13.11.2008 - O responsável de Saúde do Vaticano, o cardeal mexicano Javier Lozano Barragán, pediu hoje aos presentes no chamado congresso "Pastoral nos Cuidados das Crianças Doentes" fundos para poder adquirir remédios anti-retrovirais para os desfavorecidos e, sobretudo, para os menores.
"Peço que mandem dinheiro (...) com o qual poderemos comprar diretamente remédios anti-retrovirais para deter o avanço da aids, que afeta, infelizmente, muitas crianças", disse Barragán perante os representantes dos 64 países que foram ao congresso.
O responsável pelo setor de Saúde do Vaticano comentou que em alguns países, especialmente da África, onde foram dados de forma sistemática anti-retrovirais, foram obtidos "resultados consideráveis".
"Um núncio nos confirmou que em uma missão no Quênia graças à distribuição destes remédios se passou de um morto por aids ao dia a um morto ao mês", acrescentou Barragán.
O cardeal citou, além disso, outros fatores que afetam a saúde dos menores como "a destruição do meio ambiente, a destruição da família, a violência e os abusos sexuais e as agressões".
Fonte: Terra notícias
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Lembrando...
Religiosos cuidam de 27% dos doentes de AIDS no Mundo
06.05.2008 - Roma - Os religiosos são responsáveis por 27% dos cuidados e da assistência aos doentes de AIDS em todo o mundo.
O dado foi divulgado na apresentação do relatório "Um serviço de amor. Análise global do empenho dos institutos religiosos contra o HIV e contra a AIDS", durante o Congresso da União dos Superiores Gerais (UISG) e da União internacional das Superioras Gerais (USG), que se concluiu ontem em Roma.
O padre Frank Monks, da Comissão para a Saúde dos organismos, afirmou que esse dado de 27% é importante, pois indica que a resposta dos religiosos ao problema do HIV nem sempre foi visível, obscurecida pela atenção quase exclusiva que o mundo secular reservou à questão do preservativo. "O modo dos religiosos de enfrentar a questão, ao invés, vai além", disse.
De fato, os institutos católicos estão empenhados em várias frentes: tratamento médico, prevenção geral, prevenção da transmissão mãe-filho, cuidados dos órfãos e das famílias atingidas, assistência espiritual, educação sexual e, por fim, a pesquisa, em especial para se encontrar a vacina contra a doença. Contudo, explica o padre Robert Vitillo, conselheiro especial da Caritas Internacional sobre HIV e AIDS, apesar desse empenho, a Igreja perde demasiado tempo em busca de fundos.
Na África, os institutos religiosos não renunciam a confrontar-se com a delicada questão do preservativo. A missionária comboniana e coordenadora do projeto, Ir. Maria Martinelli, explica que os princípios da Igreja a propósito são conhecidos, mas, na prática, considerando que os religiosos lidam com pessoas de várias religiões, culturas e etnias, "percebe-se que, em situações especiais, o preservativo é necessário".
A Igreja Católica é particularmente ativa na África austral, onde a pandemia da AIDS alcançou a difusão de 30% na população entre 25 e 40 anos e onde houve uma queda da expectativa de vida de 60 para 35 anos. (BF)
Fonte: Rádio Vaticano