20.03.2009 - Capítulo 7
O PODER DAS TREVAS
Na Quinta-Feira santa, quando pela meia-noite um batalhão de homens armados veio com tochas e armas prender Jesus no Jardim das Oliveiras, Ele ainda fez um último milagre, para que O reconhecessem como Filho de Deus. Por duas vezes Jesus fez com que caíssem inertes ao chão, depois que respondessem a questão com que Jesus os interpelou:
-“A quem procurais?”
- “A Jesus de Nazaré” disseram eles.
- “Sou Eu!”
Então todos recuaram e caíram por terra.
Jesus tornou a lhes perguntar:
- “A quem procurais?”
Eles disseram:
- “A Jesus de Nazaré.”
Jesus respondeu:
-“Já vos disse que sou Eu. Sendo Eu por vós procurado, aqui me tendes. Todavia deixai que eles (os apóstolos) se retirem.” (Jo 18, 4-9)
A tudo isto Lucas acrescenta as palavras de Jesus: Esta é a vossa hora – a hora do poder das trevas (Lc 22,53). Anteriormente, Jesus já falara sobre isto: “... A Luz veio ao mundo, mas os homens (ímpios) amaram mais as trevas que a Luz, porque suas obas eram más” (Jo 3,19).
Fatos como este sempre se repetem no mundo, na luta constante entre bons e maus, enquanto o divino Salvador não volta “com todo o poder no céu e na terra, para julgar os vivos e os mortos”, a fim de proceder a definitiva separação entre bons e perversos.
Ultimamente, sabemos, mediante mensagem dos autênticos videntes e confidentes, que por toda a parte existem associações secretas camufladas com a designação de “sociedades beneficentes” ou semelhantes, mas que por dentro (onde só Deus e o Céu enxergam tudo) estão tramando numa luta infernal contra Deus, o Papa e a Igreja. E quando são descobertos, se defendem dizendo que fazem tudo isso para o bem da humanidade. Mas tudo termina com o destino que os antigos doutores da lei, escribas, fariseus, unidos com o sinédrio e o Conselho dos Anciãos tramaram contra Jesus.
Isso já foi demonstrado pela história dos últimos papas do século XX. Mas, agora, nos referimos em especial ao que está acontecendo contra o Papa Bento XVI. Ele sabe de tudo, mas não se pronuncia a respeito. Por que não? Porque ele é o porta-voz de Jesus que é Deus. Deus Criador concedeu aos anjos e homens o divino dom da liberdade, para serem imagem e semelhança de Deus. Como Criador, Deus é também o penhor seguro para o exercício dessa liberdade, quer seja para o bem, quer seja para o mal. Quando os anjos no céu se revoltaram, Deus permitiu. Pelo mesmo motivo, permitiu que o Arcanjo São Miguel arregimentasse todos os anjos fiéis para que no céu não tivesse mais lugar para os anjos revoltosos e que estes fossem precipitados sobre a terra, onde são livres para seduzir os homens – até o dia do julgamento. (Apocalipse 12, 7-9; 20, 1-10).
ASSALTO AO TRONO DE PEDRO
As forças secretas do “Poder das Trevas” (Lc. 22,33) sabem perfeitamente que a única Igreja Verdadeira de Deus é a Católica. Uma vez demolida, as demais denominações cristãs também sucumbem. Nos tempos contemporâneos, já houve três tentativas neste sentido. A primeira foi na Revolução Francesa (1789 -1800), quando substituíram Deus pela razão – que foi entronizada – até que Napoleão celebrou um acordo com o Papa. A segunda vez foi na Itália, em 1870, quando Roma foi conquistada por Garibaldi e o Papa foi enclausurado durante 60 anos, até que houve um acordo celebrado em 1929 por Mussulini.
