08.01.2009 - O papa Bento XVI disse nesta quinta que "a opção militar não é uma solução e a violência, venha de onde vier sob qualquer forma adotada, precisa ser firmemente condenada", em relação aos eventos ocorrido na Faixa de Gaza.
Bento XVI dirigiu hoje um discurso ao corpo diplomático credenciado na Santa Sé por ocasião das felicitações do novo ano.
"Desejo que, com o compromisso determinante da comunidade internacional, a trégua na Faixa de Gaza volte a estar vigente, já que é indispensável para voltar a tornar aceitáveis as condições de vida da população".
Acrescentou que é necessário também "que sejam relançadas as negociações de paz, renunciando ao ódio, à provocação e ao uso das armas".
O papa referiu-se aos "cruciais encontros eleitorais que envolverão muitos habitantes da região nos próximos meses", para que surjam dirigentes "capazes de fazer progredir com determinação este processo para guiar seus povos rumo à árdua, mas indispensável, reconciliação".
"Não se poderá chegar a ela sem adotar uma aproximação global para os problemas destes países, no respeito às aspirações e aos legítimos interesses da população envolvida".
Segundo o Papa, "é preciso dar um respaldo convicto ao diálogo entre Israel e Síria, e, no Líbano, apoiar a consolidação das instituições, que será mais eficaz se for em um espírito de unidade".
Bento XVI incentivou os iraquianos "a virar a página e olhar para o futuro, a fim de construí-lo sem discriminações de raça, etnia ou religião".
Sobre o Irã, o Papa se mostrou convencido de que não deve deixar de se buscar uma solução negociada para a disputa sobre o programa nuclear, "através de um mecanismo que permita satisfazer as exigências legítimas do país e da comunidade internacional. Esse resultado favorecerá, em grande medida, a distensão regional e mundial".
Fonte: Terra notícias