04.01.2009 - A Rússia expressou hoje sua "extrema preocupação" pela situação na Faixa de Gaza e exigiu que a violência seja detida para "evitar uma catástrofe humana" no território palestino.
"A nova e perigosa fase de escalada do enfrentamento armado após o início da operação terrestre de Israel em Gaza suscita extrema preocupação", declarou o porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores, Andrei Nesterenko.
Na opinião de Moscou, "é preciso pôr fim com urgência aos sofrimentos da população civil de ambos os lados, deter o derramamento de sangue e garantir o cessar-fogo entre ambas as partes".
"Outras das tarefas mais urgentes são evitar uma catástrofe humana de grande escala na Faixa de Gaza, suspender seu bloqueio e abrir os postos de controle" na fronteira com Israel, disse o porta-voz da Chancelaria.
A Rússia dará continuidade a seus esforços por conseguir estes objetivos no Conselho de Segurança da ONU, no Quarteto de Madri e em contatos com outras partes interessadas, acrescentou o funcionário.
Nesterenko destacou que o vice-ministro de Assuntos Exteriores e representante especial do Kremlin para o Oriente Médio, Aleksandr Saltanov, partiu hoje para a região do conflito, onde dever realizar consultas urgentes sobre a situação entre palestinos e israelense.
Saltanov manterá negociações com líderes de Israel, da Autoridade Nacional Palestina e da Síria sobre a situação na Faixa de Gaza, invadida ontem à noite pelas tropas israelenses após vários dias de bombardeios maciços.
Fonte: Terra notícias
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Lembrando...
Estados Unidos mostram preocupação com armas nucleares russas
11.03.2007 - Apesar de a Rússia ter melhorado a segurança em torno de suas armas nucleares e materiais para fabricação de bombas, as agências de inteligência americanas "permanecem preocupadas" com o vasto arsenal ainda estar vulnerável a roubo interno ou ataques terroristas.
O Conselho Nacional de Inteligência dos Estados Unidos, em seu mais recente relatório para o Congresso sobre armas nucleares russas, disse que determinou que "contrabando não detectado de material nuclear utilizável em armas provavelmente ocorreu", acrescentando que "nós estamos preocupados com a quantidade total de material que pode ter sido desviado ou roubado nos últimos 15 anos".
"Nós achamos altamente improvável que os russos ou outras autoridades serão capazes de recuperar todo o material que provavelmente foi roubado", disse o relatório, acrescentando que os "riscos de roubo não detectado continuam".
O relatório -uma versão não confidencial de um estudo secreto- não apresenta as bases para as conclusões do conselho ou fornece detalhes sobre os supostos materiais nucleares desaparecidos. O conselho é uma agência do governo que responde ao Diretor da Inteligência Nacional.
Obtido por meio da Lei de Liberdade de Informação, o relatório é datado de abril de 2006. Ele é o quinto de tais levantamentos sobre a segurança das armas nucleares russas fornecidos ao Congresso e representa as observações da comunidade de inteligência americana de 2005 ao início de 2006.
As conclusões gerais repetem as feitas pelo relatório anterior do conselho, datado de fevereiro de 2005.
O presidente Bush e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, prometeram uma cooperação estreita em segurança de armas nucleares. Para isto, os Estados Unidos têm ajudado a Rússia a proteger suas instalações nucleares e de armas fornecendo atualizações de segurança como melhores fechaduras, cercas de perímetro, barreiras e monitores de vídeo.
O Departamento de Energia deverá concluir grande parte de seu trabalho até o final do próximo ano.
Após a invasão liderada pelos Estados Unidos ao Afeganistão em 2001 e a descoberta de documentos da Al Qaeda mostrando o interesse da organização terrorista em adquirir materiais nucleares, o governo Bush pediu a Moscou uma maior vigilância de suas instalações de armas.
A Rússia tem cerca de 3.500 ogivas estratégicas e cerca de 15 mil a 20 mil ogivas nucleares táticas menores, o maior estoque do mundo. As ogivas táticas têm menos poder nuclear do que as ogivas estratégicas, que geralmente são posicionadas no topo de mísseis balísticos intercontinentais e podem facilmente destruir uma cidade inteira.
Entre as conclusões do novo relatório:
-Os guardas russos nas instalações nucleares podem ser o elo fraco na
segurança. Eles "exibiram vulnerabilidades com problemas disciplinares
comuns em outras unidades militares russas, incluindo imposição de tarefas desnecessárias, disparos acidentais e suicídios".
-Mesmo com o aumento da segurança, as usinas nucleares russas "quase
certamente permanecerão vulneráveis a um ataque terrorista bem planejado e executado".
-Um lançamento acidental ou não autorizado de uma arma nuclear estratégica russa é "altamente improvável" enquanto o comando russo e sistemas de controlem permanecerem no lugar. As preocupações com um lançamento acidental "aumentariam" em caso de um colapso do sistema político russo.
-Os Estados Unidos estão preocupados com a possibilidade da Rússia não
conseguir manter a longo prazo as atualizações de segurança fornecidas pelos Estados Unidos, dado o alto custo e sofisticação técnica do equipamento.
-Os russos reduziram os esforços americanos para melhorar a segurança em alguns complexos de armas nucleares devido a "preocupações da
contra-inteligência" russa.
-A princípio os russos disseram que desbarataram dois planos terroristas em 2002 e 2003 para obter acesso às instalações de armazenamento de armas nucleares russas. De lá para cá eles voltaram atrás e agora negam que terroristas tenham feito tais tentativas.
A vulnerabilidade do arsenal nuclear russo a planos terroristas é uma antiga preocupação americana, apesar das garantias russas de que o arsenal está em segurança.
Em um relatório de 2001, uma comissão bipartidária chefiada pelo ex-senador Howard Baker, republicano do Tennessee, e Lloyd Cutler, o ex-conselheiro da Casa Branca no governo Clinton, concluiu: "A mais urgente ameaça não tratada à segurança nacional dos Estados Unidos é o risco de armas de destruição em massa ou material utilizável em armas na Rússia poderem ser roubados e vendidos a terroristas ou nações hostis". A comissão relatou que ocorreram "dezenas" de incidentes de tentativa de roubo de materiais relacionados a armas nucleares na Rússia.
Fonte: UOL notícias