O terceiro é bem recente, em Dezembro de 2007, desta vez por um grupo de pessoas. Não foi propriamente um assalto ao Vaticano, mas na Universidade “La Sapienza”. Na verdade, foi apenas um exórdio preparativo para um assalto definitivo contra o Vaticano, com o intuito de expulsar ou matar todos os seus moradores. Entre eles, o Papa Bento XVI poderia fugir tropeçando sobre os cadáveres de Cardeais, bispos e sacerdotes. Tudo de acordo com a visão que teve São Pio X, 100 anos antes, conforme foi descrito no Capítulo VI. O trono de São Pedro ficaria vago, para ser usurpado pelo Anticristo.
A Universidade de Roma – La Sapienza – é a maior da Europa. Conta com 145.000 alunos em seus múltiplos cursos, instruídos por 4.500 professores, mais ou menos. Foi inaugurada em 1303, por Bonifácio VIII – portanto, uma universidade Papal – época em que havia apenas um pequeno número de Universidades na Europa. O início das aulas é sempre em Janeiro (inverno), após os tempos e solenidades natalinas. Cabia sempre ao Papa inaugurar o ano letivo com princípios das verdades cristãs. Todavia, surgiu no ano de 2007 um pequeno grupo que contestava os ensinamentos cristãos, causa de divergências e contradições perante as verdades científicas. Em outras palavras, julgam que não há coincidência entre religião e ciência. Essa questão é tão antiga como a Igreja. Os Santos Padres dos primeiros séculos e Doutores da Igreja já resolviam essa questão desde os primórdios da Fé Cristã, sob o sugestivo título de “Fides et Ratio”, “Fé e Razão”; Recentemente, João Paulo II embalou o mesmo tratado em termos de atualidade perante as novas conquistas científicas, na sua Carta Encíclica “Fides et Ratio” publicada no dia 14 de setembro de 1998 – Festa da Exaltação da Santa Cruz. Foi aceita pela opinião pública em geral, mas rejeitada por um grupo minoritário, que propuseram uma universidade completamente laica.
A DERROCADA DE BENTO XVI
Em fins do ano de 2007, mês de novembro, o Professor da Universidade “La Sapienza”, Marcello Cini, dirigiu uma carta ao Reitor exigindo que no próximo ano letivo não mais fosse convidado o Papa Bento XVI para proferir a aula inaugural desta Universidade. Criticou amargamente a presença do Pontífice nessa solenidade, com a justificativa de que redundaria em desabono ao prestígio da “La Sapienza”, especialmente naquilo que diz respeito ao conhecimento científico.
Alguns dias depois, outra carta foi dirigida ao Reitor, reforçando as críticas de Marcelo Cini. Todavia, forjaram argumentos ardilosos contra o Cardeal Ratzinger, atribuindo-lhe a polêmica afirmação do filósofo Feierabend de que “o processo contra Galileu foi razoável e justo”. Mas deixaram fora o ponto de interrogação do então Cardeal Ratzinger, para simular que ele sustenta positivamente o processo anti-Galileu. Pois o Cardeal apenas citou e provou que o processo contra este grande cientista foi injusto. Ao todo, 67 outros professores assinaram esta camuflagem e a publicaram. Esta disfarçada atitude, por si só, é razão suficiente para rejeitar todos os 67 urdidores desta carta.
Os maiores expoentes da sociedade lamentaram esse infeliz desfecho. Desta vez, o povo romano reagiu com rapidez e dignidade contra a nefasta ingerência na doutrina da Igreja, promovida por um pequeno grupo de ateus da Universidade Romana: ao todo 68 de um total de 4.500 professores, mais ou menos. Em vez da aula inaugural, houve um extraordinário ato de desagravo – não na Sapienza, mas na Praça de São Pedro e ruas adjacentes. Ali se aglomeraram mais de duzentas mil pessoas, trazendo bandeiras e cartazes com letreiros de protesto pelo infeliz destino, desejando a retratação e a recondução do Papa no seu diretório.
