Bispo português aconselha a pacientes com Aids que usem preservativos


28.03.2009 - Notícia extra  -  www.rainhamaria.com.br

O bispo português Ilidio Leandro afirmou, em mensagem divulgada pela internet, que os pacientes com Aids devem usar preservativos se decidirem manter relações sexuais, dias depois do escândalo causado pelas declarações do papa Bento 16 em sua viagem à África.

A pessoa infectada com o vírus HIV "que não pode evitar ter relações sexuais está moralmente obrigada, para não transmitir a doença, a usar preservativo", escreveu o bispo, da diocese de Viseu (norte do país).

Ele afirma, no entanto, que compreende a posição de Bento 16. "Quando o papa fala da Aids e de outros aspectos da vida humana, não pode estabelecer uma doutrina para situações individuais ou casos concretos", explicou Leandro ao jornal "Diário de Noticias". "O papa não poderia dizer outra coisa sendo chefe da Igreja católica", acrescentou, dizendo não temer que suas declarações vão provocar outra polêmica.

O início da viagem do sumo pontífice pelo continente africano foi marcado por suas polêmicas declarações sobre o uso de preservativos, quando afirmou que não se podia "solucionar o problema da Aids com a distribuição de preservativos". "Ao contrário, sua utilização agrava o problema", enfatizou.

Isso levou à reação de várias ONGs, como o Movimento Camaronês pelo Acesso aos Tratamentos. "O papa vive no século 21?", questionou o diretor da organização, Alain Fogue. "As pessoas não vão fazer o que o papa disse. Ele vive no céu e nós vivemos na Terra."

Na véspera, uma das publicações médicas mais respeitadas do mundo, a revista britânica "Lancet", acusou o papa de ter distorcido as evidências científicas em suas declarações sobre o uso do preservativo e exigiu que faça uma retratação.

"Ao dizer que os preservativos aumentam o problema do HIV/Aids, o papa publicamente distorceu evidências científicas para promover a doutrina católica nessa questão", afirmou a Lancet. "Se o erro do Papa se deveu à ignorância ou a uma tentativa deliberada de manipular a ciência para sustentar a ideologia católica não é claro."

A publicação britânica acrescenta: "Quando uma pessoa influente, seja uma figura religiosa ou política, faz uma falsa declaração científica que pode ser devastadora para a saúde de milhões de pessoas, ela deveria se retratar".

"Qualquer coisa a menos da parte do papa Bento 16 seria um imenso desserviço ao público e aos defensores da saúde, incluindo milhares de católicos que trabalham incansavelmente para tentar evitar a propagação do HIV/Aids no mundo."

Fonte: Folha on line

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Lembrando...

Obrigada Papa Bento! (Igreja e preservativo)

A verdade é esta: preservativo não é a solução. Primeiro porque não é 100 % seguro cientificamente falando (100% só o plano de Deus: castidade e fidelidade). E mesmo se fosse “seguro” não seria aprovado pela Santa Igreja, pois esta segunda razão ainda é mais importante do que a primeira: usar preservativo não condiz com a dignidade do homem e da mulher criados por Deus para amar como Ele ama.

O nome já diz: eu me preservo de você! Sim, quando se deseja ter relações sexuais sem aceitar toda a pessoa - que inclui logicamente sua fecundidade - a mensagem dos lábios (”eu te amo… sou todo seu…)” não reflete a linguagem do corpo (”eu te quero… mas não completamente: eu me preservo de sua fecundidade”).

“É bem sabido que a Igreja se opõe ao uso da camisinha; não - como dizem alguns expoentes da ignorância coletiva - porque “prefere que as pessoas peguem aids do que usem camisinha”, mas exatamente ao contrário: porque Ela sabe que não se pode combater a AIDS sem que se combata primeiro a promiscuidade”.

Mas o mundo - nos ensina o Santo Evangelho é e será inimigo de Deus: o racionalismo moderno nao suporta o mistério, dizia o Papa João Paulo II, e por isso não entendem nem aceitam o Seu plano para o amor humano. Querem destruí-lo de qualquer forma e para isso usam todas as suas armas, sem respeito nem reverência pela obra do Criador (que se nota pela irreverência ao Vigário de Cristo).

