01.11.2008 - Reportagem da Revista ISTOÉ, novembro 2008
No Recife, o arcebispo causa revolta ao dizer que padre tem amante e usar a Justiça para expulsá-lo de sua paróquia
Passava pouco das 18 horas da terça-feira 21 quando uma missa na Igreja de Santo Antônio, no bairro de Água Fria, no Recife, foi interrompida por dois oficiais de Justiça. Eles traziam um mandado de reintegração de posse da igreja, com a determinação de desocupação do local. Sem alternativa, o padre João Carlos Santana da Costa retirou-se do templo e pediu aos fiéis que voltassem para casa. O mais incrível é que essa ação de despejo foi movida pelo arcebispo de Recife e Olinda, dom José Cardoso Sobrinho, conhecido por suas posições conservadoras e intransigência. Desde então, impedido de oficiar missas, o padre João realiza “grupos de orações” na praça, nas escolas e em casas de fiéis. A maioria deles se solidariza com o padre e a igreja chegou a ser pichada com slogans contra o arcebispo.
O motivo para ação tão drástica, segundo a arquidiocese, é que o padre João estaria namorando uma de suas fiéis e, por isso, teria sido expulso da paróquia há um ano por dom Sobrinho. Mas, segundo o arcebispo, o padre também seria culpado de um pecado ainda mais grave: em 1994, ele teria se unido à mesma amante para tramar a morte do marido dela. “O padre foi preso na Paraíba. Eu o aceitei por pura caridade”, diz o bispo. “Eu o acolhi porque ele se arrependeu. Passados alguns anos, a mulher se mudou para cá e eles passaram a viver juntos”, diz dom Sobrinho. Padre João conta outra história. O arcebispo o teria afastado depois de ele ter denunciado casos de pedofilia que supostamente ocorreriam numa igreja vizinha à sua. Indignado, dom Sobrinho teria montado um dossiê sobre o suposto romance de padre João, afastando-o de sua paróquia. “Eu não tive nenhum direito à defesa no afastamento da igreja. No caso do crime, eu já fui absolvido”, reclama o vigário.
A contenda se arrastou durante meses e a disputa bateu às portas do Vaticano, que decidiu em favor do arcebispo Sobrinho. “A Santa Sé não quer discutir o conteúdo da denúncia. Pior. Tenho que pagar 1.500 euros para que o Vaticano escolha um advogado para me defender. Eu não tenho como arrumar esse dinheiro”, reclama o padre João. “Não existe pecado sem perdão. Mas ele tem que parar com essa vadiagem”, diz dom Sobrinho.
Enquanto não se resolve a pendenga, os católicos de Água Fria não podem assistir às celebrações porque as portas da igreja continuam fechadas. “A igreja de dom José Sobrinho é trancada”, acusa o vigário. “Ela está fechada para o padre João exercer seu ministério sacerdotal, mas para outros não. Já nomeei outro vigário”, rebate o arcebispo.
Não é a primeira vez que o arcebispo Sobrinho provoca polêmica. Em 2004, Luciana Santos, prefeita de Olinda, do PCdoB, foi retirada da fila de comunhão do arcebispo porque “pertencia a um partido político ateu”. (fim)
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Lembrando...
Padre foge com fiel casada no interior de São Paulo
07.02.2007 - Padre da paróquia de Cerquilho, a 146 km de SP, mantinha romance há 2 anos.
O padre da paróquia São Benedito em Cerquilho, a 146 km de São Paulo, abandonou a paróquia na última sexta-feira, dia 2. Ayrton Miguel Fama, de 40 anos, fugiu com sua ajudante das missas dominicais, a dona-de-casa Adriana Garcia, de 38 anos, casada, e mãe de dois filhos. Os dois estariam mantendo um romance há dois anos, segundo reportagem do jornal "Agora".
O caso de amor acabou em intervenção da Arquidiocese de Sorocaba, a 100 km de São Paulo. Padre Miguel foi afastado das funções na paróquia São Benedito, que comandava desde 2001, e a construção de uma nova igreja na cidade foi suspensa.
"A Arquidiocese informa que o padre Ayrton Miguel Fama abandonou a paróquia São Benedito em cirscunstâncias constrangedoras para todos os católicos" disse, em nota oficial sobre o episódio, o bispo de Sorocaba dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues.
A família e o marido de Adriana admitiram que ela fugiu com padre por "livre e espontânea vontade". Eles não fizeram boletim de ocorrência e a única intervenção da polícia no caso foi conter o marido, o pai e o irmão de Adriana, que tentaram agredir o pároco dois dias antes de ele fugir com a dona-de-casa.
Para o pai de Adriana, o comerciante Gentil Garcia, de 58 anos, a filha fez o que muitas mulheres da cidade gostariam de fazer. "A mulherada sempre deu bola para o padre, tem muita menina aí com inveja da minha filha", disse. Ele não aprova a atitude da dona-de-casa, "mas se ela quiser voltar para casa, estamos de braços abertos."
O marido de Adriana, M.S.F., de 40 anos, admite reconciliar-se com a mulher. Ele tem dito aos amigos que não vai suportar viver longe da filha de seis anos, levada pela mãe na fuga. Segundo um colega, M. afirmou que, "para ter a filha de volta, não se importaria com as piadas dos outros."
A Arquidiocese de Sorocaba informou que o padre e Adriana estão "sob cuidados espirituais". Ela estaria em um convento em São Roque, a 59 km de São Paulo, acompanhada da filha. Padre Miguel estaria em uma Paróquia de Sorocaba, "para rever suas condutas".
Fonte: Globo.com
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Em La Salette - França, 1846, Aparição reconhecida pela Santa Sé, disse a Mãe de DEUS:
“Os sacerdotes, ministros de Meu Filho, por sua má vida, por suas irreverências e por sua impiedade em celebrar os santos Mistérios, por seu amor ao dinheiro, às honras e aos prazeres, se converteram em cloacas de impurezas” - (isso em 1846, imaginem agora). “Sim, chamam vingança, e a vingança está suspensa sobre suas cabeças, que com suas infidelidades e sua má vida crucificam de novo ao Meu Filho!”