Não obstante, o Papa aceitou a derrocada. Aceitou ser expulso de “La Sapienza”, por apenas 68 contraventores. Ao contrário, Bento XVI acalmou os ânimos em nome da liberdade. Ele representa Jesus, que também se entregou, livremente, aos seus algozes. Além disto, ele já conhece o destino que o espera no Vaticano.
Os fiéis do mundo inteiro intercedem por ele, para que não falhe jamais no exercício da missão outorgada pelo próprio Deus.
A FÉ INVIOLÁVEL
No dia 24/03/2008, no final de uma impressionante mensagem de Jesus sobre o “Fim dos tempos”, a carismática JNSR recebeu de Jesus mais esta reveladora peroração:
“Ó meu Papa, guarda a tua fé intacta com tudo o que Eu te dou. E percorre ainda esse caminho que te resta, não mudando nenhuma Lei que Eu Mesmo pus no teu coração, porque tu és o último Abraão. E porque Eu virei em breve arrebatar-te para meu Céu de Glória, com todos os Meus filhos chamados. A Terra e o Céu serão o mesmo Paraíso. ...Jesus – o Salvador dos Homens.
Somente Jesus tem autoridade para proferir semelhante sentença. Cabe a nós homens saber interpretá-la devidamente. Especialmente as palavras que nós mesmos ousamos sublinhar.
A – Não mudando nenhuma lei:
Essa norma é a mais antiga e, contudo, sempre nova. Deus é a Sabedoria Eterna. Não existe nada que Ele não saiba, já desde antes da criação até o fim, de Alfa até Ômega, do mais remoto passado até o futuro mais distante. Não queremos ser prolixos, citando inúmeros fatos concretos. Citaremos apenas algumas sentenças do Novo Testamento.
“Não julgueis que eu vim abolir a Lei (Moisés e o Pentateuco) e os profetas. Não vim para abolir, mas para cumprir (até a perfeição: completar e aperfeiçoar). Em verdade vos digo: (enquanto não vier o novo céu e a nova terra) passará o céu e a terra, não há permissão de suprimir um “i” ou uma vírgula sequer. ...” Lamentavelmente existem aqueles que julgam possuir um talento superior a Deus e se permitem modificar a Lei Divina, invocando teorias arbitrárias, divulgadas com o nome de “modernismo, racionalismo, naturalismo, etc.”, condenadas pela Igreja. Não tem como se justificar perante o Juiz divino, que ao mesmo tempo é o Criador do “novo céu e a nova terra”, é o único competente para inovar toda a criação. Entrando no mundo, com todo poder no céu e na terra, Ele exclama: “Eis que venho fazer novas todas as coisas” (Ap 21,5). No mundo mineral vegetal e animal, e sobretudo no mundo Espiritual, que abrange a humanidade inteira: “O homem novo, criado por Deus, em justiça e santidade” (Fil. 3,6.10.20; Ef 4, 13.24).
No livro do Apocalipse está escrito: “Se alguém acrescentar algo neste livro, Deus o punirá com as pragas descritas neste livro” (Ap 22,18). Era o tempo das grandes guerras mundiais quando o número dos livros sobre o Apocalipse e o equivocado “fim do mundo” não parava de crescer, e a confusão era total: cada autor divergia do outro em suas interpretações. O Papa Pio XII teve que intervir: encarregou o Santo Ofício. Este errou, em 1944, quando, como todos naquele tempo, falou que o mundo terminaria, mesmo – quando, ao contrário, deveria dizer que toda a perversidade, inclusive a morte e o pecado, vão terminar para sempre – e que todo o mais, passará para a “Nova Criação”, no “oitavo dia da criação”. Estamos ainda vivendo e mourejando no sétimo dia da criação – que ainda é o Dia do Descanso de Deus – porque toda a criação em marcha está entregue aos homens (Gn, capítulo 2). O mundo dos homens é aquele em que cada vez mais se digladiam o bem e o mal, até a falência total. Esse fim é iminente, mas então Deus implantará a “completa redenção” para sempre (Ap. 21 e 22).