Ah se não fosse a Igreja, Mestra e Mãe a nos dizer - não aquilo que o homem velho gostaria de escutar - mas aquilo que estamos chamados a viver pela obra da Redenção! Ah se não fosse a Igreja a proclamar com força a mensagem de salvação que exige viver a sexualidade como dom de Deus! Ah se não fossse a Igreja, o que faríamos?

No entanto, parece que uma grande maioria de “católicos” (que se proclamam como tal, mas não são de fato), são os primeiros a atacar a doutrina moral da Igreja, como se fosse possível ser católico e fazer o que quiser (como me escreveram num comentário que reflete, infelizmente, muitos outros). Vale dizer que não existe alguém que, com reta intenção, não encontre sentido lógico em tudo o que ela diz ao estudá-la!

Lembremo-nos que nós, os católicos, temos maior responsabilidade em conhecer, amar e viver este plano e não adianta dizer que se é “católico” quando seus critérios são opostos aqueles ensinados pela Igreja católica. O CVII é claro sobre isso ao explicar sobre a “salvação”:

“São plenamente incorporados à sociedade que é a Igreja aqueles que, tendo o Espírito de Cristo, aceitam toda a sua organização e os meios de salvação nela instituídos, e que, pelos laços da profissão da fé, dós sacramentos, do governo eclesiástico e da comunhão, se unem, na sua estrutura visível, com Cristo, que a governa por meio do Sumo Pontífice e dos Bispos. Não se salva, porém, embora incorporado à Igreja, quem não persevera na caridade: permanecendo na Igreja pelo «corpo», não está nela com o coração. Lembrem-se, porém, todos os filhos da Igreja que a sua sublime condição não é devida aos méritos pessoais, mas sim à especial graça de Cristo; se a ela não corresponderem com os pensamentos, palavras e ações, bem longe de se salvarem, serão antes mais severamente julgado.”

Nas palavras da Encíclica do Papa Pio XII:

“Não se julgue, porém, que o seu governo se limita a uma ação invisível, ou extraordinária. Ao contrário, o divino Redentor governa o seu corpo místico de modo visível e ordinário por meio do seu vigário na terra. Vós bem sabeis, veneráveis irmãos, que Cristo nosso Senhor, depois de ter, durante a sua carreira mortal, governado pessoalmente e de modo visível o seu “pequeno rebanho” (Lc 12,32), quando estava para deixar este mundo e voltar ao Pai, confiou ao príncipe dos apóstolos o governo visível de toda a sociedade que fundara. E realmente, sapientíssimo como era, não podia deixar sem cabeça visível o corpo social da Igreja que instituíra. Nem se objete que com o primado de jurisdição instituído na Igreja ficava o corpo místico com duas cabeças. Porque Pedro, em força do primado, não é senão vigário de Cristo, e por isso a cabeça principal deste corpo é uma só: Cristo; o qual, sem deixar de governar a Igreja misteriosamente por si mesmo, rege-a também de modo visível por meio daquele que faz as suas vezes na terra; e assim a Igreja, depois da gloriosa ascensão de Cristo ao céu não está educada só sobre ele, senão também sobre Pedro, como fundamento visível. Que Cristo e o seu vigário formam uma só cabeça ensinou-o solenemente nosso predecessor de imortal memória Bonifácio VIII, na carta apostólica “Unam Sanctam” e seus sucessores não cessaram nunca de o repetir.

Em erro perigoso estão, pois, aqueles que julgam poder unir-se a Cristo, cabeça da Igreja, sem aderirem fielmente ao seu vigário na terra. Suprimida a cabeça visível e rompidos os vínculos visíveis da unidade, obscurecem e deformam de tal maneira o corpo místico do Redentor, que não pode ser visto nem encontrado de quantos demandam o porto da eterna salvação.

