04.11.2008 - O bispo Franjo Komarica, de Banja Luka, por ocasião de sua visita à sede central da associação católica internacional Ajuda à Igreja que Sofre, situada na Alemanha, lamentou o fato de que nem o governo bósnio nem a comunidade internacional intervieram para tornar possível o retorno dos refugiados católicos.
Em seu lugar, estas entidades pretendem que o bispo e os sacerdotes se encarreguem de restabelecer a infra-estrutura necessária para acolher as pessoas que foram expulsas de sua casa durante a guerra balcânica dos anos 90.
O governo considera que os católicos são de sua responsabilidade, mas do bispo, denuncia Dom Komarica, assegurando que não é obrigação da Igreja encarregar-se de que haja estradas e moradias com luz e água.
O bispo deplora o fato de que, treze anos após a guerra, apenas tenha retornado 2% dos católicos que então fugiram, e que no âmbito nacional e internacional não se perceba vontade política alguma de atuar conforme as declarações públicas segundo as quais os croatas católicos já podem voltar aos seus lugares de origem.
Literalmente, o bispo disse: «Ignoram-se nossos gritos de socorro, pedidos e protestos. Aqui se pisoteia a justiça! Por que, por exemplo, respeitam os direitos humanos na Alemanha, França e Estados Unidos, e não na Bósnia?».
A Igreja Católica pretende «realizar uma fecunda contribuição para o porvir do país – explicou Dom Komarica –, mas para isso tem que ser possível que vivamos aqui». Ele mesmo nunca hesitou em defender todos aqueles que estão privados de seus direitos.
Entre 1992 e 1995 estourou uma guerra na Bósnia-Herzegovina a partir do desmembramento da Iugoslávia. Cerca de 243.000 pessoas perderam a vida e 2 milhões foram expulsas por causa da redistribuição da antiga República.
Fonte: www.zenit.org