O Santo Ofício – 1944 – acertou quando concluiu tudo com essas palavras: “O Milenarismo não se pode ensinar com segurança” ou “Tuto doceri non posse”. Todavia, os radicais começaram a negar o Milenarismo por completo – e assim, passou para as Igrejas, Escolas e Universidades. Negar a palavra de Deus é cair na justiça divina, conforme predito em Ap 22,18.
B – O Papa Bento é o último Abraão:
... Quer dizer, será o último Papa.
Para os incautos, isso não é tão simples assim. Mas todos o entenderão, mediante uma correta interpretação da Bíblia, que é a Palavra de Deus.
Abraão, que viveu entre os anos de 1900 e 1800 AC, é oficialmente cognominado o “Pai da Fé”, devido à fidelidade com que acreditou em tudo o que Deus lhe falou, e cumpriu, generosamente, todas as missões que o Divino lhe impôs, por mais difíceis que fossem. Por isso os Judeus, já durante quase 4000 anos, se ufanam em chamá-lo de “Nosso Pai Abraão”. Os judeus de todos os tempos são seus descendentes carnais. Entre eles está o próprio Jesus Cristo, bem como sua Mãe Maria e seu Pai adotivo São José; gloriam-se de serem descendência carnal dele e o aclamam como “Nosso Pai Abraão”. Isso pela via carnal. Mas pela via espiritual, todos são Filhos e Filhas de Deus.
Inclusive, Abraão recebeu de Deus a promessa da Paternidade sobre todos os povos, conforme a Bíblia nos ensina. “Tua descendência será como as areias do mar... Por meio de ti e Tua descendência serão abençoados todos os povos da terra”. A partir de Jesus Cristo, todos aqueles que Nele acreditam se tornam “Filhos de Abraão”, pela fé em Cristo Jesus, embora seja apenas uma descendência espiritual. Ou, como diz S. Paulo, “um enxerto na Oliveira”, que é o símbolo dos Judeus (Rm 11,16-24).
A História de Abraão – Pai da Fé – se encontra no gênesis, capítulos 12 à 25. Natural de Ur, dos Caldeus, pastor de ovelhas, foi ali que começaram os colóquios divinos. Deus lhe falou:
-“Sai da tua terra e do meio dos teus e vai para o país que te hei de mostrar. Farei de ti uma grande nação”.
Sara não tinha filhos, era estéril. Pacientemente esperou, sempre confiante. Somente em idade avançada, Deus deu a Abraão, por meio de Sara, seu primeiro filho e único filho: Isaac. Em tenra idade, Deus ordenou que lhe sacrificasse o filho. Abraão obedeceu, mas um anjo sustentou o braço de Abraão, dando-lhe uma ovelha para sacrifício. Esta foi, certamente, a mais dura prova da fé de Abraão. Somente o neto – Jacob – teve, enfim, 12 filhos que formaram as 12 tribos de Israel, quando Abraão já havia morrido.
QUATRO MIL ANOS DA VERDADEIRA FÉ
A fé de Abraão sempre foi sustentada pela descendência do seu protagonista, não obstante osintermináveis percalços da longa caminhada.
Um destes descendentes fidedignos foi Moisés. Nas alturas dos anos 1300 à 1200 AC, ele foi um autêntico novo Abraão. Escolhido por Deus, Dele recebeu as taboas dos dez mandamentos, por meio das quais Ele selou a nova e eterna aliança divina com os seiscentos mil israelitas daquele tempo, durante os 40 anos de permanência na península do Sinai. O terceiro grande e novo Abraão apareceu antes e depois do ano 1000 AC, também durante 40 anos: era o rei Davi, que fortaleceu o trono real a ponto de ser agraciado por Deus com a promessa de que “sua casa, trono e reino estão estabelecidos para sempre diante de Deus” (2Samuel 7,16 e 17).
