10.12.2008 - O câncer deverá superar as doenças cardiovasculares como primeira causa de mortalidade no mundo em 2010, revela estudo do Centro Internacional de Pesquisas contra o Câncer da OMS (Organização Mundial de Saúde). O principal é o fator do aumento do tabagismo, principalmente em países em desenvolvimento.
Segundo o relatório, os casos de câncer dobraram entre 1975 e 2000, e devem duplicar novamente entre 2000 e 2020. Em 2030, o câncer poderá matar 17 milhões de pessoas, contra os 7,6 milhões de óbitos que provocou em 2007, adverte o relatório.
"Este rápido aumento dos casos de câncer representa um autêntico desafio para os sistemas do mundo", revela Peter Boyle, diretor do centro de pesquisas contra a doença.
A maioria dos países desenvolvidos restringiu o fumo em lugares públicos, incluindo locais de trabalho e restaurantes, o que contribuirá para uma redução ainda maior dos casos de câncer nos próximos anos, segundo o estudo.
No entanto, advertiu de que, perante o sucesso das campanhas, as empresas de cigarro concentraram sua atenção nas nações em desenvolvimento --principalmente China, Rússia e Índia--, onde são capazes de investir em "um nível de publicidade sem precedentes".
"Mais da metade dos casos e dois terços dos óbitos por câncer ocorrem nos países com nível de renda baixo ou médio. Os países em desenvolvimento, onde a população crescerá 38% até 2030, não têm meios para lutar de forma eficaz contra o câncer", destaca o relatório.
Fumo e má-alimentação
O consumo de cigarro, a dieta excessivamente rica em gordura e hábitos alimentares cada vez menos saudáveis favorecem o aumento do câncer. Esta combinação de fatores causa crescente estrago nos países emergentes, que copiam o modelo da vida ocidental.
Se não forem adotadas medidas para conter este avanço, poderá haver 27 milhões de casos de câncer a cada ano no planeta até 2030, e outras 75 milhões vivendo com a doença durante os cinco anos seguintes a seu diagnóstico.
Em 2007, foram registrados 12 milhões de novos casos de câncer, entre os quais 5,6 milhões ocorreram em países em desenvolvimento. No total, 7,6 milhões de pessoas morreram, sendo 4,7 milhões nos países em desenvolvimento.
O cigarro, consumido por cerca de 1,3 bilhão de pessoas no planeta, é a primeira causa evitável de mortalidade e de enfermidade.
"O controle do consumo de cigarro é o mais importante que podemos fazer para combater esta doença", ressaltou no ato o ciclista Lance Armstrong, ganhador de sete Tours da França, que foi diagnosticado com câncer de testículos em 1996 e ficou conhecido também por sua luta contra a doença.
Fonte: UOL notícias
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Lembrando...
Alerta para o crescimento do cãncer, custará à vida de 17 milhões de pessoas até 2030
09.12.2008 - Um relatório da Agência Internacional para Pesquisa do Câncer (Iarc), vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), alerta para o crescimento desta doença que, segundo seus cálculos, custará à vida de 17 milhões de pessoas ao ano até 2030, contra 7,6 milhões de 2007, segundo o "Relatório Mundial do Câncer 2008", apresentado nesta terça-feira.
Os analistas que elaboraram o estudo destacam que a incidência desta doença duplicou em nível mundial nos últimos 30 anos e advertem que seguirá crescendo de maneira exponencial nos próximos anos. O relatório dá como exemplo que em 2030 haverá 27 milhões de casos novos de câncer, o que elevará para 75 milhões de pessoas as que viverão com este mal no mundo e se traduzirá em uma taxa de mortalidade anual de 17 milhões de pessoas.
Estes números significam um forte aumento em relação a 2007, quando se registraram 12 milhões de novos casos de câncer, 5,6 milhões deles em países em desenvolvimento, e 7,6 milhões de mortes, das que 4,7 milhões se deram em economias em desenvolvimento. O estudo destaca que a doença está crescendo com maior velocidade nos países de renda média e baixa, que têm menos recursos para combatê-la.
No entanto, os países desenvolvidos não se livram desta doença, devido, segundo o estudo, a um estilo de vida que favorece os maus hábitos, como a dependência ao tabaco, seguido da má alimentação e a falta de exercício. Com cerca de 1,3 bilhões de pessoas viciadas em nicotina no mundo, o tabaco continua sendo, diz o relatório, a principal causa de câncer e também a mais evitável.
Os países em desenvolvimento sofrem dos males do tabaco, que, de acordo com os pesquisadores, gera 12% de seus casos de câncer, uma percentagem que segue crescendo, enquanto outros 25% têm sua origem em doenças crônicas. O relatório alerta que, devido a um intervalo de 40 anos entre mudanças nos hábitos tabagistas e redução da doença, o pior nos países em desenvolvimento ainda deve estar por vir.
O estudo também adverte que, dada a tendência atual, a taxa de doença e morte por câncer aumentará à média de um ponto por ano e que os maiores crescimentos se darão na China, na Índia e na Rússia.
Fonte: Terra notícias