Escocesa com mal de Parkinson tentará legalização da eutanásia no Reino Unido


31.10.2008 - Uma deputada escocesa que sofre de mal de Parkinson anunciou que apresentará em breve um projeto de lei diante do Parlamento de Edimburgo para tentar legalizar a eutanásia.

O passo dado por Margo MacDonald reativará o debate provocado pelo suicídio, na Suíça, do jogador de rugby Daniel James, que teve os movimentos totalmente paralisados aos 23 anos, publicou hoje o jornal "The Times".

A Polícia britânica está investigando as circunstâncias da morte do jovem em uma clínica suíça especializada em suicídios assistidos.

Outra britânica, Debbie Purdy, que sofre de esclerose múltipla, também pretende que a Promotoria do país esclareça sua posição sobre as pessoas que ajudam os doentes a se suicidarem, pois estas podem ser legalmente perseguidas.

"Acho que é desumano e, além disso, fútil que as leis neguem esse direito", disse a parlamentar.

"Considero que é preciso mudar a legislação para proteger não só a dignidade dos pacientes na hora de morrer, mas também para garantir que os médicos não sejam obrigados a ajudar um paciente a morrer antes do fim natural de sua vida", acrescentou.

Em março passado, durante um debate parlamentar, MacDonald disse que deveria ser permitido o seu suicídio caso suas dores um dia se tornassem insuportáveis.

O projeto de lei proposto por MacDonald incorporaria aos princípios dos cuidados paliativos o direito de um paciente a escolher o momento de morrer com a ajuda alheia.

A parlamentar fez, no ano passado, um documentário sobre o tema na Holanda.

Ela afirma que o sistema aplicado nesse país, no qual os doentes podem solicitar a ajuda de um médico reconhecido para que os ajude a morrer, é preferível a ter de viajar para a Suíça a fim de se suicidar em uma clínica especializada, como fizeram até agora mais de 100 britânicos.

Fonte: Terra notícias

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Lembrando...

Papa diz que eutanásia é sintoma de avanço da cultura de morte

17.11.2007 - O Papa Bento XVI afirmou hoje estar preocupado com a freqüente tentação da eutanásia, que considerou "um dos sintomas mais alarmantes da cultura da morte que avança principalmente na sociedade do bem-estar".

O Pontífice fez essas declarações ao receber os participantes da 22ª Conferência Internacional organizada pelo Vaticano, com o tema "A Pastoral no Cuidado dos Doentes Idosos".

Em seu discurso, Bento XVI pediu aos cientistas, pesquisadores, médicos, políticos e administradores que evitem o avanço da tentação da eutanásia.

"Precisa-se de um empenho geral para que a vida humana seja respeitada, não só nos hospitais católicos, mas em todos os (outros) lugares de saúde", disse o Papa.

O Pontífice disse que o Papa João Paulo II sempre estimulou os cientistas e médicos "a se empenharem na pesquisa para prevenir e curar as doenças da velhice".

"Especialmente durante sua doença, (o Papa João Paulo II) ofereceu um testemunho exemplar de fé e coragem", afirmou Bento XVI.

"Peço (a vocês) que não caiam na tentação de recorrer a práticas para abreviar a vida idosa e doente, que resultariam em formas da eutanásia", acrescentou.

"A vida humana é, em todas as suas fases, digna do máximo respeito, mais ainda durante a velhice e a doença", afirmou o Papa.

Bento XVI também fez críticas à "atual mentalidade do ''eficientismo'', (que) tende a marginar as pessoas que sofrem, como se estas fossem um peso e um problema para a sociedade".

Segundo o Papa, as pessoas que "têm o sentido da dignidade humana" sabem que os idosos e doentes devem ser respeitados e tratados enquanto passam por dificuldades de saúde.

"É justo recorrer ao uso de tratamentos paliativos, que, mesmo que não possam curar, são capazes de aliviar as dores da doença", afirmou Bento XVI.

Além dos indispensáveis tratamentos clínicos, o Papa disse que "é necessário mostrar amor ao doente, porque precisam de compreensão, conforto e constante apoio e companhia".

O Papa pediu aos religiosos que peçam às famílias que cuidem de seus idosos e criticou o abandono destes e dos doentes.

"É oportuno, enquanto for possível, que as famílias sejam (as responsáveis) por seus idosos com reconhecido afeto, e que, desse modo, possam passar a última fase de sua vida em casa e se preparar para morrer num clima de calor familiar", afirmou o Pontífice.

"É importante que não falte o vínculo do paciente com seus familiares" em caso de internação, disse o Papa.

Bento XVI pediu que ajudem o doente a "encontrar a força para enfrentar seus últimos dias" com oração e sacramentos.

Fonte: Terra notícias

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Diz na Sagrada Escritura:

"Por que me perguntas a respeito do que se deve fazer de bom? Só Deus é bom. Se queres entrar na vida, observa os mandamentos". (Mt 19,17)

"Conheces os mandamentos: não mates; não cometas adultério; não furtes; não digas falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e mãe". (Mc 10,19)


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