OS mais notáveis continuadores da fé foram os Profetas do Exílio, desde 700 à 400 AC. Sua principal missão era a observância fiel da Santa lei de Deus – e anunciar a vinda do Santo de Deus, Filho de Deus Pai, Rei de Israel, Salvador do Mundo, Filho de Davi, o Messias, Rei Universal ... nos Salmos e Profetas. Um dos profetas – Daniel – o homem de predileção, teve uma revelação clara sobre o tempo da morte do Messias (Dn 9,26).
Na primeira plenitude dos tempos, veio o maior de todos os profetas, que recebeu, definitivamente, o nome de Jesus Cristo. Manifestou-se ao mundo com Seus poderes divinos, para ser reconhecido por todos os homens de boa vontade. Seu Evangelho, morte e ressurreição, mais que duplicou o depósito da fé, especialmente através dos sacramentos.
Seus fiéis sucessores – Pedro e os Papas, os apóstolos e mártires, implantaram a fé cristã,no vasto império romano, auxiliados pelos santos padres e doutores da fé cristã, nos primeiros 700 anos do cristianismo. Depois deles, começou a era dos missionários e Santos. Através deles o Evangelho e a fé se espalham por todo o mundo. Todavia o mal está crescendo cada vez mais, contra o bem, neste terceiro milênio.
Por este motivo o próprio Rei do universo e Criador do mundo vem nos alertar, dizendo que o Papa Bento XVI é o último Abraão.
É também isso que o próprio Deus, em 1139, revelou ao bispo São Malaquias. (Cap. VI)
INDÍCIOS DO IMINENTE FIM DOS TEMPOS
O Pai Abraão é publicamente reconhecido como o “Pai da Fé”, conforme demonstrou claramente sua intimidade com Deus e sua fidelidade exemplar em aceitar e acreditar nas promessas magnânimas sobre o eterno e glorioso destino de sua existência.
Por seu turno, o último Abraão, Bento XVI, já viveu uma longa existência inteiramente dedicada em defesa da íntegra manutenção da única e verdadeira Fé, num mundo em que a verdadeira fé está declinando cada vez mais. Existem raras exceções. Não é por nada que Jesus lhe dirige um insistente apelo para que, como autêntico representante de Cristo, não se deixe abalar em nada, enquanto o primeiro mundo declina cada vez mais em tudo que diz respeito a Deus e Suas Leis. “Tu és o último Abraão”, já diz tudo. No terceiro mundo, a situação não é tão grave assim. Por isso, em diversas ocasiões, Jesus e Maria prometeram que – nos dias da grande tribulação “como jamais houve no mundo e depois desta, que é iminente, nunca mais haverá outra” (textos da Bíblia), a América latina e o Brasil, principalmente, terão proteção especial. Maria, Mãe de Jesus e nossa, disse textualmente: “A América Latina me pertence”.
Bento XVI é um grande defensor da fé. Durante quase 24 anos, ele exerceu a direção da Secretaria para a doutrina da Fé. Ultimamente ele divulgou três bulas pontifícias em que defende sem temor, que o Cristo fundou uma só Igreja, a Católica, a única que preserva desde o início, a integridade da Fé. Jesus proclama que “finalmente todos ouvirão a minha voz – e haverá um só rebanho e um só Pastor” (Jo 10,16). Bento XVI defende, em especial, a Eucaristia e a Missa – o milagre permanente de Jesus. “Fazei isto sempre (quotiescumque) em memória de MIM”. Enquanto houver pecados, deve haver sacrifício de expiação, conforme entrevê a Carta aos hebreus (9,22; 10,18).
O Papa sabe perfeitamente que – como foi expulso da universidade “La Sapienza”, também será expulso do Vaticano, juntamente com todos os seus auxiliares, conforme a profecia de Zacarias 13, 7-9. O trono de São Pedro ficará vago, definitivamente. Eis que, então, o anticristo vai usurpar o trono vacante. Já vimos o perfil do anticristo no final do capítulo anterior.
