07.01.2009 - O Comitê Independente Anti-aids chamou a promover uma mudança de conduta entre os homossexuais para reduzir a cifra de contágios do HIV/AIDS, tendo em conta que as estatísticas de 2007 confirmam que a infecção desta enfermidade se dá mais entre a população homossexual.
A organização assinalou que embora dez comunidades autônomas não comunicam estatísticas de infecções ao Registro Nacional de AIDS, os dados “mostram que o contágio homossexual constitui o 42,8% dos diagnósticos feitos em 2007, com uma progressão constante do 26,4% em 2003. A ascensão é até mais forte se se excluir às mulheres: os homossexuais passaram de 34,7% a 55,6% dos homens diagnosticados em um ano”.
“Assim, em 2007, pela primeira vez desde 1994, houve mais infeccões por via homossexual que por via heterossexual”, assinalou.
Nesse sentido, criticou as campanhas governamentais de promoção do preservativo “com uma mensagem dirigida indiscriminadamente à população em geral e em particular aos jovens, como se o risco afetasse a todos por igual, com independência de seus hábitos”; quando com isso, advertiu, somente se provoca “uma falsa sensação de segurança” e não se reduzem as condutas de risco.
Do mesmo modo, assinalou que os homossexuais apresentam a menor taxa de diagnóstico tardio, com 26,7 por cento; e que a taxa de infecções “desproporcionalmente alta, solo pode explicar-se por uma promiscuidade muito major e o elevado risco dos contatos homossexuais”.
Nesse sentido, indicou que se a percentagem de contágio é alto “e a promoção do preservativo não funciona, seria lógico pensar uma campanha distinta, que alente a uma mudança de conduta nos homossexuais. Mas isso seria o politicamente mais incorreto de tudo”.
Fonte: ACI
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Lembrando...
Religiosos cuidam de 27% dos doentes de AIDS no Mundo
06.05.2008 - Roma - Os religiosos são responsáveis por 27% dos cuidados e da assistência aos doentes de AIDS em todo o mundo.
O dado foi divulgado na apresentação do relatório "Um serviço de amor. Análise global do empenho dos institutos religiosos contra o HIV e contra a AIDS", durante o Congresso da União dos Superiores Gerais (UISG) e da União internacional das Superioras Gerais (USG), que se concluiu ontem em Roma.
O padre Frank Monks, da Comissão para a Saúde dos organismos, afirmou que esse dado de 27% é importante, pois indica que a resposta dos religiosos ao problema do HIV nem sempre foi visível, obscurecida pela atenção quase exclusiva que o mundo secular reservou à questão do preservativo. "O modo dos religiosos de enfrentar a questão, ao invés, vai além", disse.
De fato, os institutos católicos estão empenhados em várias frentes: tratamento médico, prevenção geral, prevenção da transmissão mãe-filho, cuidados dos órfãos e das famílias atingidas, assistência espiritual, educação sexual e, por fim, a pesquisa, em especial para se encontrar a vacina contra a doença. Contudo, explica o padre Robert Vitillo, conselheiro especial da Caritas Internacional sobre HIV e AIDS, apesar desse empenho, a Igreja perde demasiado tempo em busca de fundos.
Na África, os institutos religiosos não renunciam a confrontar-se com a delicada questão do preservativo. A missionária comboniana e coordenadora do projeto, Ir. Maria Martinelli, explica que os princípios da Igreja a propósito são conhecidos, mas, na prática, considerando que os religiosos lidam com pessoas de várias religiões, culturas e etnias, "percebe-se que, em situações especiais, o preservativo é necessário".
A Igreja Católica é particularmente ativa na África austral, onde a pandemia da AIDS alcançou a difusão de 30% na população entre 25 e 40 anos e onde houve uma queda da expectativa de vida de 60 para 35 anos. (BF)
Fonte: Rádio Vaticano