05.11.2008 - MADRI- 65 por cento das mulheres que abortam sofre sintomas de estresse pós-traumático depois de submeter-se à operação, conforme manifestou a psiquiatra e membro do Comitê de Direito a Viver (DAV), Carmen Gómez-Lavín.
Segundo Gómez-Lavín, o risco de desenvolver uma depressão clínica é 65 por cento maior nas mulheres que abortam, que naquelas que dão a luz, segundo dados publicados no Medical Science Monitor pelos doutores J.R. Cougle, D.C. Reardon e P.K. Coleman.
Do mesmo modo, citou o European Public Health de 2005 para concluir que durante o processo, e no ano que segue ao aborto, a mortalidade das mulheres que abortam é entre 3,5 e 6 vezes mais elevada do que a das mulheres que dão a luz.
A doutora Gómez-Lavín observou "a paradoxo" de que na Espanha 97 por cento dos mais de 100 mil abortos declarados anualmente se pratica sob o suposto de grave perigo para a saúde física ou psíquica, "quando o fato é que toda a literatura científica aponta de maneira significativa e concludente que o maior risco para a mulher se produz depois do aborto", acrescentou.
Também contribui um estudo comparado sobre aborto induzido e casos diagnosticados de síndrome post-aborto em mulheres dos Estados Unidos e Rússia, publicado por V.M. Rue no Medical Science Monitor em 2004, que assinala que 60 por cento das mulheres que se submetem a um aborto induzido declara: "parte de mim morreu", depois da operação.
O mesmo artigo, resenhou a perita, mostra que "64 por cento das mulheres grávidas que se submeteram a um aborto se sentiram pressionadas para fazê-lo. A coação chegou em alguns casos à violência ou inclusive à ameaça de morte". "52 por cento comenta que o fez apressadamente e o 54 não estavam seguras de sua decisão no momento do aborto. 67 por cento não tinha recebido nenhum assessoramento prévio", assinalou a doutora Carmen Gómez-Lavín.
Para a psiquiatra, a investigação demonstra "o trauma que supõe o aborto para a mulher, e mais se houver uma predisposição à enfermidade mental". "A gravidez não gera um problema de saúde psíquica na mulher", adicionou.
Fonte: ACI