16.02.2009 - O aquecimento global no decorrer deste século será mais grave do que se acreditava até agora, segundo Chris Field, membro do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC, na sigla em inglês).
O especialista afirmou, ainda, que as temperaturas futuras “vão passar de qualquer valor que tenha sido previsto”. Field fez o alerta no sábado, durante o encontro anual da Associação Americana para o Progresso da Ciência (AAAS, na sigla em inglês), em Chicago, nos EUA.
Ele foi um dos autores do relatório divulgado pelo IPCC em 2007, que estimava que as temperaturas iriam subir entre 1,1°C e 6,4°C até o fim deste século. O cientista, no entanto, acredita que o relatório subestimou seriamente a escala do problema.
Ele apresentou dados novos que mostram que as emissões dos chamados gases do efeito estufa aumentaram muito mais rapidamente do que o esperado entre 2000 e 2007. Segundo Field, este aumento foi provocado, principalmente, pela queima de carvão para obter energia elétrica na China e na Índia.
– Estamos basicamente olhando agora para um futuro climático que está muito além de qualquer coisa que tenhamos considerado nas políticas climáticas – afirmou.
Temperatura mais alta aceleraria derretimento
Ele disse, também, que o impacto na temperatura ainda é desconhecido, mas o aquecimento tende a se acelerar em um ritmo muito mais rápido, e a provocar mais danos ambientais do que se previa. De acordo com o cientista, isso incluiria a seca das florestas em áreas tropicais, tornando-as mais vulneráveis a queimadas.
A temperatura mais alta também poderia ser responsável por acelerar o derretimento do permafrost – tipo de solo da região do Ártico –, aumentando dramaticamente a quantidade de carbono na atmosfera.
– Sem uma ação efetiva, as mudanças climáticas vão ser maiores e muito mais difíceis de se lidar do que pensávamos – concluiu.
Fonte: Jotnal Zero Hora RS
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Lembrando...
Aquecimento aumentará casos de doenças como a dengue e a malária na América Latina
10.04.2007 - O aquecimento global aumentará o número de casos de doenças como a dengue e a malária na América Latina, advertiram nesta terça-feira (10) em Buenos Aires especialistas sobre o impacto das mudanças climáticas na região.
"Não se pode descuidar do aspecto da saúde quando se fala em mudança climática. Há uma diferença importante na dispersão de doenças como a dengue ou a malária na América do Sul", indicou o cientista argentino, Osvaldo Canziani.
Canziani é vice-presidente do Grupo de Trabalho II, que estuda os "Impactos, vulnerabilidade e Adaptação à Mudança Climática" dentro do Grupo Intergovernamental de Especialistas sobre a Evolução do Clima da ONU (IPCC, pela sigla em inglês).
A especialista Graciela Magrin, do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA) e integrante do Instituto do Clima e Água da Argentina, afirmou que "as mudanças no clima vão favorecer o desenvolvimento de doenças como a dengue".
Segundo o IPCC, a América Latina pode enfrentar mais furacões, mais secas, tempestades, chuvas de granizo e desertificação nos próximos anos. "Entre os anos 2000 e 2005, a região teve 2,5 vezes mais fatores climáticos extremos do que entre 1970 e 2000 e esta é a tendência", advertiu Magrin.
Mas, segundo especialistas, a falta de informação básica, de bons sistemas de informação e a ausência de políticas coordenadas são as mais graves falhas da América Latina para prevenir e suavizar o impacto da mudança climática.
"Controlar os dados meteorológicos é uma responsabilidade, e os governos não fazem isso", denunciou Canziani em entrevista à imprensa na sede do Centro de Informação das Nações Unidas para a Argentina e o Uruguai (CINU).
O cientista responsabilizou os governos da região pela falta de visão política e de planejamento para a prevenção, a adaptação e a redução do impacto das ocorrências climáticas. "Não é o clima o elemento que gera os problemas, e sim o aumento da população, os problemas ambientais, os aspectos sociais e econômicos", acrescentou.
Fonte: Globo.com
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"E vi aparecer um cavalo esverdeado. Seu cavaleiro tinha por nome Morte; e a região dos mortos o seguia. Foi-lhe dado poder sobre a quarta parte da terra, para matar pela espada, pela fome, pela peste e pelas feras". (Ap 6,8)