Acredite se quiser: Escola é fechada por deixar que alunos fiquem nus


27.11.2008 - Um jardim da infância da cidade de Duisburg, no oeste da Alemanha, foi fechado após protestos de pais irritados porque funcionários teriam permitido durante meses que alunos da escola brincassem nus.

A administração do estabelecimento público deu permissão às brincadeiras após as férias do meio deste ano, depois que alguns alunos começaram a tirar espontaneamente suas roupas durante o recreio.

Os professores decidiram, então, reservar uma das salas de aula para que grupo de cinco a dez meninos e meninas pudesse brincar sem roupas, sem incomodar os outros alunos.

Os pais dessas crianças foram informados. As outras famílias, entretanto, não ficaram sabendo das novas práticas.

Boicote
A recreação sem roupa só veio a público depois de um garoto ter contado à mãe ter visto um menino e uma menina nus, trocando contatos íntimos no colégio.

Grande parte dos responsáveis pelos alunos protestou. Uma reunião entre pais e professores terminou em confusão, após alguns pais acusarem os funcionários da escola de promover "pornografia".

Somente cerca de 40 dos 120 alunos continuaram freqüentando o jardim de infância. Os outros pais boicotam a escola por semanas.

A escola ficará fechada por quatro semanas a partir da próxima segunda-feira.

A diretora do jardim de infância foi afastada, e as autoridades da cidade afirmaram que os funcionários restantes serão remanejados para outros estabelecimentos de ensino da região.

"A confiança dos pais nesses funcionários se acabou", disse Thomas Krützberg, diretor do departamento de proteção à criança de Duisburg.

A procuradoria pública confirmou nesta quinta-feira que, após queixa de pais, abriu inquérito para apurar se houve negligência dos professores e pedagogos.

A administração da cidade ressalta que não foi informada das novas práticas da escola e que não concorda com o método.

"Lamentamos profundamente o ocorrido e, por isso, decidimos acabar imediatamente com o que vinha acontecendo", afirmou Anja Huntgeburth, porta-voz da Prefeitura de Duisburg.

"Caso todos os pais tivessem sido informados, teria ficado claro que não havia apoio para a idéia", disse.

Fonte: Terra notícias

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Lembrando....

Uma violência estúpida contra crianças e adolescentes em São Caetano SP

Notícia de 18.06.2007

Por Reinaldo Azevedo

Matéria no jornal Diário de São Paulo, junho 2007, assinada por Guilherme Russo, expõe a estupidez a que chegamos. Reproduzo um trecho:

“Os cerca de 15 mil alunos das escolas estaduais e municipais de São Caetano do Sul, no ABC Paulista, começaram a receber questionários que abordam a sua sexualidade. As crianças de 1ª à 4ª série têm de responder se dormem com alguém na cama ou se tomam banho sozinhas. Há perguntas ainda mais constrangedoras como: “Alguém já tocou no seu bumbum?”. Ou “você já tocou no bumbum de alguém?” Já os adolescentes têm de escolher entre duas respostas sobre orientação sexual: “Você é heterossexual ou homossexual?”

O texto foi elaborado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Caetano do Sul, e aprovado pela Vara da Infância e da Juventude do município”

Pois é, leitores. Abaixo, seguem algumas perguntas feitas para crianças da 1ª à 4ª série:

- Você viu alguém pelado? Quem?
- Alguém já mexeu no seu ______ ou na sua _____ ou no seu bumbum? Quem foi?
- Você já mexeu no ____ ou no bumbum de alguém? De quem?
- Alguém beija você na boca? Quem?
- Você dorme sozinho na cama?
- Você toma banho sozinho?

Eis algumas questões para alunos do 2º grau:
- Qual sua orientação sexual? Homossexual ou heterossexual?
- Você já sofreu algum tipo de discriminação por ser gay ou lésbica?
- Você já usou drogas, crack, ecstasy?
- Tem pessoas na sua casa que usam drogas?
- Que drogas essas pessoas usam na sua casa?

