19.02.2009 - A Coreia do Norte afirmou nesta quinta-feira que está pronta para entrar em guerra com a vizinha Coreia do Sul, horas antes da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, chegar a Seul em visita na qual deve debater o programa nuclear e as intenções militares norte-coreanas.
A Coreia do Norte ameaçou diversas vezes nas últimas semanas a retomar os confrontos com a vizinha do sul. As ameaças chegam junto com relatos de que Pyongyang está testando mísseis de longo-alcance, uma medida que analistas dizem ser uma provocação à nova administração americana e uma forma de pressionar Seul a reduzir o discurso linha-dura contra o país.
"O grupo de traidores não devem esquecer nunca que o Exército do Povo da Coreia do Norte está completamente pronto para uma confrontação", disse um militar, citado pela agência KCNA.
Hillary disse, ainda em Tóquio, que o teste de lançamento de míssil não ajudaria a causa da coreia do Norte e que o fim do impasse sobre a desnuclearização depende apenas da cooperação de Pyongyang.
O ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul avisou que tal lançamento seria motivo para sanções e mais isolamento. As duas Coreias, tecnicamente, ainda estão em guerra, já que nunca chegaram a um acordo formal de paz para encerrar o conflito que durou de 1950 a 1953.
Seul também cortou a ajuda ao vizinho, porque Pyongyang tem sido devagar no processo de encerramento de seu programa nuclear. O país, contudo, ressalta a condição de pobreza do vizinho. O ministro da Unificação da Coreia do Sul disse ao parlamento que a Coreia do Norte ficou 20% abaixo da meta mínima de produção de comida necessária para seus 23 milhões de habitantes, apesar de ter tido uma das melhores colheitas em anos.
O pacto de desnuclearização de Pyongyang foi feito em 2005, quando o governo concordou em abandonar todos os seus programas nucleares em troca de benefícios econômicos e diplomáticos. Contudo, ficou paralisado com a relutância da Coreia do Norte em aceitar um mecanismo que permitisse aos Estados Unidos e outros membros na negociação verificar a declaração.
Em 2006, a Coreia do Norte testou um mecanismo nuclear e foi acusada de iniciar programa de enriquecimento de urânio, que seria o segundo passo para fazer mísseis nucleares. Em junho do ano passado, a Coreia do Norte destruiu a torre de resfriamento da usina nuclear de Pyongyang, o símbolo mais visível de seu programa nuclear. O gesto foi um sinal de seu comprometimento em cessar a fabricação de bombas atômicas.
Contudo, dois meses depois, o país anunciou que interrompeu seu processo de desnuclearização por causa da recusa dos EUA de retirar o país comunista da lista de nações terroristas, medida anunciada no começo de outubro e que deve dar novo fôlego ao processo.
Ataque
O governo do ditador Kim Jong-il acusou ainda os Estados Unidos de planejar um ataque nuclear. Este é o mais recente de uma série de episódios em que a Coreia do Norte utiliza uma retórica militar. "Os quartéis belicosos dos EUA estão avançando em seus preparativos... numa tentativa de fazer um ataque nuclear preventivo", disse a mídia oficial norte-coreana.
"Os Estados Unidos falam de diálogo e de paz na península coreana, mas, na verdade, querem aumentar o confronto militar", disse um artigo no jornal do partido comunista do país, segundo a agência de notícias KCNA.
Fonte: Folha SP
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Lembrando...
Coréia do Norte promete guerra nuclear caso for atacada
03.07.2006 - Coréia do Norte promete golpe aniquilador se atacada.
A Coréia do Norte aumentou a retórica em sua guerra de palavras com Washington ao prometer um "golpe aniquilador" com sua força nuclear se os Estados Unidos atacarem o país, disse a mídia norte-coreana na segunda-feira.
Durante o final de semana, a Coréia do Norte disse que iria se preparar em resposta a uma ameaça norte-americana. Essa foi a primeira vez que o país comunista mencionou seu programa nuclear desde o início de uma crise sobre seus supostos planos de testar um míssil de longo alcance.
"As Forças Armadas e o povo da DPRK estão agora em total prontidão para responder a um ataque preemptivo com um golpe aniquilador e uma guerra nuclear com uma potência nuclear", disse o jornal comunista na segunda-feira.
DPRK é a sigla em inglês para o nome oficial da Coréia do Norte ¿ República Democrática Popular da Coréia. Na notícia divulgada pela agência de notícias norte-coreana KCNA, os EUA teriam aumentado a tensão na região ao mandar aviões de espionagem para a península.
Desde fevereiro do ano passado, a Coréia do Norte já ameaçou incrementar seu arsenal nuclear várias vezes, em resposta ao que vê como ameaças norte-americanas crescentes.
Os EUA afirmam que a Coréia do Norte está preparando um teste de um míssil balístico de longo-alcance que alguns especialistas dizem que poderia atingir partes dos EUA.
Fonte: Terra notícias.
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