10.11.2008 - Logo no início de seu governo, Lula iniciou sua primeira viagem ao Oriente Médio, onde ele visitou várias nações, inclusive Israel, a única democracia da região. Ops! Errei ao incluir Israel, pois Lula nunca se interessou em conhecer pessoalmente a nação judaica. Esse foi o primeiro erro de Lula. Outros mais vieram depois.
Era de se esperar que, depois que o presidente do Irã, Mohamud Ahmadinejad, tratou Israel com a mesma bondade que Hitler teria tratado, Lula seria mais compassivo para com o Estado judeu. Hitler, o anti-judeu, merecia repúdio. Ahmadinejad, o anti-judeu, merece o quê?
Merece uma visita ao Brasil! Muito longe de ser piada, o presidente Lula convidou Ahmadinejad para tomar um cafezinho com ele no Palácio do Planalto. Com a ascensão de Obama, Hugo Chávez, Ahmadinejad, Fidel Castro e outros ditadores finalmente aplaudiram a “democracia” americana. Nesse clima de vitória “democrática”, Lula se sentiu muito à vontade para convidar o “democrático” Ahmadinejad. Afinal, proclamam os liberais, o mundo precisa de diversidade e pluralidade. Assim como as nações pró-Israel — seja lá onde estiverem — merecem respeito, assim também as nações contra Israel, pensam eles.
Por isso, o governo brasileiro estranhou as críticas israelenses à aproximação do Brasil com o Irã. O governo Lula tratou oficialmente essas críticas como intromissão de Israel na política externa brasileira. Sendo assim, a Embaixada de Israel em Brasília foi convocada a prestar esclarecimentos.
Contudo, quem deveria de fato ser convocado para prestar esclarecimentos é Lula. O que o presidente Lula ganha para o povo brasileiro convidando um terrorista para uma visita oficial ao Brasil?
Enquanto o povo brasileiro não se move para exigir explicações e mudança de atitude de Lula, vozes solitárias se levantam. No Congresso Nacional, o Dep. Marcelo Itagiba disse em discurso no plenário no dia 5 de novembro de 2008:
Venho à tribuna desta Câmara dos Deputados para manifestar a minha indignação com a visita do Chanceler brasileiro Celso Amorim ao Irã. Pensei que a imagem estampada recentemente na imprensa do encontro do Presidente Lula com o Presidente do Irã, em setembro, durante a Assembléia Geral da ONU, tivesse sido meramente um triste e inevitável encontro protocolar. Afinal, eu jamais poderia imaginar que aquele encontro, na verdade, viesse a se constituir em uma visita oficial do nosso Chanceler a um país cujo presidente, além de pretender negar a ocorrência do Holocausto, que matou mais de seis milhões de seres-humanos judeus, vem também propugnando a extinção do Estado de Israel. Ou seja, não satisfeito em negar o Genocídio de milhões, Mahmoud Ahmadinejad, com suas declarações, deseja realizar um segundo holocausto. Tenho grande respeito pelo Itamaraty, pelos seus membros e por suas propostas de política externa independente, mas não posso admitir que alguns atuem a Chamberlain, primeiro ministro Inglês, que com a sua pouca visão permitiu o fortalecimento do Nazismo e a Segunda Guerra Mundial. Não podemos permitir que a política externa brasileira atue como alguns diplomatas que, durante o Estado Novo, por trás de seus bigodinhos e suas suásticas tatuadas no peito, apoiavam o nazi-facismo e elaboravam resoluções reservadas que impediram a entrada, em nosso país, de refugiados judeus que acabaram massacrados na Europa. Como política externa, prefiro a do Itamaraty que apoiou a criação do Estado de Israel.
Outra voz solitária foi a de Reinaldo Azevedo, que declarou:
Há uma só democracia no Oriente Médio: Israel, onde lula nunca pôs os pés. Em compensação, já promoveu uma cúpula no Brasil de ditaduras árabes e de alguns bandoleiros latino-americanos. O Brasil, sem preconceitos, diversificou o repertório com a visita de Amorim aos “companheiros” persas do Irã. O terrorista Mohamud Ahmadinejad foi oficialmente convidado a visitar Banânia. Que importa que ele tenha na sua pauta a destruição de Israel? Isso é um problema lá deles, né? Judeu atrevido [que criticou a aproximação do Brasil com o Irã]! Quem sabe o tarado de Teerã venha ao país logo depois do assassino Raúl Castro, ditador de Cuba. A pocilga moral fica completa. O Itamaraty, um dia, ainda terá de ser lavado com creolina.
Lula tem a obrigação de dar satisfação ao povo brasileiro por se aproximar de um ditador terrorista que declarou que quer a destruição de Israel. Que o povo de Deus se levante contra essa insanidade.
Fonte: www.juliosevero.com