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11.03.2009 - Moradores de bairros da Zona Norte e do subúrbio do Rio estão preocupados com ataques de morcegos. Já teve gente que acordou com a mordida do animal, que pode transmitir raiva.
Há duas semanas, quando a engenheira Flávia Tinelli chegou em casa em Vila Isabel, na Zona Norte, teve uma surpresa.
“Vi um morcego batendo no vidro e levou susto muito grande.”
Mas, na semana passada, o morcego não se contentou em ficar do lado de fora. A janela da sala estava aberta e Flávia dormia em um quarto com o marido. No dia seguinte, outro susto. Ela tinha sido atacada pelo morcego durante a noite. Fotos mostram as marcas do ataque.
“Acordei com o braço dolorido, estava sujo de sangue. Vi que o copo que fica no criado-mudo estava quebrado no chão, mas não associei nada. Só me dei conta quando meu marido me mostrou que eu tinha dois furos no braço”, lembra a engenheira Flávia Tinelli.
Mamíferos voadores
Os morcegos são mamíferos voadores que normalmente habitam as florestas. Mas, com o crescimento das cidades e as construções cada vez mais perto das matas, eles passaram a viver bem perto da gente. Existem cerca de mil espécies de morcegos. Alguns se alimentam de sangue e o perigo da mordida é que esses animais podem transmitir raiva.
A secretária Rosemery Souza Botino é moradora do Engenho Novo, no subúrbio, e não escapou deste visitante indesejada. Ela foi mordida no domingo à noite, também dentro de casa. Ficaram as marcas no braço e o medo de abrir as janelas.
“Meu braço queimou, inchou, ficou coçando. Estou refém, com medo de morcegos, deixando tudo fechado.
No ano passado, foram 44 casos de ataques, dez na Tijuca, na Zona Norte.
Biólogo fala sobre cuidados
O biólogo da Fundação Rio Zoo Anderson Mendes Augusto fala sobre os cuidados necessários para evitar morcegos em casa.
RJTV – Que cuidados são necessários para evitar morcegos?
Anderson Mendes Augusto – À princípio, colocar telas em todos os possíveis locais de entrada desses animais.
RJTV - Quais são as características da mordida do morcego e o que a pessoa deve fazer assim que for atacada?
AMA - O morcego hematófago tem uma mordida em forma de ferradura. A partir do momento que a pessoa tem uma mordida, tem que procurar um posto de saúde.
RJTV - Em que locais os morcegos costumam se esconder?
AMA - Os abrigos, normalmente, são áreas florestadas. Algumas espécies se adaptaram muito bem ao ambiente urbano em vãos de prédios, telhados.
RJTV - Em quais casos o Centro de Controle de Zoonoses pode atuar para capturar morcegos?
AMA - Quando ocorre algum tipo de ataque, eles podem ser acionados.
O telefone do Centro de Controle de Zoonoses é 3395-1595.
Fonte: G1
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Lembrando...
Alerta dos biólogos: Escorpiões invadem as grandes cidades
12.04.2007 - Segundo biólogos, animais estão saindo da mata para viver perto do homem.
De 2001 a 2005, número de picadas passou de 18 mil para 36 mil casos.
Biólogos fizeram o mapa de uma praga que tem se espalhado pelo Brasil, o escorpião, e alertam: esses animais estão se acostumando a viver em grandes cidades, perto do homem. De 2001 a 2005, o número de registros de picadas de escorpião no Brasil passou de 18 mil para 36 mil casos.
Pesquisadores do Instituto Vital Brasil, do Rio, perceberam um aumento no número de picadas de escorpião em lugares como casas simples, com terrenos grandes, cheios de entulho, principalmente tijolos. Buracos em tijolos são ideais para a reprodução do escorpião.
“Toda vez que as pessoas acumulam entulho, lixo ou madeira, a gente vai ter ambientes onde o animal vai preferir em vez de ficar vivendo na natureza, onde tem de fugir do gavião, da coruja, do lagarto, correr atrás dos insetos”, explica Cláudio Maurício, pesquisador do Instituto Vital Brasil.
Segundo o mapa traçado pelos cientistas, em Minas Gerais e Pernambuco há focos no tanto no interior quanto em Belo Horizonte e no Recife.
Na Bahia e em Alagoas, a maioria dos casos está aparecendo nas periferias de Salvador e de Maceió. O mesmo acontece no Distrito Federal. Em São Paulo, a ocorrência maior ainda é no interior do estado. No Rio de Janeiro, os escorpiões aparecem em quase todo o interior e agora também na Região Metropolitana.
Entre os biólogos, há uma certeza: os escorpiões não deveriam estar trocando a mata pelo asfalto. “Nós estamos criando abrigo para eles”, afirma o pesquisador Cláudio Maurício.
Fonte: Globo.com
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Lembrando...
Desmatamento leva cobras para centros urbanos, dizem especialistas
07.04.2008 - Sem habitat natural, cobras procuram alimentos em conglomerados urbanos.
Grandes felinos e outros animais também se deslocam depois de desmatamento.
O aumento no número de cobras encontradas no meio urbano, em diversas cidades do país, pode ser justificado pelo desmatamento e pela destruição do habitat natural desses animais. É isso o que explica o coordenador de fauna do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), João Pessoa Moreira.
Para Moreira, o homem tem avançado e destruído os ambientes naturais desses e de outros animais. “Temos visto também o aparecimento de grandes felinos nas cidades. Isso acontece, tanto no caso das cobras como no caso de quaisquer outros animais, porque, em uma medida de emergência, as espécies vão procurar alimento nos conglomerados urbanos”, explica.
Segundo o biólogo Fausto Barbo, do Instituto Butantan, que realiza um trabalho de doutorado da Universidade Estadual Paulista (Unesp) sobre serpentes no meio urbano, algumas espécies de cobras podem se adaptar melhor do que outras ao meio urbano, como é o caso da falsa coral, da dormideira e da jararaca, em São Paulo.
Ainda de acordo com ele, não só o desmatamento pode trazer as cobras para as cidades. Outra possibilidade é que a cobra seja trazida de uma zona rural, como aconteceu na segunda-feira (31), em Belo Horizonte (MG), quando o dono de um veículo trouxe um filhote de cascavel em seu carro, sem saber, depois de uma pescaria. “Algumas cobras que chegam ao Instituto Butantan, por exemplo, vêm do Ceasa, nos caminhões de frutas e verduras”, afirma.
Caso encontre uma cobra em casa, Barbo aconselha que, antes de se aproximar do animal, o morador calce uma bota com cano alto, para evitar prejuízos em caso de ataque. Além disso, a orientação do biólogo é para jamais colocar a mão no animal.
Para transportar a cobra ao Instituto Butantan ou à instituição responsável em cada cidade, caixas de madeira ou recipientes em vidro podem ser utilizados.
Vale destacar que é importante não usar procedimentos caseiros em caso de acidente. "É preciso ir direto a um hospital", completa.
Fonte: G1