26.11.2008 - A Confederação de Pais e Mães de Alunos (COFAPA) rechaçou a decisão judicial que obriga suprimir os crucifixos em uma escola pública de Valladoli porque reflete uma postura "intolerante ao impor uma opção laicista".
A presidenta do COFAPA, Mercedes Coloma, lamentou a sentença judicial e pediu "ter em conta a opinião dos pais que sim querem ter os crucifixos nas salas-de-aula, já que as autoridades educativas devem assegurar às famílias o tipo de educação que desejam para seus filhos".
Ao mesmo tempo, a Confederação Católica de Pais de Alunos (CONCAPA) assinalou que o acontecido em Valladoli responde a "uma política de ataque raivosamente laicista contra os símbolos religiosos".
"Trata-se de uma desafortunada e grave decisão por quanto afeta também aos pais do centro que têm inscrito a seus filhos no ensino da religião católica e aos que não se teve em conta", sustenta em um comunicado.
Neste sentido, precisa que "os católicos são maioria nos centros escolares, algo que tem que respeitar-se tanto ou mais do que se respeite o uso do véu islâmico ou qualquer outro símbolo de religiões minoritárias, especialmente quando se dão em um centro público sem que os católicos se queixem por isso. Uma minoria está impondo seus critérios a uma maioria".
Fonte: ACI
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Lembrando...
Juiz defende a retirada de crucifixos dos tribunais
Notícia de 17/09/2005
O juiz Roberto Arriada Lorea, 40 anos , de Porto Alegre (RS), defende a retirada de crucifixos das salas de audiência do Judiciário. A proposta será apresentada no final deste mês, em um congresso que reunirá magistrados do Estado gaúcho.
O juiz acredita que os símbolos colocados nas paredes ferem o artigo 19 da Constituição Federal, que veda relações de dependência entre o Estado e as instituições religiosas, informa o jornal Folha de S.Paulo. "A liberdade religiosa das pessoas é ferida. A Justiça é para todos", diz.
Segundo o juiz, pesquisas mostram que 85% dos próprios católicos são favoráveis à separação entre Igreja e Estado. O juiz teve teve formação católica na infância, mas não é praticante.
O presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Osvaldo Stefanello, diz que o "Judiciário tem coisas mais importantes com que se preocupar do que com símbolos nas paredes".
O juiz Roberto Arriada Lorea, no entanto, não vai participar do 6º Congresso de Magistrados Estaduais, que será realizado entre 29 de setembro e 1º de outubro em Santana do Livramento, por causa de uma viagem ao exterior. A proposta será apresentada por um colega.
A Igreja Católica critica a tese e diz que a idéia é fruto de uma "onda secularista".
Para a entidade que representa os judeus no Estado o gaúcho, o símbolo religioso nos tribunais não faz diferença. Já a Federação Espírita gaúcha concorda com a proposta do juiz.
Em junho, a Suprema Corte dos EUA proibiu a exibição do texto dos Dez Mandamentos nas paredes de dois tribunais do Kentucky e, no mesmo dia, autorizou que um monumento aos Mandamentos continuasse diante do Legislativo do Texas, informou a Folha.
Fonte: Terra Notícias
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Lembrando...
Espanha: Prefeitura de Andaluzia ordena retirar crucifixos de um colégio de Jaén
26.05.2006 - MADRI .- A Prefeitura de Andaluzia ordenou retirar os crucifixos das salas de aula do colégio San Juan de la Cruz de Baeza, em Jaén, respaldando dessa maneira uma ordem dada pela Delegação Provincial de Educação dessa Corte. A resolução se fundamenta nas queixas recebidas do escritório do Defensor do Povo Andaluz, José Chamizo, por um pai desse centro escolar que se negava a que seus filhos assistissem as aulas nas quais se exibiam os símbolos cristãos. Esta resolução obriga a que os crucifixos só possam exibir-se durante a aula de Religião e nas salas específicas onde os alunos vão receber este curso.
Prefeitura também proíbe a celebração de qualquer tipo de atividade extraescolar relacionada com a religião e adverte aos professores que em caso de descumprir a norma lhes incorporará o correspondente inquérito disciplinador.
A respeito, o delegado de ensino do Bispado de Jaén, Antonio Aranda, alertou que esta medida chegará ao extremo de impedir que se dêem palestras sobre universidades católicas ou se representem presépios de Natal.
"Pedem que se retirem as cruzes da escola e não exigem que lhe troque o nome do colégio que preste homenagem a um grande poeta místico", acrescentou Aranda ao assinalar sua estranheza pela decisão das autoridades educativas que não se apóia em legislação alguma.
A retirada dos crucifixos coincide com as recentes críticas do Episcopado andaluz ao projeto de Estatuto para esta comunidade autônoma que segundo os bispos poderia abrir a porta a possíveis atentados contra a vida, a família e a liberdade educativa e religiosa.
Fonte: Aci Digital