04.12.2008 - O número de abortos praticados na Espanha durante 2007 subiu a 112.138, frente aos 101.592 que se registraram em 2006, o que representa um incremento de 10,38%, segundo o relatório enviado pelo Ministério de Sanidade e Consumo às comunidades autônomas, através da Direção Geral de Saúde Pública.
A taxa de abortos, quer dizer, o número de mulheres que interromperam a gravidez por cada mil em idade fértil (15-44 anos), situou-se em 2007 em 11,49 frente aos 10,62 do ano anterior, segundo os dados oficiais, recolhidos por Europa PRESS.
O 88,15% das interrupções se realizaram em gestações de menos de doze semanas --62,84 por cento em gestações de oito ou menos semanas e o 25,31% entre as nove e as doze semanas--, dados que experimentaram um leve aumento respeito a 2006, quando o 87,94% dos abortos se realizaram em gestações de menos de doze semanas.
Na maioria dos casos (96,93%), o motivo da interrupção foi a saúde materna --como ocorreu durante 2006, quando em 96,98% dos casos se alegou esta razão-- e a maioria das intervenções (97,91%) de 2007 se realizaram em centros privados, uma percentagem que se mantém similar ao ano anterior.
Por comunidades autônomas, as que registraram major taxa de abortos em 2007 foram, outro ano consecutivo, Madri, com 16 abortos por cada mil mulheres, quase dois pontos mais que no ano anterior, que teve 14,18; Balear, com 14,91 abortos por cada mil mulheres; Múrcia (14,8) e Catalunha (14,31).
Seguem-lhe Aragão (11,91%), Andaluzia (11,22%), Canárias (11,74%), Comunidade Valenciana (10,46%), La Rioja (8,64%), Castilla-La Mancha (8,2%), Asturias (7,72%), País Basco (6,84%) e Castilla e León (6,38%). Pelo contrário, as que menos registraram foram, também como no ano anterior, Ceuta e Melilla (3,74%); Galícia (4,51%), Cantábria (4,63%), Extremadura (5,46%) e Navarra (5,65%).
Fonte: ACI
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Lembrando...
Espanha: Socialistas querem mudar categoria de "resto humano" para facilitar abortos
30.01.2008 - MADRI, 30 Jan. 08 / 12:00 am (ACI).- O governo socialista na Espanha está propondo uma lei que, de ser aprovada, mudaria a categoria de "resto humano" para excluir os despojos de crianças não nascidas abortadas, e reduzir assim a pressão da opinião pública sobre as clínicas abortistas.
Atualmente, o Regulamento de Polícia Sanitária Mortuária considera os restos humanos procedentes de abortos como "cadáveres": o que exige que sejam transladados em um veículo de um serviço funerário com as condições adequadas, e com o destino geral que tem todo cadáver: o cemitério para sua incineração ou enterro.
O anteprojeto de lei apresentado pelos socialistas modificaria este regulamento para excluir do conceito de "resto humano" às crianças não nascidas de até 28 semanas de gestação.
As organizações de defesa da vida assinalaram que, com o desenvolvimento da ciência, o antecedente de pessoas que sobreviveram fora do ventre materno às 28 semanas ou menos vai em aumento. A respeito, assinalam o recente caso da menina Amillia, nascida com 22 semanas nos Estados Unidos.
Se a nova lei é aprovada, os restos de crianças não nascidas que se aproximam do sétimo mês de gestação passarão a ser "lixo", descartável ou "reciclável", conforme disponham as clínicas abortistas.
Segundo as estatísticas do Ministério de Sanidade, mais de 12 mil abortos se produziram entre a décimo terceira semana e a semana 29.
Fonte; ACI