28.10.2008 - Durante as últimas duas semanas, a hierarquia da Igreja Católica salvadorenha e seus aliados conseguiram impor sua agenda na Cúpula Ibero-Americana a qual traz como lema “Juventude e desenvolvimento”.
A figura mais influente dos conservadores católicos é um prelado de origem espanhola:Fernando Sáenz Lacalle, o arcebispo metropolitano de San Salvador.
O bispo de 75 anos, quem em 1962 foi enviado ao recém fundado centro do Opus Dei em San Salvador, diz-se guardião dos valores morais que estariam ameaçados pela Convenção Ibero-Americana de Direitos da Juventude , assinada em 2005 pelos países membros da Comunidade de Nações Ibero-americanas, em Badajoz (Espanha).
O documento consiste em 44 artigos consagrando os direitos dos jovens em temas como saúde, sexualidade, trabalho, educação e cultura. Os defensores da Convenção a vêem como “uma eficiente ferramenta de ação e gestão política que garanta que os quase 150 milhões de jovens da região gozem dos próprios direitos”. Os direitos seriam o objeto de políticas públicas por parte dos países que assinam a Convenção – e a ratificam.
Surge aí brecha para a atuação do bispo Sáenz e seus correligionários de grupos fundamentalistas como “Sí a la Vida”: assim como outros 14 países, El Salvador ainda não ratificou a Convenção. E pouco depois da intervenção pública do bispo veterano em 12 de outubro último, o presidente Antonio Saca declarou que a ratificação não está em seus planos.
O bispo Sáenz recebeu Terra Magazine em seu escritório. Sua objeção principal à Convenção, diz em voz baixa e pausada, é que “não se menciona o papel da família na formação das crianças e jovens, e o estado assume toda a responsabilidade… É uma monumental falta de humanidade não levar em conta a família na formação dos jovens”.
Sobre o “importante tema da sexualidade”, Sáenz conta que tem “trabalhado incansavelmente, junto com o Ministério da Educação, há 20 anos, preparando materiais adequados para que os professores abordem de uma maneira também adequada, com o devido respeito à natureza humana, o tema da educação sexual. Não é uma enganação, mas um esforço para que não haja uma tendência animalesca, que respeite a potencialidade que Deus pôs no ser humano”.
“Depois, há outro problema em lidar com as diferentes idades, se estabelece que aos 15 anos já se é independente, ao invés de aos 18, então, não se facilita a ajuda necessária para os jovens”.
A liderança religiosa espera dos presidentes que desenvolvam “legislações próprias” e ressalta como exemplo positivo a lei sobre a juventude que o mandatário salvadorenho está elaborando, “uma lei adequada às circunstâncias de El Salvador”. Sobre o aborto, o bispo adverte que El Salvador “não pode assinar algo que vá contra a Constituição, que reconhece o direito à vida desde o momento da concepção”.
Como medidas contra a violência entre e contra os jovens, propõe “fortalecer a instituição familiar e a educação por parte do estado, e como Igreja, dedicarmos mais à juventude. Na Arquidiocese, assumimos três opções fundamentais: pela família, pelos jovens e pelas vocações. Precisamos de muito mais sacerdotes”.
Sobre as maras, como são conhecidas as gangues de jovens na América Central, diz que “tem-se que superar a tremenda crueldade… São jovens que talvez não tenham tido um lar que os tenha acolhido, e se deixaram levar também pelas fraquezas próprias da natureza humana”.
É este o tipo de pensamento que parece ser hegemônico em El Salvador, um dos mais países mais violentos do continente.
Fonte: Terra notícias
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Lembrando...
Acredite se quiser: Governo espanhol recomenda a escola ler Alí Babá e os 40 bichas
23.05.2007 - MADRI - O site do Ministério de Educação da Espanha oferece a pais e professores uma Guia de Recursos para "Educar em Valores" que recomenda a leitura na escola do gibi pornográfico "Alí Baba e os 40 bichas" de Nazario, o catálogo fotográfico Safer Sexy, um "guia gay com artísticas fotografias sobre sexo seguro", e o vídeo "Guia gay para o sexo seguro".
Conforme informa o diário Liberdade Digital, o Guia para professores da polêmica disciplina Educação para a Cidadania (EpC) orienta "sobre como educar no gozo da homossexualidade", "aceita a eutanásia ou que, no tema da paz, compara o 'possível engano' da Transição espanhola com as leis de ponto final das 'perdoadas ditaduras' da América Latina".
