Igreja italiana pede lei que evite casos como o de Eluana


10.02.2009 - O presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), Angelo Bagnasco, afirmou nesta terça que a Itália precisa de uma lei que evite novos casos como o de Eluana Englaro, e disse que, após a morte da mulher, agora os dias são dedicados "ao recolhimento e à oração".

Bagnasco fez estas afirmações em programa de televisão, no qual expressou "grande dor e desorientação" diante da morte de Eluana, de 38 anos e em coma vegetativo há quase 17.

O líder dos bispos italianos pediu a Deus que ilumine a todos "para que a ferida da morte de Eluana seja curada".

O cardeal mexicano e presidente do Pontifício Conselho para a Pastoral no Campo da Saúde, Javier Lozano Barragán, um dos mais combativos neste caso, voltou hoje a expressar sua opinião e disse que Eluana se transformou em um "símbolo da vida".

"Ninguém poderá nunca mais retirar a cura de um doente terminal.A dignidade da vida não é negociável. Eluana é um símbolo da vida", disse Lozano Barragán, considerado o "ministro da Saúde" do Vaticano, em entrevista ao jornal italiano La Stampa.

O cardeal disse que chegará o momento no qual se verificará como a morte da italiana ocorreu e se há responsabilidades.

Barragán reiterou sua tese de que, se "a intervenção humana" foi decisiva na morte da mulher, seria preciso considerar o falecimento como "um delito".

O cardeal qualificou recentemente de "abominável assassinato" o desligamento da sonda para alimentação que mantinha Eluana viva.

Ontem, logo após saber da morte da italiana, pediu a Deus que a receba "e que perdoe os que a levaram até esse ponto (de morrer)".

Eluana morreu na casa de repouso La Quiete, em Udine, enquanto, no Senado, se debatia um projeto de lei para proibir a suspensão da alimentação e da hidratação que a mantinha viva.

Fonte: Terra notícias


Rainha Maria - Todos os direitos reservados
É autorizada a divulgação de matérias desde que seja informada a fonte.
https://www.rainhamaria.com.br

PluGzOne