Esse trágico acontecimento será o estopim que vai deflagrar todo o vasto processo apocalíptico, amplamente descrito nos profetas e nos salmos, no evangelho e cartas, mas – principalmente – no próprio Apocalipse.
Pelo que vimos agora, já podemos começar a contabilizar o tempo, dias, meses e anos, até despontar o grande e glorioso Dia do Senhor, o novo céu e a nova terra.
Em primeiro lugar, aguardar a expulsão do Papa e a depredação do Vaticano. Quando o Papa foi eleito, ele disse claramente (em vista do futuro que conhece): “O meu pontificado será de curta duração”. Mas Deus também lhe apontou importantes compromissos a cumprir, conforme vimos.
Em segundo lugar, a duração do comando universal que o poderoso anticristo, apoiado pelos poderosos do mundo vai desempenhar. As tragédias em todo mundo são numerosas. Nação contra nação e reino contra reino. Uma grande seca e conseqüente fome, doenças e mortes. Basta ler o que a Bíblia predisse, pois ali a duração do poder do anticristo é citada como três anos e meio. Sentenças intercaladas e mensagens de videntes acentuam que “esses dias serão abreviados – do contrário não sobreviveria um só homem” (Mt 24,22; Mc 14,20). Nada sabemos ao certo. Mas o anticristo também morre e “O Senhor reassume o governo do mundo” (Ap. 11, 15 a 18). O mundo inteiro e os sobreviventes serão purificados para a Vinda Gloriosa de Jesus – que fará novas todas as coisas (Capítulos 21 e 22 do Apocalipse).
A grande purificação total do mundo (reinos mineral, vegetal e animal e mais do que tudo o reino espiritual, que somos todos nós) é pela ação do Amor do Espírito Santo, enviado pelo Pai e pelo Filho. O Espírito divino não é processado, mas derramado, em grande abundância, conforme o salmista:
Envia Teu Espírito, Senhor.
E tudo será nova criação,
Renovando a face da terra (Salmo 103, 30).
Mais claramente, ainda, Deus fala ao profeta:
Depois da nova criação, derramarei o Meu Espírito sobre toda a criação.
Então vossos filhos e vossas filhas profetizarão
Vossos anciãos terão revelações em sonhos
Vossos jovens terão visões naqueles dias
Também sobre vossos escravos e escravas derramarei o Meu Espírito (Joel 3,1-2)
UNIÃO DO NOVO CÉU E DA NOVA TERRA
Durante dois mil anos as atenções do mundo especulam e discutem a questão da nova terra, muito mais do que o novo céu. Também não é por nada, tantas são as informações que a Bíblia nos proporciona. Como sempre, nos salmos e profetas, um pouco no Evangelho e bastante no Apocalipse. Mais informações também são transmitidas aos videntes e confidentes.
Todavia, o mais impressionante só nos foi revelado neste terceiro milênio, bem recentemente, para a carismática J.N.S.R. Em determinado lugar (não sabemos onde), o horizonte terrestre vai ser prolongado pelo espaço até se perder de vista, isto é, até o céu. Já antes, ouvimos, através das mensagens, que haverá comunicação entre a terá e o céu – entre os telúricos e os celestiais – dos daqui para lá, e do além para cá. Com aparelhos eletrônicos? Deus os dispensa. Será uma ponte verdadeira, com material celeste, que não se enquadra na escala dos 92 átomos, ou materiais enriquecidos (água pesada – ou urânio enriquecido).
Essa ponte flutua no espaço, sem apoio, somente presa na terra e no céu. E o céu fica além do sistema planetário. E para ultrapassar esse sistema, o povo diria: tem boi na linha. Sem dúvida, a ponte se afastará cada vez mais do sol, de sorte que não haverá problema com o planeta Mercúrio e Venus, porque ambos executam sua rotação entre a terra e o sol. Problemas de verdade seriam os satélites da terra, entre os quais a Lua é, de longe, a mais forte campeã, com sua trajetória em média a 380.000 KM da terra, ao redor da qual a lua passa em pouco mais de cada 23 horas, sem molestar a ponte do céu. Bem mais perto da terra, também giram centenas de satélites artificiais, controlados pelos homens. Não só: são milhares de fragmentos de satélites artificiais já destruídos, ou pela idade ou pelos que passaram pelo espaço, constituindo um verdadeiro lixo espacial, que cresce cada vez mais. Recentemente, dois satélites de tamanho regular, um americano e um russo, se chocaram vindos de direções contrárias e produziram centenas de estilhaços, navegando pelos espaços.