Entre os temas mais relevantes do guia didático oficial estão "Educação para a Paz –sobre o pacifismo–, A eutanásia, sim ou não? –sobre 'o direito a morrer dignamente'–, Somos iguais, somos diferentes –sobre a homossexualidade e o multiculturalismo–, Viaje à esperança –sobre a imigração– ou Educação para o Ócio".
Entre os recursos oferecidos pelo governo socialista se encontra a leitura em classe com os menores de Alí Baba e os 40 bichas", que o Guia apresenta como "um divertido gibi com as diferentes peripécias da vida cotidiana que acontecem aos inquilinos de uma casa, em sua maioria gays, na Barcelona atual. Uma das melhores obra do famoso desenhista" Nazario.
No capítulo da homossexualidade, o Ministério sugere o uso de um guia didático do Comitê Espanhol da Campanha Européia da Juventude contra o Racismo, a Xenofobia, o Anti-semitismo e a Intolerância e aconselha a pais e professores ver junto às crianças documentários como "Guia gay para o sexo seguro", de produção britânica, ou "Homossexualidade: A liberdade de amar", da Televisão Espanhola (TVE).
Em Educação para a paz, dedicado ao pacifismo, o Ministério afirma que "a única paz possível sempre surge quando não há vencedores nem vencidos" e que "as relações humanas gozosas" só podem dar-se em condições de igualdade, justiça social, liberdade e respeito à diversidade, condicione para "compartilhar um mundo mais divertido, mais heterogêneo e menos uniformizado ou chato".
Sobre a presença deste guia em seu próprio site, o Ministério dirigido por Mercedes Cabrera emitiu nesta terça-feira uma nota em que assegura que o polêmico recurso está publicado "pelo menos desde março de 2001", quer dizer, por decisão da anterior Administração educativa do opositor Partido Popular.
Embora em seu comunicado, o Ministério afirme que o guia "nada tem que ver com a disciplina Educação para a Cidadania e os Direitos humanos", Liberdade Digital destaca que "o fato é que os conteúdos de Educar em Valores se correspondem ponto por ponto com os do EpC".
Fonte ACI
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Nota do Portal Anjo, por Dilson Kutscher, www.portalanjo.com
Prezados amigos e visitantes, me digam francamente, dá para comentar alguma coisa sobre a notícia acima.
Quando li a notícia, pensei que era até piada, mas infelizmente não é...
O mundo conseguiu chegar a beira da total falta de princípios para com os valores morais, sociais e cristãos. Nem crianças e jovens são poupados desta terrível onda anticristã que se alastra pelo mundo.
Diz na Sagrada Escritura:
"Como não se preocupassem em adquirir o conhecimento de Deus, Deus entregou-os aos sentimentos depravados, e daí o seu procedimento indigno.
São repletos de toda espécie de malícia, perversidade, cobiça, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade.
São difamadores, caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, soberbos, altivos, inventores de maldades, rebeldes contra os pais.
São insensatos, desleais, sem coração, sem misericórdia.
Apesar de conhecerem o justo decreto de Deus que considera dignos de morte aqueles que fazem tais coisas, não somente as praticam, como também aplaudem os que as cometem". (Rm 1, 29 - 32)
Agora leiam a notícia abaixo: Enquanto um Arcebispo espanhol pede a defesa dos valores cristãos na escola, afim de preservar a identidade católica, o governo da Espanha mostra seu lado anticrstão, conforme a notícia divulgada acima.
23.05.2007 - Arcebispo espanhol pede preservar a identidade da escola católica
MADRI - "É necessário preservar a identidade da escola católica", assinalou o Arcebispo de Santiago de Compostela, Dom Julián Barrio Barrio durante a abertura da Assembléia Geral do Escritório Internacional de Educação Católica (OIEC).
O Prelado indicou que a especificidade da escola católica está no serviço à formação integral, sendo um projeto onde a fé católica se apresenta em diálogo com a cultura e no que Deus é seu fundamento primeiro e último". Em seguida referiu que é o momento para "incentivar a renovação da escola católica e esclarecer o serviço educativo que está contribuindo à sociedade".
Em outro momento Dom Barrio denunciou a existência de "correntes filosóficas e educativas que potencializam os saberes científico-técnicos" reduzindo "a razão ao instrumental", provocando que a fé seja "recebida como estranha.
"Em conseqüência, não se dá capacidade aos valores transcendentais, deixando a muitas pessoas no império do efêmero, em uma viagem a nenhuma parte e carentes de orientação além do que a razão científica possa proporcionais" comentou.
