17.11.2008 - Em um artigo publicado em L'Osservatore Romano (LOR) titulado "Para um exame de consciência", a jornalista Lucetta Scaraffia explica que o medo ao sofrimento do mundo atual é o "motor" dos promotores da eutanásia. Diante dele, precisa, os católicos devem propor os princípios que respondem razoavelmente os questionamentos que surgem deste temor exacerbado a sofrer.
Assim o indica Scaraffia ao comentar o caso de Eluana Englaro, uma italiana de 37 anos condenada à eutanásia pelo Tribunal Supremo italiano que decidiu, a pedido de seu pai, lhe retirar os tubos que a alimentam e hidratam para causar sua morte.
A jornalista do LOR assinala que certamente esta vez "operou o mecanismo do caso misericordioso: nesta circunstância não da dor da Eluana –de quem os médicos juram que não sente já mais nada e que não se dará conta que vai morrer de fome e de sede!– senão de seu pai. Como se o pai, com a morte de sua filha, deixasse de sofrer: e este é o paradoxo que ninguém soube objetar".
"O medo ao sofrimento constitui o motor base de todas as decisões equivocadas de intervenções sobre o fim da vida: o sabem bem os que fazem propaganda da eutanásia alentando um futuro sem sofrimento", alerta Scaraffia e ressalta que "é próprio da reflexão a propósito do significado do sofrimento –que só o cristianismo sabe confrontar– que devemos fazer o possível para impedir que casos como este se repitam".
A tradição católica, precisa, "oferece luzes certas e claras para decidir nestas complexas circunstâncias: o valor da vida humana da concepção até a morte natural, quaisquer que sejam as condições nas que é vivida, inclusive se os casos a confrontar mudarem constantemente fazendo-os mais complicados e inéditos".
Depois de assinalar que este assunto também toca o rol da "tecno-ciência em nossa vida, os limites da medicina, e que, então, para estar verdadeiramente convencidos, exige um exame das mesmas", a jornalista culmina explicando que a "terrível sorte de Eluana, então, é uma admoestação a todos e ensina a nós os católicos que devemos pensar e trabalhar para defender nossos princípios –que são princípios razoáveis compartilhados pelos que não são católicos– e impregná-los cada vez mais nas novas questões que o progresso científico cria".
Fonte: ACI
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Lembrando...
Defendam a vida, não a eutanásia, diz papa em Luxemburgo
07.03.2008 - O papa Bento 16 criticou na sexta-feira, em um encontro com o primeiro-ministro de Luxemburgo, as manobras realizadas para legalizar a eutanásia.
Luxemburgo aprovou recentemente uma lei autorizando que doentes em fase terminal coloquem fim a suas vidas.
O pontífice reuniu-se durante meia hora com o primeiro-ministro Jean-Claude Juncker, cujo Partido Social Cristão tentou, sem sucesso, impedir a aprovação da medida pelo Parlamento luxemburguês, em fevereiro. A lei deve entrar em vigor na metade deste ano.
"Houve referências específicas à defesa da vida humana ou ao processo legislativo atualmente em andamento e referente à eutanásia", afirmou o Vaticano em um comunicado divulgado após o encontro.
Pela lei de Luxemburgo, a eutanásia poderia ser realizada no caso dos doentes terminais e no caso dos que enfrentam doenças ou condições incuráveis, mas apenas quando esses pacientes confirmarem várias vezes seu desejo de morrer e com o consentimento de dois médicos e de um painel de especialistas.
Em abril de 2002, a Holanda se tornou o primeiro país a autorizar a "morte assistida" para os doentes terminais.
No ano passado, o Poder Legislativo da Cidade do México aprovou uma lei permitindo que os doentes terminais neguem-se a receber tratamento.
A Igreja Católica opõe-se à eutanásia, mas defende que medidas existentes de suporte artificial à vida — ou seja, medidas excessivamente agressivas e possivelmente dolorosas — podem ser interrompidas com o consentimento da família do doente.
No ano passado, o Vaticano decidiu ser errado parar de administrar comida e água para pacientes em estado vegetativo mesmo que não haja nenhuma possibilidade de que recuperem a consciência.
Fonte: Terra notícias
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Lembrando...
Papa diz que eutanásia é sintoma de avanço da cultura de morte
17.11.2007 - O Papa Bento XVI afirmou hoje estar preocupado com a freqüente tentação da eutanásia, que considerou "um dos sintomas mais alarmantes da cultura da morte que avança principalmente na sociedade do bem-estar".
O Pontífice fez essas declarações ao receber os participantes da 22ª Conferência Internacional organizada pelo Vaticano, com o tema "A Pastoral no Cuidado dos Doentes Idosos".
Em seu discurso, Bento XVI pediu aos cientistas, pesquisadores, médicos, políticos e administradores que evitem o avanço da tentação da eutanásia.
"Precisa-se de um empenho geral para que a vida humana seja respeitada, não só nos hospitais católicos, mas em todos os (outros) lugares de saúde", disse o Papa.
O Pontífice disse que o Papa João Paulo II sempre estimulou os cientistas e médicos "a se empenharem na pesquisa para prevenir e curar as doenças da velhice".
"Especialmente durante sua doença, (o Papa João Paulo II) ofereceu um testemunho exemplar de fé e coragem", afirmou Bento XVI.
"Peço (a vocês) que não caiam na tentação de recorrer a práticas para abreviar a vida idosa e doente, que resultariam em formas da eutanásia", acrescentou.
"A vida humana é, em todas as suas fases, digna do máximo respeito, mais ainda durante a velhice e a doença", afirmou o Papa.
Bento XVI também fez críticas à "atual mentalidade do ''eficientismo'', (que) tende a marginar as pessoas que sofrem, como se estas fossem um peso e um problema para a sociedade".
Segundo o Papa, as pessoas que "têm o sentido da dignidade humana" sabem que os idosos e doentes devem ser respeitados e tratados enquanto passam por dificuldades de saúde.
"É justo recorrer ao uso de tratamentos paliativos, que, mesmo que não possam curar, são capazes de aliviar as dores da doença", afirmou Bento XVI.
Além dos indispensáveis tratamentos clínicos, o Papa disse que "é necessário mostrar amor ao doente, porque precisam de compreensão, conforto e constante apoio e companhia".
O Papa pediu aos religiosos que peçam às famílias que cuidem de seus idosos e criticou o abandono destes e dos doentes.
"É oportuno, enquanto for possível, que as famílias sejam (as responsáveis) por seus idosos com reconhecido afeto, e que, desse modo, possam passar a última fase de sua vida em casa e se preparar para morrer num clima de calor familiar", afirmou o Pontífice.
"É importante que não falte o vínculo do paciente com seus familiares" em caso de internação, disse o Papa.
Bento XVI pediu que ajudem o doente a "encontrar a força para enfrentar seus últimos dias" com oração e sacramentos.
Fonte: Terra notícias
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Diz na Sagrada Escritura:
"Por que me perguntas a respeito do que se deve fazer de bom? Só Deus é bom. Se queres entrar na vida, observa os mandamentos". (Mt 19,17)
"Conheces os mandamentos: não mates; não cometas adultério; não furtes; não digas falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e mãe". (Mc 10,19)