Itália: uso da pílula do dia seguinte causa polêmica na sociedade cristã


15.12.2008 - A introdução na Itália da pílula Ru 486 para o aborto que, em breve, estará nos hospitais italianos, gerou uma forte polêmica na sociedade cristã do país, após o Vaticano rejeitar o documento "Dignitatis Personae".

Para a associação Ciência e Vida, a pílula do dia seguinte, "é o último elo de uma série de formas de banalizar o aborto, iniciado há 30 anos e que agora chega a seu ponto mais alto".

"O uso prático da química é, essencialmente, pela suposta facilidade de tomar a pílula, a culminação da privatização do aborto", assegura.

A Associação acrescenta que a figura do médico é cada vez menos decisiva para a proteção da vida do feto e que a Ru 486 põe agora toda a responsabilidade na mulher de tomar a pílula sozinha e esperar seus efeitos.

A Ciência e Vida explica que a Ru 486 mata o embrião no ventre da mãe e depois em, 48 horas, há um segundo medicamento, o misoprostol, que induz as contrações e provoca a expulsão do feto.

Desde o momento em que toma a pílula, a mulher não sabe quando, onde ou como abortará: cerca de 5% expulsa os embriões entre o primeiro e o segundo remédio. Já 80% elimina o feto dentro das 24 horas do segundo medicamento e de 12% a 15% entre os 15 dias seguintes.

O resto das mulheres precisará de uma intervenção cirúrgica por aborto incompleto ou porque continua a gravidez, acrescentou.

A Associação lembra que "nem todas as ameaças à vida e à saúde da mulher em relação a Ru 486 foram devidamente avaliadas" e espera que "os responsáveis de saúde pública façam todo o possível para informar a todas as mulheres que fazem uso desta técnica".

A introdução na Itália da pílula do dia seguinte "confirma a indiferença e a superficialidade frente à vida no momento da concepção e além disso não considera o embrião humano como portador de uma pessoa concreta".

A Associação confirma "sua missão pública no sentido da defesa da vida desde a concepção até a morte natural e iniciará uma grande campanha de sensibilização, especialmente entre as mulheres jovens".

Fonte: Terra notícias

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Lembrando...

Pílula do dia seguinte não cura nada, mata um ser humano, afirma especialista italiano

01.11.2007 - ROMA - O Presidente da União Católica de Farmacêuticos Italianos, Pietro Uróda, explicou que a pílula do dia seguinte, ante a qual se deve recorrer ao direito à objeção de consciência, "é uma espécie de bomba hormonal" que "não cura nada. É um produto farmacêutico que serve para matar um eventual embrião" que já é um ser humano.

Assim indicou o especialista italiano; depois do recente discurso do Papa onde defendeu o direito à objeção de consciência dos farmacêuticos para não vender coisas que provoquem a eutanásia; ou o aborto, como a pílula do dia seguinte.

Uroda comentou que efetivamente ele é impedimento de consciência ante os produtos que causem ou induzam ao aborto e que por isso "nunca vendi a pílula abortiva" do dia seguinte.

"Nosso código deontológico diz que estamos a serviço da vida. Não acreditam que este produto (a pílula do dia seguinte) seja um fármaco, porque não cura nada. É um produto farmacêutico que serve para matar um eventual embrião. Se não matar o embrião, pode ocasionar outros danos", explicou o especialista.

O Presidente da União de Farmacêuticos Católicos Italianos assinalou que "embora não há nenhuma lei precisa que ampare a objeção de consciência, se existirem algumas leis e sentenças, que combinadas, permitem confrontar as situações nas que se utilize este direito".

"Por exemplo, segundo o artigo 54 do código penal, se um viola uma lei para salvar a alguma pessoa está isento de castigo algum; se for por um bem maior. Então, nós para salvar ao embrião rechaçamos vender a pílula do dia seguinte", precisou.

Uroda destacou também que "existem sentenças da Corte de Cassação sobre o direito do embrião, que está na lei 40. Em tal virtude, sustentamos que podemos defendê-lo a nível judicial. Do mesmo modo, está claro um princípio: Não queremos aceitar causar morte a alguém. Se o embrião -como já está cientificamente demonstrado- é uma vida humana, consideramos que deve ser ajudado e defendido".

O especialista italiano indicou que em "Perugia denunciaram que os casos de gravidezes extra-uterinas são significativamente mais comuns em pessoas que usaram a pílula do dia seguinte. O que acontece com este produto é que se lança no organismo uma espécie de bomba hormonal. É um fato muito grave que já está documentado: a parte toxicológica deste produto está além disso sendo minimizada".

Em seguida, o farmacêutico conta que "houve um caso -recordo muito bem- de uma senhora que tinha me pedido um produto para abortar e que eu neguei. Logo depois de alguns anos pude falar com esta pessoa e ensinou a um pequeno formoso. A senhora me disse que era o fruto de meu discurso o que a tinha feito renunciar à idéia de eliminá-lo".

Fonte: ACI

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Lembrando...

