27.11.2008 - MADRI - Ao participar do Congresso "Católicos e Vida Pública”, Mercedes Aroz, a ex-senadora que faz um ano anunciou sua conversão ao Catolicismo e abandonou o Partido Socialista da Catalunha –do qual foi uma das fundadoras–, advogou pela abolição do aborto na Espanha para que progridam realmente os direitos humanos no país.
Aroz, que nas eleições gerais de 2004 foi a senadora eleita com mais votos na província de Barcelona, ofereceu uma intensa exposição em que denunciou que “a sociedade espanhola é hoje uma sociedade secularizada de forma similar ao resto da Europa Ocidental em que Deus já não é o referente global com o que tudo se articula”. “Esta perda de referências conduziu a uma crise de valores morais, a uma perda de orientação pessoal e ao mal-estar cultural existente”, explicou.
Entretanto, admitiu que “o catolicismo segue sendo relativamente majoritário e subsiste a cultura de transfondo católico. Há, portanto, condições favoráveis para que de novo germine o cristianismo”.
Neste contexto, colocou a necessidade de "fazer avançar na sociedade espanhola uma posição majoritária favorável à abolição do aborto, como hoje existe em relação à abolição da pena de morte no mundo, abolida na Espanha em 1983”.
“Se deve colocar a abolição do aborto como o que é: um objetivo progressista, de avanço da civilização, pois o reconhecimento jurídico dos direitos humanos e sua ampliação é fruto do progresso do ser humano na compreensão de sua realidade e de sua dignidade como pessoa”, adicionou.
“Da mesma maneira que frente aos argumentos a favor da pena de morte em graves delitos prevaleceu o respeito ao direito à vida, se deve obter que este direito do homem seja reconhecido desde sua concepção e até sua morte. Este objetivo tem que ir acompanhado de um maior amparo à maternidade e da prevenção da gravidez adolescente mediante a formação”, sugeriu.
Fonte;: ACI
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Lembrando...
Muitas crianças concebidas em nossos dias não verão a luz, assegura Bispo de Tarazona
17.12.2007 - ESPANHA - MADRI - O Bispo de Tarazona, Dom Demetrio Fernández González, assegurou que embora nestes dias "celebramos a iminência do parto de Jesus que vem a nos salvar", "muitas crianças concebidas em nossos dias não verão a luz, porque foram eliminados no seio materno, mediante o crime abominável do aborto provocado".
"Não há coisa mais bonita que a espera de um bebê" onde "a mãe um pouco nervosa, contam-se os dias por minutos" e se pudesse tiraria "horas aos dias que faltam para que o acontecimento se produza quanto antes", assinalou o Prelado.
"Depois de uma gravidez de nove meses assistimos ao parto feliz do Menino" quem "foi concebido no seio de Maria de maneira milagrosa, sem conhecer um varão" e "José o marido acolheu em sua casa o mistério que se produziu no ventre de Maria", recordou Dom Fernández.
Mas a diferença de Jesus, "muitas crianças concebidos em nossos dias não verão a luz, porque foram eliminados" mediante "o crime abominável do aborto provocado", lamentou o Bispo de Tarazona.
Na Espanha foram contabilizados legalmente "quase cem mil as crianças eliminadas por este sistema" e "outras muitas não estão contabilizadas", assegurou.
"Quebranta-se o direito natural à vida e as leis positivas que o regulam com tal de eliminar ao novo ser que estorva", asseverou o Prelado. "Estamos frente a "um terrorismo silencioso, que se cobram vítimas inocentes constantemente", demarcou.
"Nossa época que conta com tantos progressos não é capaz ainda de acolher a toda criança que é concebido", questionou Dom Fernández.
Fonte: ACI