É uma barbaridade. Cadê o Ministério Público? Essa gente tem de ser processada. O mais lamentável é que o juiz Eduardo Rezende Melo, da Vara da Infância e da Adolescência de São Caetano, disse não ver nada de errado: “Não vi absolutamente problema nenhum na aplicação dos questionários. Não vejo ilegalidade”, disse ele ao Diário de São Paulo.

Revolta
Os pais, com justiça, se indignaram com os questionários e protestaram. A Prefeitura suspendeu a sua aplicação. Só uma observação: a indignação já existia, sem que ninguém tomasse qualquer providência. A medida só veio depois que o assunto foi parar na imprensa.

O SPTV fez uma reportagem a respeito. Uma senhora, do tal conselho, com ar aparvalhado, perguntava: “Será que especialistas fariam um questionário que não fosse adequado”. Ah, minha senhora, fariam, sim. Fizeram.

Barbaridade
Por onde começar? No que concerne à questão propriamente psíquica, trata-se, obviamente, de uma violência. Crianças entre 6 e 10 anos — que, é fato, têm uma sexualidade — estão sendo é estimuladas a se interessar por práticas inadequadas à sua idade. Mais: nessa idade, a realidade e a fantasia ainda se misturam. Será que o episódio da Escola Base, que destruiu a vida de pessoas inocentes, ainda não ensinou nada a ninguém? Nos Estados Unidos, há até associações de pais vítimas da falsa memória do incesto, acreditem...

De maneira inepta, o questionário invade a ambiente das famílias. Eu não aprovo — é uma questão de educação apenas — que adultos fiquem nus na frente das crianças. Não era um padrão da minha família; não é um padrão que eu siga em casa. Mas há pais que não vêem mal nenhum nisso — e não se trata, obviamente, de qualquer desvio de comportamento. O tal questionário induz a que uma família mais liberal nos costumes seja vista como potencialmente molestadora.

Parece-me razoável que um pai ou uma mãe dêem banho no filho ou na filha de seis anos, ocasião em que, certamente, tocam no seu “bumbum” ou na sua _____ ou no seu _____. Entrarão para a lista dos suspeitos? Conheço mães e pais que dão os tais “selinhos” em seus filhos. Isso é “beijo na boca”? Ou o conselho e o juiz vão querer saber se é ou não beijo de língua? Uma criança de seis ou sete anos que tenha tido um pesadelo salta para a cama dos pais. Isso é “dormir junto?” Crianças têm curiosidade sobre a sexualidade adulta e tendem a misturar fato com imaginação. Como é que isso pode ser identificado num questionário como esse, inepto?

É INCONSTITUCIONAL, apenas isso, perguntar a alguém qual é a sua orientação sexual. Os adolescentes não podem ser submetidos a esse tipo de constrangimento. Mais: também não devem ser convertidos em policiais de seus pais ou de suas famílias.

A aplicação dos questionários já foi suspensa, mas quem será punido? Se molestamento infantil é um problema sério, certamente a solução não é essa: inepta, estúpida, pautada pela brutalidade politicamente correta. Mais: eu desconfio seriamente da sanidade das pessoas que os elaboraram. Não sei até onde não há nas perguntas um quê de manifestação voyeurista; não sei até onde elas não traduzem mais as obsessões de quem indaga do que atendem às necessidades supostas de quem responde. Por que um professor tem de perguntar a uma criança como ela chama o órgão pelo qual faz “xixi”?

No que diz respeito à psicologia e à educação, os questionários são um desastre. No que se refere à política propriamente, a coisa é ainda mais séria: entes do estado tentam desautorizar a família como a célula indivisível da família. O Grande Irmão está querendo enfiar o pé na porta para dizer como devemos educar os nossos filhos.

Quem será punido?

Fonte: http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/2007/06/uma-violncia-estpida-contra-crianas-e.html

Fonte: www.juliosevero.com.br


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