José Saramago, prêmio Nobel da literatura pergunta: Por que precisamos de Deus?


01.12.2008 - O único prêmio Nobel da literatura em língua portuguesa, José Saramago, 86, participou de sabatina na sexta-feira no teatro Folha. Ao ser questionado se a doença mudou a sua percepção de Deus, o escritor perguntou “por que mudaria?”, acrescentando que foram os médicos e a sua mulher que o salvaram.

Deus

“Por que precisamos de Deus? Nós o vimos? A Bíblia demorou 2000 anos para ser escrita e foi redigida por homens”, disse o escritor. Para ele, a Bíblia é um “desastre”, cheia de “maus conselhos, como incestos, matanças”.

Ele ainda voltou a criticar a Igreja, afirmando que ela inventou o pecado para controlar o corpo humano. “O sonho da Igreja é transformar todos em eunucos, quer dizer, os homens, porque as mulheres não podem ser eunucas”.

Livros

Saramago negou ainda que seus livros reflitam fases, locais onde tenha vivido. ‘”Ensaio sobre a Cegueira”, que é um marco, começou a ser escrito ainda em Portugal”, afirmou o escritor, que mora no arquipélago das Ilhas Canárias, Espanha. Veja mais o que o escritor disse no trecho a seguir.

Obama

Saramago comparou o democrata Barack Obama, presidente eleito dos Estados Unidos, ao chefe de governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero. Ele disse também que a propaganda da mudança às vezes falha e citou, como exemplo, a ascensão dos trabalhistas no Reino Unido, ocorrida com o então primeiro-ministro britânico Tony Blair (que já abandonou o cargo).

José Saramago foi sabatinado por Vaguinaldo Marinheiro, secretário de Redação da Folha, jornalista Sylvia Colombo, da Ilustrada, Manuel da Costa Pinto, colunista da Ilustrada e Luis Costa Lima, colunista do caderno Mais!.

Fonte: BOL

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Lembrando...

São os ateus mais inteligentes do que os que acreditam? Responde um Bispo argentino

16.07.2008 - BUENOS AIRES .- Durante uma homilia sobre o valor da fé Dom Luis Stöckel, Bispo de Quilmes, Argentina, comentou uma recente noticia que anunciava uma suposta "investigação" que comprovaria que os ateus são mais inteligentes do que as pessoas que acreditam em Deus.

Na homilia, o Prelado assinalou que "se fosse certo, pergunta-a seria: A que se atribui a falta de fé nos que são considerados inteligentes?"
"A resposta que dá Jesus é que o Pai ocultou estas coisas aos sábios e aos prudentes, e as revelou às crianças, aos meninos, aos pequenos"; disse Dom Stöckel. "Quer dizer, a inteligência do homem por si própria é incapaz de entrar no mistério de Deus".
O Bispo de Quilmes lembrou ao cientista e filósofo Blas Pascal, quem "depois de longos anos de busca intelectual, uma noite foi surpreso por uma experiência mística, que ele anotou em um pergaminho que após levava sempre consigo, costurado dentro de seu paletó. Começa este memorial com a data e hora precisas".

O Prelado citou o escrito pelo Pascal: "Deus de Abraão, Deus de Isaac, Deus de Jacó, não dos filósofos e dos sábios. Certeza. Certeza. Sentimento. Alegria, Paz. Deus de Jesus Cristo. Seu Deus será meu Deus".
"Certamente –comentou Dom Stöckel–, Não é o Deus dos filósofos e dos sábios. A fé filosófica pode nos levar a convicção da existência de Deus... mas somente a fé em sua palavra nos dá acesso à profundidade de seu mistério".
"Frente a esta manifestação, cada um deve dar sua resposta: se o considerar um delirante ou se acreditar no Deus feito homem. Nós, depois de dois mil anos que existe a Igreja, contamos com uma infinidade de provas de que 'a loucura de Deus é mais sábia que a sabedoria dos homens, e de que a debilidade de Deus é mais forte que a fortaleza da homens'(1 CO 1,25)", concluiu o Prelado.

Fonte: ACI

 


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