A Igreja afirma que a pílula do dia seguinte é abortiva

O Conselho Federal de Medicina (CFM), lamentavelmente aprovou uma resolução liberando os médicos a indicarem para suas pacientes o uso da “pílula do dia seguinte” (PDS) como método anticoncepcional de emergência. A aprovação foi publicada no "Diário Oficial" (17 jan 07) e afirma que “a pílula pode ser usada em qualquer etapa da vida reprodutiva - incluindo adolescentes. E diz que a conclusão de vários estudos científicos é de que o método não é abortivo”. Como justificativa da resolução, o CFM citou “o número elevado de mulheres expostas à gravidez indesejada e aos abortos realizados irregularmente no País”.

Mas a Igreja, depois de estudar exaustivamente esta questão chegou a conclusão contrária: a PDS é abortiva. Em 11 nov 2001 os Bispos de São Paulo emitiram uma Nota Pastoral nos seguintes termos:

“Nós, Bispos católicos do Estado de São Paulo, reunidos em Itaici-SP, sentimos o dever de orientar o povo católico e todas as pessoas de boa vontade sobre a chamada "Pílula do Dia Seguinte". Ela vem sendo oferecida como pílula de emergência para evitar a gravidez em casos de violência sexual ou de outras situações em que a mulher deseja evitar a gravidez imediatamente após a relação sexual mantida. Trata-se, na verdade, de uma pílula abortiva. Alguns órgãos de imprensa começam a divulgar esta pílula, noticiando que é fornecida pelo Ministério da Saúde, através da rede pública, em parceria com estados e municípios, e que a pílula está sendo apresentada só como contraceptiva e não como abortiva. Isso, porém, não condiz com toda a verdade, porque ela é, de fato, contraceptiva e abortiva. Em alguns casos impede a concepção e em outros provoca um aborto. Quem a divulga como não-abortiva tem um conceito restritivo de aborto, afirmando que só se pode falar de aborto se o óvulo fecundado for expelido após ter-se fixado no útero. A Igreja Católica, no entanto, baseada nos dados da Ciência, afirma que desde a concepção e antes de se fixar no útero, o óvulo fecundado já é o início de uma vida humana. Portanto, mesmo sendo expelido antes de sua fixação no útero já se trata de um aborto. É isto que a pílula do dia seguinte pode provocar. É contraceptiva porque pode evitar a fecundação do óvulo, ou seja, a concepção. Se a fecundação, porém, se efetivar, a pílula se torna abortiva porque pode alterar de tal forma a situação do útero que a fixação do óvulo fecundado se torna impossível. Então ocorre a expulsão do óvulo fecundado e, portanto, o aborto. A Igreja é contra o aborto provocado e continua a defender a vida humana desde a concepção até sua morte natural e o faz na fidelidade ao ensino de Jesus Cristo, que veio para que todos tenham vida e a tenham em abundância. Ele aceitou morrer na cruz para resgatar a vida de todos nós na ressurreição. A vida é o direito fundamental de todo ser humano”(Itaici, 11 de novembro de 2001) Muitos médicos e pesquisadores confirmam que a PDS é abortiva por ser anti-nidatória, isto é, impede o embrião de se fixar na parede do útero. Vejamos alguns casos:

1 - O Conselho Regional XVII de Callao, do Colégio Médico do Peru divulgou em 21 de março de 2006 um comunicado à opinião pública em que assinala que a chamada "pílula do dia seguinte", conhecida como Anticoncepcional Oral de emergência" (AOE) tem caráter abortivo e, portanto, não deveria ser legal no Peru. Os médicos peruanos assinalam em seu comunicado que tanto a FDA (Food and Drugs Admnistration) dos EUA, a OMS e os laboratórios que produzem e distribuem o fármaco "sim aceitam a existência do mecanismo antinidatório". "Apenas com a possibilidade de que o mecanismo de ação seja impedir a implantação de um embrião recém concebido é suficiente para considerá-lo perigoso para a humana", afirmam os médicos peruanos. O comunicado adverte também que "foram reportados estudos que relacionam uso da PDS e Gravidez Ectópica, quadro que pode provocar a morte da mulher. Em todos os estudos científicos foi demonstrado que a taxa de efeitos adversos chega a 25 e 35%. Portanto não se pode dizer que é inócua". (Fonte: 21 Mar. 06 - ACI)

2 - O laboratório Grünenthal, fabricante no Chile da “pílula do dia seguinte”, decidiu retirar do mercado o fármaco devido a sua escassa venda e às constantes ações judiciais interpostas por organizações pró-vida que denunciam seu potencial efeito abortivo, pois o Postinor 2 (nome comercial do levonorgestrel 0.75) induz ao aborto. Esta noticia nos dá conta de que um povo esclarecido não usa um medicamento perigoso; e isto nos leva a esclarecer mais e mais o povo brasileiro dos perigos desse “medicamento”.