A futura ponte celestial ficará imune a qualquer choque com esses fragmentos, porque Deus Criador é a sabedoria eterna, que os homens dificilmente conhecerão. Melhor ainda, se fizessem uma varredura pelo espaço celeste e devolvessem ao “Tellus” o material subtraído, pois o quimismo telúrico vai digerir esta safra para ser outra vez terra.
Basta de especulações sobre estas extravagâncias humanas pois, nesta altura dos acontecimentos, russos, americanos e chineses estão emulando a prioridade para a viagem ao planeta Marte. Enganam-se, pois Deus já declarou que todos os planetas estão prontos, são a imagem divina para um determinado fim no universo. Que somente a terra está em fase de experiência, para se tornar a imagem de Deus dentro do mundo, quando da renovação da terra.
Além disso, esse planeta Marte, na melhor época, fica a 56 milhões de quilômetros da terra. Essa distância sempre varia de acordo com sua órbita, até o ponto máximo de 350 milhões de quilômetros.
Restam, ainda, os maiores planetas mais distantes – Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Os astrólogos excluíram o planeta Plutão, Nenhum deles poderá, no decurso de suas órbitas, perturbar a passagem até o céu, a partir da nova criação do céu e da terra.
A Bíblia nos fala da porta da salvação e do caminho da perdição – quando alguém perguntou a Jesus:
- “Senhor, são poucos os que se salvam?
Jesus respondeu:
- Esforçai-vos para entrar pela porta estreita, porque muitos desejam entrar e não poderão. Mas é largo e sedutor o caminho da perdição – e muitos que o trilham. Quão apertada é a porta, e estreito o caminho que conduz à vida – e poucos os que o encontram...
Asseguro-vos que muitos virão do oriente e ocidente, do Norte e do Sul, e assentar-se-ão à mesa no reino de Deus. Ao passo que são muitos os chamados do reino que serão lançados nas trevas de fora, onde haverá choro e ranger dos dentes. ...
E eis que há muitos que (nesta terra) serão os primeiros e, no Reino de Deus serão os últimos (Mt7, 22,23;8,1-12; 25.1-13; Lc 13,23-24).
A porta estreita que Jesus fala é a trajetória do longo caminho que desde a terra conduz até além do espaço planetário. Pelo poder de Deus ele poderá ser atravessado instantaneamente, isto é: acima da velocidade da luz, porque o corpo glorioso tem todas as propriedades do espírito. E poderá atravessá-lo mais lentamente, como foi a ascensão de Jesus ao céu.
PERORAÇÃO
Não obstante, tudo isso ainda é um mistério para a inteligência humana. Não esqueçamos que, nos dias da grande tribulação, os povos da América Latina receberão uma proteção especial do céu, através dos desígnios generosos de Jesus e Maria. Desde já, agradeçamos antecipadamente tão valiosa dádiva. Será a melhor preparação para a conseqüente Purificação de toda a criação e de cada um de nós, antes do grande e glorioso Dia da Vinda do Senhor.
“Quando começarem a acontecer todas essas coisas, erguei vossos ânimos e levantai vossas cabeças, porque se aproxima vossa definitiva salvação”. (Lc 21,28).
“Fizeste-nos para Vós, Senhor – e o nosso coração está inquieto, enquanto não repousa em Vós”. (Santo Agostinho)
Por Padre Léo Persch - Pelotas RS - www.rainhamaria.com.br