12.02.2009 - A instituição Pró-vida Valência deu a conhecer o dramático caso de uma jovem valenciana de 22 anos, quem há 7 permanece em estado de coma. Sua mãe luta cotidianamente pela vida de sua filha, a quem lhe dá todos os cuidados que requer, a diferença do pai de Eluana Englaro, Beppino, quem solicitou acabar com a vida de sua filha quem também estava em coma.
Conforme explica Pró-vida Valência, Patricia, nome fictício para preservar a intimidade, por desejo expresso da família, comenta ao falar de sua filha em coma há 7 anos quando sofresse um acidente em uma moto que "cada manhã dou graças a Deus por me deixar estar com ela mais um dia. Não me ocorre deixar de alimentá-la e deixei de temer, quando sofre alguma crise respiratória, que se possa morrer em qualquer momento pois continuamente a deixo em mãos do Espírito Santo".
Como Eluana, sua filha tampouco come, fala ou se move. "De um primeiro momento quis que estivesse em casa comigo. O problema é que não todo mundo pode carregar com os gastos que isto comporta", assegura Patricia.
Até seis mil euros ao mês chegou a gastar nos primeiros meses quando contratou auxiliares técnicos. Além disso, as máquinas sanitárias que mantêm a sua filha com vida são muito complexas. "Leva um aspirado pulmonar para extrair as mucosidades, um aerossol e muitos outros aparelhos", conta.
As cifras se disparam quando se trata da atenção que deve receber a doente durante as 24 horas do dia. "Tem três cuidadores, que fazem turnos cada oito horas, além de um fisioterapeuta que trabalha com ela para movê-la e evitar que sofra contracturas. Também vem a casa um acupunturista duas vezes para aliviar as crises respiratórias que sofre", relata.
Os gastos mensais que requer o cuidado de sua jovem filha nunca são menores a três mil euros. "Algo aparentemente tão fácil como lhe dar de comer supõe gastar seis seringas de injeção distintas (uma em cada toma) porque são de um uso. Na farmácia vale 2,30 euros e isso não o cobre a Segurança Social", explica Patricia.
"Ninguém se pode imaginar o sofrimento que supõe para um pai. Por isso meu desejo é manter a minha filha nas melhores condicione possíveis. Custe o que custar", acrescenta.
Depois de comentar que dá a sua filha mantimentos naturais triturados pois isto "é melhor para ela", Patricia precisa que cada dia é "um pouco mais fácil que ao princípio", confrontar toda esta situação.
Seguidamente sublinha como desde o começo quis cuidar de sua filha em casa, aonde a tem atualmente: "Não pensei nem nos centros públicos nem em alguma residência. Além de que isso também deve ser muito caro e ali têm uma enfermeira para vários pacientes. Quero o melhor para minha filha e não deixá-la em um "estacionamento", como os chamo eu", assegura e precisa que "vivo isto com um amor incondicional que tenho descoberto nestes sete anos".
Quando sofreu o acidente de tráfico, a jovem teve uma lesão cerebral gerada por uma parada cardiorrespiratória. Os médicos informaram à família daquela jovem de 15 anos que o coma era irreversível. Nunca mais ia voltar a ser ela, mas sua mãe não se rendeu. "dentro de suas possibilidades a menina está bem. Embora tudo é muito complicado. Ela está sã e estável. Além disso, ao estar em casa se constipa menos e tem menos crise respiratórias", assegura Patricia.
Fonte: ACI