3 - A FDA, agência federal americana encarregada do controle de produtos alimentares e farmacêuticos, fez advertências mais severas sobre o uso da pílula do dia seguinte RU-486, destacando os riscos de infecções e outros problemas graves que inclusive já levaram à morte. A agência americana tomou esta decisão de alertar pacientes e médicos que prescrevem a medicação fabricada pelos laboratórios Danco e comercializadas com o nome de Mifeprex depois da notificação de casos de infecções bacterianas sérias, hemorragias e mesmo morte relacionados à pílula do dia seguinte. A FDA alertou --em um aviso público (www.fda.gov/cder/drug/advisory/mifeprex200603.htm)-- da morte de outras duas mulheres no país depois de fazer uso da pílula abortiva RU-486. De um informe apresentado ao Senado australiano desprende-se que outra mulher morreu na Grã-Bretanha depois de utilizar a pílula abortiva RU-486.

4 – Peritos em bioética no Peru explicam por que o não a "pílula do dia seguinte" .

A imprensa peruana publicou, em 06 dez 04, um comunicado assinado pelos mais importantes especialistas em bioética do país, que rejeitam a legalização da “pílula do dia seguinte” impulsionada pela Ministra de Saúde Pilar Mazzetti. O comunicado, ao qual se aderiu a “Sociedade Peruana de Direito Médico” (SODEME), assinala que “é sabido que a Pílula do dia seguinte exerce seu efeito no organismo da mulher mediante três mecanismos, interferindo: 1) na ovulação; 2) na função dos espermatozóides e 3) no processo de implantação do embrião no endométrio do útero”. “Por isso, é impróprio e ambíguo chamar a estas substâncias ‘anticoncepção oral de emergência’ (AOE), como se só evitassem a união do óvulo com o espermatozóide”. Atualmente, assinalam os especialistas, “o mecanismo anti-implantatório é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde e o Consórcio Latino-americano de Anticoncepção de Emergência, que impulsionam a implementação e uso da PDS em nível internacional, assim como pelos laboratórios que a fabricam e comercializam”. “O mecanismo que interfere com a implantação do embrião no endométrio equivale a impedir que o embrião continue seu processo vital de desenvolvimento. Em outras palavras, causa a morte do concebido de poucos dias de vida”, esclarecem os peritos peruanos. “Portanto – acrescentam -, o principal valor em jogo com o emprego da PDS é a vida de um ser humano. Do ponto de vista ético isso constitui um ato gravemente ilícito em detrimento do mais inocente dos indivíduos humanos, como é o embrião”.

O documento conclui assinalando que “de uma perspectiva ética racional e plural; e apoiados no conhecimento do fato biomédico objetivo, consideramos que a implementação e uso da chamada PDS constitui um ato muito grave que atenta abusivamente contra a vida de peruanas e peruanos inocentes; o que, pelo resto, fá-la contrária a nossa Constituição”. (Fonte: ACI, LIMA, 06 Dez. 04)

5– A Pontifícia Academia para a Vida, do Vaticano, formada por especialistas do mundo todo, convidados pelo Papa, emitiu uma Declaração sobre a chamada “Pílula do dia seguinte” , em 31 de outubro de 2000, onde diz claramente que ela é abortiva e não deve ser usada. Entre outras coisas afirma a Declaração:
“A pílula do dia seguinte... tem uma função predominantemente "anti-implantação", isto é, impede que um possível ovo fertilizado (que é um embrião humano), agora no estágio de blástula de seu desenvolvimento (cinco a seis dias depois da fertilização) seja implantado na parede uterina por um processo de alteração da própria parede. O resultado final será assim a expulsão e a perda desse embrião”. (n. 1)

“É claro, então, que a comprovada ação "anti-implantação" da pílula do dia seguinte é realmente nada mais do que um aborto quimicamente induzido. Não é intelectualmente consistente nem cientificamente justificável dizer que não estamos tratando da mesma coisa. Além disso, parece suficientemente claro que aqueles que pedem ou oferecem essa pílula estão buscando a interrupção direta de uma possível gravidez já em progresso, da mesma forma que no caso do aborto. A gravidez, de fato, começa com a fertilização e não com a implantação do blastocisto na parede uterina, que é o que tem sido implicitamente sugerido. (n.3)

“Consequentemente, do ponto de vista ético, a mesma absoluta ilegalidade dos procedimentos abortivos também se aplica à distribuição, prescrição e uso da pílula do dia seguinte. Todos os que, compartilhando ou não a intenção, cooperam diretamente com esse procedimento, são também moralmente responsáveis por ele.” (n. 4)

“Finalmente, como tais procedimentos estão-se tornando mais disseminados, nós encorajamos fortemente a todos os que trabalham nesse setor a fazer uma firme objeção de consciência moral, o que gerará um testemunho prático e corajoso do valor inalienável da vida humana, especialmente em vista das novas formas ocultas de agressão contra os mais fracos e mais indefesos indivíduos, como é o caso de um embrião humano” (n. 6).

Data Publicação: 19/01/2007
Fonte: www.cleofas.com.br


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