Padre polonês ganha prêmio internacional com trabalho que tenta provar a Criação matematicamente


12.02.2009 - A comprovação da existência de Deus através de cálculos matemáticos rendeu ao padre polonês Michael Heller, de 72 anos, um dos mais disputados prêmios acadêmicos do mundo. O religioso, que além da formação teológica é estudioso em filosofia e doutor em cosmologia, receberá em maio, em Londres, o Prêmio Templeton, conferido pela fundação homônima de estudos religiosos, sediada em Nova Iorque, nos EUA. O valor do prêmio é de 820 mil libras, equivalentes a R$ 2,9 milhões.

Os trabalhos mais recentes de Heller abordam a questão da origem do universo debruçando-se sobre aspectos avançados da teoria geral da relatividade, de mecânica quântica e de geografia não-comutativa. “Vários processos no universo podem ser caracterizados como uma sucessão de estados, de maneira que o estado anterior é a causa do estado que o sucede”, explicou Heller, em um comunicado divulgado por ocasião do anúncio do prêmio. “Ao questionar a causalidade primeira não estamos apenas falando de uma causa como qualquer outra. Estamos nos perguntando sobre a raiz de todas as possíveis causas”, defende o padre, sugerindo que essa causa original tenha sido processo criativo de Deus.

O estudioso rejeita completamente a ideia de que religião e ciência são contraditórias. “A ciência nos dá o conhecimento, e a fé nos dá o sentido. Ambos são pré-requisitos para uma existência decente”, sentencia. Para ele, a ciência nada mais faz do que explorar a criação divina. Mas alguns céticos atacam a Fundação Templeton por sua inclinação a favor de ideologias conservadoras no terreno da religião. Um dos principais críticos à instituição é o biólogo evolucionista Richard Dawkins, autor do livro Deus, um delírio e o mais destacado nome do movimento conhecido como neoateísmo. Na sua opinião, o prêmio não passa de uma soma em dinheiro oferecida a qualquer um que se disponha a falar coisas boas da religião.

Fonte: Cristianismo Hoje

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Lembrando...

Exposição combate teoria da evolução de Darwin nos EUA

09.02.2009 - No vasto espaço de um museu nos Estados Unidos, um grupo de missionários que combate a teoria da evolução de Darwin reproduziu o ambiente do Gênesis bíblico em uma exposição, na qual dinossauros convivem em perfeita harmonia com Adão e Eva no Jardim do Éden.

O Museu da Criação, uma iniciativa de US$ 27 milhões, tem como objetivo principal dar vida à Bíblia e seus relatos, aproximando-os das pessoas. “Preparem-se para acreditar”, diz o folheto entregue aos visitantes na entrada da exposição.

“O que estamos tentando fazer aqui é deixar as pessoas terem acesso a informações que são amplamente censuradas do público, e certamente censuradas nas escolas públicas dos EUA, onde a evolução é ensinada como um fato”, disse o co-fundador do museu criacionista, Ken Ham.

Para isso, seus idealizadores fazem um desafio direto às teorias da evolução do ser humano desenvolvidas pelo naturalista britânico Charles Darwin, nascido 200 anos atrás, em 12 de fevereiro de 1809. No livro “A origem das espécies”, publicado em 1859, Darwin estabeleceu um marco na ciência, ao expor suas idéias sobre a evolução através da seleção natural.

Ao mesmo tempo, lançou um desafio àqueles que acreditam em uma interpretação literal das escrituras, afirmando que Deus criou o mundo e todas as espécies em seis dias. “As pessoas discutem as origens do universo, mas nós não estávamos lá. Ninguém viu o Big Bang”, argumenta Ham, um missionário australiano e ex-professor de biologia radicado nos Estados Unidos. Ele admite que os criacionistas têm um longo e árduo caminho pela frente.

“Nos Estados Unidos, você não tem liberdade acadêmica nas escolas do governo, eles expulsaram Deus e a Bíblia e redefiniram a ciência como naturalismo”, disse. “Em outras palavras, tudo precisa ser explicado por processos naturais. Isso, na verdade, é uma postura religiosa. É a religião do ateísmo”. Além disso, Ham alega que, ao contrário do que muitos pensam, as evidências da natureza na verdade apóiam a teoria criacionista.

“Um evolucionista e um criacionista possuem crenças diferentes, e ambos possuem posturas religiosas diferentes. Mas nós utilizamos a mesma ciência de observação para confirmar nossas posições”, afirmou. “A evolução tenta confirmar a evolução, nós não negamos isso. O que nós dizemos é que ela confirma a descrição bíblica da criação. Eles dizem que não”, acrescentou o missionário.

Os dinossouros povoaram a Terra por milhões de anos, mas foram extintos cerca de 65 milhões de anos atrás, muito antes da aparição dos primeiros seres humanos, há aproximadamente 200 mil anos. Entretanto, uma vez dentro dos 6,5 mil m² do exuberante complexo do Museu da Criação, dinossauros ‘animatronics’ caminham ao lado de exemplares de Homo sapiens, em cenários criados por Patrick Marsh, diretor de arte responsável pelas atrações dos filmes King Kong e Tubarão no parque temático da Universal Studios, na Flórida.

Ao todo, 160 cenas e explicações recriam os relatos do Velho Testamento. Há um Jardim do Éden completo, com a árvore do conhecimento e a serpente tentando Adão e Eva. Caminhando pelo Vale das Sombras, os visitantes vêem as conseqüências da queda do homem. Há também uma representação da Arca de Noé, com os animais embarcando para escapar do Grande Dilúvio, além de um planetário que leva os visitantes aos confins do universo.

Apesar de muito criticado pela comunidade científica, que acusa os criacionistas de disfarçarem suas crenças com o conceito de ‘design inteligente’ e tentarem inflitrar o criacionismo nas escolas americanas, o Museu da Criação afirma já ter recebido mais de 500 mil visitantes desde 2007, quando foi inaugurado.

Para marcar o bicentenário de Darwin, o Museu da Criação dedicou a última edição de sua revista quinzenal Answers (”Respostas”) ao naturalista britânico e à revolução que suas teorias causaram no mundo científico. A publicação, que conta com 50 mil assinantes, insiste em dizer que, se Darwin tivesse enquadrado suas descobertas, feitas ao longo de anos de pesquisa em vários lugares do mundo, sob uma perspectiva bíblica, certamente teria chegado a conclusões bastante diferentes.

“Vim aqui porque esse museu diz a verdade sobre o criacionismo”, disse Kelly Page, de Buffalo, Nova York, que viajou ao Kentucky com a mulher e os dois filhos pequenos. “Você não pode ter a evolução e Deus”. No Museu da Criação, os dinossauros são apresentados como mais uma criação de Deus, que escaparam do dilúvio na Arca de Noé. Alguns visitantes acreditam que eles eram apenas lagartos grandes, que não existem mais.

Robert Carr, executivo aposentado e colaborador do museu, afirma que, nos primeiros dias do universo, o tempo passava de maneira diferente. “Quando o universo era menor, o efeito gravitacional era enorme, e o tempo na Terra passava um bilhão de vezes mais devagar”, estima Carr. “Isso explicaria porque Deus criou a Terra em apenas seis dias”.

Fonte:Terra
 


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