Tendo isso presente, coloco aqui a resposta do Papa sobre a Aids na África, que foi tão criticada por pessoas que deveriam manter-se caladas, se soubessem as trágicas consequências que suas mentiras geram. Com que gratidão deveríamos obedecer este ensinamento da Igreja e proclamá-lo até os confins da terra!

Obrigada Santo Padre Bento XVI por ser fiel ao chamado de Deus e nos ensinar o caminho até Ele!!!

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Pergunta. - Santidade, entre os muitos males que atormentam a África, existe também e sobretudo o da difusão da SIDA (Aids). A posição da Igreja católica sobre o modo de lutar contra ela é com frequência considerado irrealista e ineficaz. Vossa Santidade enfrentará este tema durante a viagem?

Resposta. - Eu diria o contrário: penso que a realidade mais eficiente, mais presente em primeira linha na luta contra a SIDA é precisamente a Igreja católica, com os seus movimentos, com as suas diversas realidades. Penso na Comunidade de Santo Egídio que faz tanto, de modo visível e invisível também, na luta contra a SIDA, nos Camilianos, em muitas outras realidades, em todas as Irmãs que estão à disposição dos doentes… Diria que não se pode superar este problema da SIDA só com dinheiro, mesmo se necessário; mas, se não há a alma, se os africanos não ajudam (assumindo a responsabilidade pessoal), não se pode superá-lo com a distribuição de preservativos: ao contrário, aumentam o problema.

A solução pode vir apenas da conjugação de dois facores: o primeiro, uma humanização da sexualidade, isto é, uma renovação espiritual e humana que inclua um novo modo de comportar-se um com o outro; o segundo, uma verdadeira amizade também e sobretudo pelas pessoas que sofrem, a disponibilidade à custa até de sacrifícios, de renúncias pessoais, para estar ao lado dos doentes. E estes são os fatores que ajudam e proporcionam progressos visíveis.

Diria, pois, que esta nossa dupla força de renovar o homem interiormente, de dar força espiritual e humana para um comportamento justo em relação ao próprio corpo e ao do outro, e esta capacidade de sofrer com os doentes, de permanecer presente nas situações de prova. Parece-me que esta é a resposta justa, e a Igreja faz isto e deste modo presta uma grandíssima e importante contribuição. Agradecemos a todos aqueles que o fazem.

Fonte: Vaticano

Fonte: http://juliemaria.wordpress.com/

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Lembrando...

26.03.2009 - Creio que o que o Papa disse estava certo acerca da Camisinha e a AIDS
Cientista de Harvard: aqueles que ridicularizam o pontífice estão errados.

Um cientista pesquisador sênior de Harvad confirmou que o Papa Bento XVI, que sofreu pesadas críticas por declarar que o programa de distribuição de camisinha agravava a epidemia de AIDS na África, estava realmente certo.

O Dr. Edward C. Green, diretor da AIDS Prevention Research Project no Harvard Center for Population and Development Studies, falou ao National Review Online na semana passada que, a despeito do que os ativistas e meios de comunicação malharem o papa por subestimar a eficiência da camisinha, a ciência realmente apoia a declaração do líder católico.

“O papa está correto”, falou Green a NRO, “ou, dito de outra forma, a melhor evidência que temos apoia os comentários do papa”.

Green acrescentou: “existe uma consistente associação, demonstrada em nossas melhores pesquisas, incluindo a fundação Norte-Americana ‘Democraphic Health Surveys”, entre maior disponibilidade e uso da camisinha e uma mais alta (não mais baixa) taxa de infecção por HIV. Isto pode ser devido a um fenômeno conhecido como risco de compensação, quer dizer, quando alguém usa uma tecnologia de redução de risco, tal como a camisinha, essa pessoa freqüentemente perde o beneficio (redução de risco) por ‘compensar’ ou conquistar maiores chances que alguém teria sem a tecnologia de risco de redução”

A bordo de um avião para Yaounde, República dos Camarões, na semana passada, um reporte francês disse a Bento XVI que a abordagem católica de combate a AIDS – encorajar a monogamia no casamento e abstinência antes do casamento – era freqüentemente considerado irrealista e ineficaz.

