, enquanto inundações litorâneas podem tragar outras 7 milhões de casas.
"A mensagem é que cada região da Terra terá uma exposição [ao aquecimento]", disse Graeme Pearman, um dos responsáveis pelo relatório, na terça-feira à Reuters.
"Se você olhar para a China, como a Austrália, ambas vão perder precipitações pluviométricas consideráveis em suas áreas agrícolas", disse Pearman, ex-diretor de clima da Organização da Comunidade Científica e de Pesquisa Industrial, principal órgão australiano do setor.
Países pobres, como os da África e Bangladesh, seriam os mais afetados, por serem os menos capazes de lidarem com secas e inundações litorâneas, segundo o especialista.
O Painel Intergovernamental foi criado em 1988 pela Organização Meteorológica Mundial e pelo Programa Ambiental da ONU para orientar as políticas globais sobre o aquecimento.
O grupo deve divulgar na sexta-feira em Paris um relatório prevendo que até 2100 a temperatura média do mundo estará de 2 a 4,5C acima dos níveis pré-industriais, sendo que a estimativa mais provável é de 3C.
Esse relatório deve resumir a base científica das mudanças climáticas, enquanto o texto de abril detalhará as consequências do aquecimento e as opções para se adaptar a ele.
SECA NA AUSTRÁLIA
O relatório preliminar contém um capitulo inteiro sobre a Austrália, que vive a pior seca da sua história, alertando que a Grande Barreira de Recifes se tornará "funcionalmente extinta" devido à destruição dos corais.
Além disso, a neve deve sumir dos montes no sudeste do país, e o fluxo de água na bacia do rio Murray-Darling, principal área agrícola australiana, deve cair de 10 a 25 por cento até 2050.
Na Europa, os glaciais vão desaparecer dos Alpes centrais, enquanto algumas ilhas do Pacífico devem ser muito atingidas pela elevação dos mares e intensificação da freqüência das tempestades tropicais.
Num tom mais otimista, Pearman disse que ainda há muito que se pode fazer para lidar com o aquecimento. "As projeções no relatório que sai nesta semana se baseiam na pressuposição de que somos lentos em reagir e que as coisas continuam mais ou menos como no passado", afirmou.
Alguns cientistas dizem que a Austrália, o continente mais seco do mundo, sofre uma "acelerada mudança climática" em comparação com outros países.
Fonte: UOL notícias
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Nota por Dilson Kutscher - www.rainhamaria.com.br
Na notícia acima diz:
"Até o final do século, as alterações climáticas farão com que a escassez de água afete entre 1,1 e 3,2 bilhões de pessoas, com um aumento médio de temperatura na ordem de 2 a 3 graus Celsius, segundo relatório preliminar do Painel Intergovernamental para a Mudança Climática".
Penso que é uma previsão otimista do homem conseguir chegar até o final do século, pois antes destas alterações climáticas, do jeito que andam as coisas pelo mundo, certamente a terceira guerra mundial se aproxima. Então vamos fazer jus ao velho ditado dos nossos avós que diz: "Se ficar o bicho come e se correr o bicho pega".
Particularmente. eu penso, que tais alterações climáticas, estão ocorrendo mais intensamente e rapidamente do que possamos imaginar.
Os homens também estão criando cada vez mais situações de atrito, que faz elevar o risco de um grande conflito mundial entre o ocidente e o oriente. Alguém dúvida disso?
Diz na Sagrada Escritura:
"A respeito da época e do momento, não há necessidade, irmãos, de que vos escrevamos. Pois vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como um ladrão de noite.
Quando os homens disserem: Paz e segurança!, então repentinamente lhes sobrevirá a destruição, como as dores à mulher grávida. E não escaparão.
Mas vós, irmãos, não estais em trevas, de modo que esse dia vos surpreenda como um ladrão". (1 Ts 5, 1-4)