China cria Van da Morte para diminuir custos de execuções


28.03.2009 - Para conter os custos das execuções de condenados pela Justiça na China, autoridades criaram a "Van da Morte". O invento deve ajudar o país a saltar dos 1,715 executados no ano passado para mais de 10 mil neste ano, informou neste sábado o Mail Online.

Os serviços de execuções móveis foi lançado há 3 anos e sofreu severas críticas de organizações de direitos humanos. Por isso, ano passado, durante a Olimpíada de Pequim, as "Vans da Morte" sumiram das ruas.

As vans custam cerca de R$ 190 mil, podem chegar a até 80 km/h e se parece com um veículo de polícia. No lado interno, porém, os veículos parecem salas de cirurgia.

As execuções são monitoras por duas câmeras, para garantir que todas as regras serão seguidas. Os condenados, após serem sedados, são amarrados em macas. Os médicos, em seguida, injetam três tipos de drogas: uma para causar perda de consciência, outra para parar a respiração e a última para interromper os batimentos cardíacos.

Venda de órgãos
De acordo com investigações de organizações de direitos humanos, a polícia, o judiciário e os médicos estão envolvidos em um esquema de venda de órgãos dos condenados executados. O esquema renderia milhões aos participantes.

Os médicos aproveitam que as injeções não danificam os órgãos e retiram o que pode ser aproveitado para vender no mercado negro. O esquema teria favorecido a criação de uma indústria de "turismo de órgãos", onde japoneses, coreanos e taiuaneses viriam ao país para receber os tecidos retirados dos executados.

Redação Terra

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Lembrando...

Número de execuções quase dobrou pelo mundo em 2008, diz Anistia Internacional

24.03.2009 - Foram submetidas à pena de morte 2.390 pessoas, segundo relatório.
China lidera, com 72%, seguida de Irã, Arábia Saudita, Paquistão e EUA.

O número de execuções cresceu mais de 90% e chegou a 2.390 no ano passado, com a China, o Irã, a Arábia Saudita, o Paquistão e os Estados Unidos responsáveis por mais de 90% delas, informou a Anistia Internacional nesta terça-feira (24).

A China promoveu 72% de todas as execuções em 2008, de acordo com dados que a Anistia diz ter colhido junto a governos, grupos de direitos humanos, tribunais e reportagens na mídia.

"A situação geral (na China) é cercada de segredos, e os números podem ser muito, muito maiores", disse Irene Khan, secretária-geral da Anistia Internacional, à Reuters.

Segundo ela, o crescimento das execuções se deve em parte à mudança no sistema judiciário chinês, onde houve um acúmulo de casos.

O grupo disse em seu relatório anual sobre a pena de morte que o número de pessoas condenadas à pena capital mais do que dobrou no ano passado, de 3.347 casos em 2007 para 8.864 em 2007.

O Irã executou pelo menos 346 pessoas, a Arábia Saudita, 102, e o Paquistão, 36, informou a Anistia. O Japão executou 15 pessoas em 2008, o número mais alto desde 1975.

Apesar disso, a entidade disse que há sinais evidentes de que os Estados Unidos estejam se afastando da pena de morte, com a execução de 37 pessoas -- o número mais baixo desde 1994. A Argentina aboliu a pena de morte, e há um "claro movimento rumo à abolição" na Ásia central.

"A Ásia Central está agora virtualmente livre da pena de morte, após a abolição da pena de morte no Uzbequistão", disse a Anistia. "Belarus é o último país na Europa e da ex-União Soviética que ainda promove execuções." Ali houve quatro execuções em 2008.

O relatório apontou que 25 de 59 países onde há pena de morte promoveram execuções no ano passado.

Na África, a Libéria reintroduziu a pena de morte em 2008, mas Botsuana e Sudão foram os dois únicos países onde se sabe que houve execuções, segundo a Anistia.

Fonte: G1
 


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