De acordo com a transcrição liberada pelo Vaticano, Bento XVI respondeu que “este problema da AIDS não pode ser superado simplesmente com dinheiro, embora este seja necessário. Se não existir a dimensão humana, se os africanos não ajudarem (por um comportamento responsável), o problema não será superado por distribuição de preservativos. Pelo contrário, eles aumentarão”.

Bento XVI imediatamente colocou-se sob fogo na imprensa internacional por proclamar que o que Green disse em pesquisas comprovadas: encorajar a fidelidade nas relações sexuais diminui o crescimento da AIDS, e a distribuição de camisinhas a aumenta.

Rebecca Hodes, chefe de política, comunicação e pesquisa para a Campanha de Ação de Tratamento na África do Sul, xingou o papa por não defender o amplo acesso à camisinha como um meio de combater a AIDS.

“Sua oposição ao preservativo transmite [a ideia] de que o dogma religioso é mais importante para ele do que as vidas dos africanos”, falou Hode à Associated Press.

“Nós convidamos o Papa a rever, o mais breve possível, o ensinamento sobre a camisinha com uma visão mais elevada do que a proibição”, disse Joh O’Brien, presidente dos Católicos a favor da Escolha. “Em sua análise, queremos que ele inclua especialistas que são inequívocos no fato de que a camisinha ajuda a prevenir o aumento do HIV”.

O Colunista sindicalizado Roland Martin escreveu na CNN.com que a posição do papa demonstra “ignorância da realidade”

“Para a igreja”, escreveu Martin, “continua a ignorar a pesquisa definitiva de que a camisinha representa uma enorme função na desaceleração do aumento do HIV/AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis, é impressionante”

Mesmo o Vaticano, segundo um reporte no London Times, voltou um pouco atrás sobre a observação do Papa, acrescentando às palavras de Bento XVI, declarando que ele disse que a distribuição de camisinha simplesmente aumenta o “risco” da propagação da AIDS.

Porém, de acordo com Green, os críticos do Papa compraram um mito sobre camisinha e AIDS.
“Nós não temos encontrado vínculo consistente entre uso de camisinha e baixa taxa de infecção por HIV”, disse Green, “o qual, 25 anos na pandemia, deveríamos ver se esta intervenção está funcionando”

Em vez disso, Green observa, o encorajamento do papa dos africanos à relação sexual monogâmica tem provado ser uma estratégia mais eficaz”

“A melhor e recente evidência empírica, de fato mostra que a redução dos múltiplos e coexistentes parceiros sexuais é a mais simples importante mudança de comportamento associado com a baixa taxa de infecção por HIV”, disse Green.

Em Uganda, segundo um reporte em uma revista científica, o ensino sobre a AIDS e a promoção da monogamia têm conduzido a uma dramática mudança na epidêmica região da AIDS.

“O vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) é evitável se a população é mobilizada para evitar o risco”, declara o sumário da reportagem. “A despeito das fontes limitadas, Uganda tem mostrado um declínio de 70 por cento na prevalência do HIV desde o início de 1990, ligado à redução de 60 por cento do sexo casual. O responsável por isto em Uganda parece estar ligado particularmente com a comunicação sobre AIDS através da rede de comunicação de social. Apesar do uso substancial da camisinha e o auxilio de abordagem biomédicas, outras regiões africanas não têm demonstrado comportamento responsável similar nem declínio da prevalência do HIV na mesma escala. O sucesso de Uganda é equivalente a uma vacina de 80 por cento de eficácia”.

Além disso Green falou a NRO, “mais e mais especialistas em AIDS estão voltando-se para aceitar o exposto acima. Os dois países com a pior epidemia de HIV, Suizilândia[1] e Botsuana[2], têm lançado campanhas para desencorajar os parceiros [sexuais] múltiplos e coexistentes, e encorajar a fidelidade”


Fonte: http://www.worldnetdaily.com/

Notas:
[1] Estado no sudeste da África
[2] Estado da África do Sul

Tradução adaptada por professor Gaspar de Souza


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