21.03.2009 - Os pais de uma criança de nove meses, vítima de um estranho transtorno metabólico que afetou gravemente seu cérebro e causa problemas respiratórios, perderam uma disputa nos tribunais do Reino Unido para prolongar a vida de seu filho.
O casal britânico perdeu o recurso contra o veredicto dado na quinta-feira por um juiz que opinou que o melhor a ser feito pela criança seria tirar o sistema que a mantinha artificialmente com vida, segundo informa neste sábado a rede de TV local BBC.
Os pais se declararam "profundamente afligidos com a decisão judicial e se mostraram convencidos de que valia a pena preservar a vida da criança".
"Estamos e seguiremos sempre convencidos de que, apesar dos gravíssimos problemas que sofre, sua vida é valiosa e vale a pena conservá-la o tempo que for possível e sempre que não lhe cause dor indevida", afirmaram os britânicos em comunicado.
Os pais destacaram as diferenças de opinião que têm com os médicos que tratam a criança.
"Eles acham que sua vida é insuportável e que sua incapacidade é tal que não faz sentido que siga vivo, mas nós, e algumas das enfermeiras, achamos que é capaz de ter prazer e que há momentos prolongados em que não sofre dor e está relaxado", conta o casal na nota.
Os pais reconheceram que os médicos decidiram pôr fim ao tratamento nas próximas 24 horas e que agora só querem aproveitar com seu único filho "o pouco tempo" de vida que lhe resta.
O hospital onde a criança é tratada chegou à conclusão de que ela sofria de dores intoleráveis por culpa do tratamento e que não tinha possibilidade alguma de recuperação.
Fonte: Terra notícias
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Lembrando...
Estudo revela que médicos europeus tomam medidas para encurtar vida do doente
29.01.2007 - Um estudo do Instituto Nacional de Estudos Demográficos francês revela que médicos dos seis países europeus pesquisados - Holanda, Itália, Bélgica, Dinamarca, Suíça e Suécia - tomam medidas que têm como objetivo encurtar a vida de um paciente em estado grave.
O estudo, divulgado hoje, se baseou em 20.480 entrevistas com médicos dos seis países, realizadas em 2002, que revelam que essas medidas levam à morte dos pacientes em pelo menos um terço dos casos.
Os médicos foram convidados a responder um questionário sobre as decisões que adotam antes da morte de um paciente em estado terminal. Na Itália, menos da metade dos contatados responderam às questões, contra 75% na Holanda.
Uma grande parte das mortes ocorre de forma súbita, sem intervenção médica, mas em outros casos são precedidas de um tratamento de algum tipo.
"Essas decisões médicas representam entre 25% e 50% das mortes, variando de país para país, de 23% na Itália a 51% na Suíça", segundo o estudo.
Trata-se da aplicação de produtos contra a dor (barbitúricos, morfina), "cujo um dos efeitos é encurtar a vida", responsável por 19% das mortes na Itália e 16% na Dinamarca.
Outra decisão é a interrupção ou não implementação de tratamentos forçosos de nutrição ou hidratação, que precede 4% das mortes na Itália e 28% na Suíça.
O paciente ou seus familiares nem sempre estão ao corrente das medidas dos médicos, embora em alguns casos, como na Holanda, sejam consultados em 95% das ocasiões.
Por outro lado, a Associação Francesa pelo Direito a Morrer Dignamente decidiu enviar aos candidatos às eleições presidenciais de abril um documento no qual reivindicam que se discuta um projeto de lei para descriminalizar a eutanásia.
Fonte: Terra notícias
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Nota de www.rainhamaria.com.br
OBS: Se os que juraram zelar pela vida humana estão matando sem piedade, como estes médicos, que tomam medidas para encurtar a vida dos seus pacientes, imaginem como se encontra o resto do mundo...
Diz na Sagrada Escritura:
"Ouvi a palavra do Senhor, filhos de Israel! Porque o Senhor está em litígio com os habitantes da terra. Não há sinceridade nem bondade, nem conhecimento de Deus na terra. Juram falso, assassinam, roubam, cometem adultério, usam de violência e acumulam homicídio sobre homicídio. Por isso, a terra está de luto e todos os seus habitantes perecem; os animais selvagens, as aves do céu, e até mesmo os peixes do mar desaparecem." (Os 4, 1-3)