Fonte: ACI
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14.04.2007 - Tempos de Fogo: uma sociedade profundamente enferma
Se você for pego transportando vasos de um lugar para outro num cemitério, com suspeita de roubo, ou se pegar gravatas de grife sem pagar em lojas chiques de Nova York, basta alegar que toma remédios para dormir ou antidepressivos e tudo estará bem. Você não ficará muito tempo mofando na cadeia, até porque o inusitado da situação vexatória irá lhe conferir um certo “status”. Certo? Creio que deveria ser “errado”.
Todos nos admiramos com o recente surto do rabino Henry Sobel, homem do mais respeitáveis, quando apareceu na mídia com sua figura descomposta e desgrenhada, acusado de roubo. O que pensar? Consta que o rabino é um homem de posses, portanto, não precisa sair roubando gravatas de grife. Queremos acreditar que este homem, de fato, estaria passando por um momento de crise, sob efeito de remédios que lhe afetaram o senso e a razão. Sobel sempre pautou sua vida de modo admirável, de forma ética, buscando o diálogo inter-religioso, e por isso muito estimado pelos líderes de diferentes denominações.
O que pensar disso tudo, dos desvarios e intempéries de toda ordem que assombram os quatro cantos do mundo? Sou do tempo em que uma pessoa bondosa fazia uma canja de galinha daquelas, bem saborosa, e levava para quem estivesse doente ou levemente acamado. Ainda existe quem se disponha a atravessar a rua, com uma terrina fumegante de sopa, para levar a um vizinho, a um amigo adoentado?
Nosso estômago atual bem agradeceria esta canja benfazeja, para nos ajudar a suportar a amargura destes tempos de fogo. Nossa alma queima de dor, revolta e asco, ante a visão tenebrosa da falta de ética e de respeito, de solidariedade, de gentileza, de amor à vida em todas as suas formas. Cada vez mais, impõe-se a visão de que o mundo precisa mudar, a começar de cada um, individualmente. Não podemos permanecer dentro dos nossos casulos, trancados em nosso confortável mundinho, cuidando do próprio interesse e tudo bem.
Por vezes, o próximo é só alguém que devemos cumprimentar com educação, sem perguntar “como vai?”, com medo que ele resolva responder. Já não temos tempo nem paciência para o nosso interlocutor. As pessoas quase não se ouvem mais, não se acolhem, não se abraçam. Poucos têm coragem de dizer “eu gosto de você”, ou “você é uma pessoa sensível e inteligente”, porque sentimos medo de elogiar o outro. E as salas dos terapeutas devem andar lotadas de almas desesperadas e carentes de tudo! Quantos jovens sofrendo com a dependência química, quantos pais assustados com a vida! Quanta gente fumando e bebendo demais, dirigindo alcoolizada e matando; quantos viciados nas sensações de prazer que o mundo oferece de forma ilusória. Depois da dança, resta o quê? Talvez só um corpo cansado e um coração vazio.
O sistema tem sido implacável, com a ajuda de uma propaganda que incita ao consumo desregrado e a um estilo fútil de vida. O quadro é assustador, porém não irreversível. Devemos buscar com discernimento a diferença entre o certo e o errado, sem medo de anunciá-la quando necessário. É preciso enxergar onde está o erro e abominá-lo com veemência, ou apenas estaremos engrossando as filas de pacientes anônimos numa sociedade profundamente enferma.
Este é o século da doença, é o tempo patológico em todos os seus níveis e segmentos, virulência que ataca o corpo e o espírito. Vislumbramos um tempo mortífero, do aquecimento global, derretimento das geleiras, ciclones, inundações, destruição de ecossistemas, escassez de água, fome, aumento do fosso entre ricos e pobres, violência, medo, perseguição, rejeição às coisas de Deus e esfriamento da caridade – o império de tudo o que se pode chamar de “mal”.
Também sou do tempo – graças a Deus! – do terço, do escapulário, do responso, da água benta, do sal exorcizado, da medalha milagrosa, das novenas, da devoção aos anjos e santos, do jejum e da penitência, da confissão e da santa missa, onde se comunga aos domingos. Mantenho até hoje a devoção aos sacramentais. Louvado seja o Senhor e Sua santa palavra que é luz para tempos de trevas. Benditos sejam os nomes do Senhor e de Sua Mãe Santíssima que guardam para nós a fé e a esperança, acenando-nos com a promessa de Novos Céus, Nova Terra!
Sim, este “mundo velho” está decrépito. Doloroso é olhar para a paisagem do caos urbano e humano. O homem está doente, derrotado. A mãe que é presa por vender a filha de sete anos para sexo precisa de uma mudança em seu coração, precisa conhecer o Evangelho. Os homens de Estado que permitem o descalabro da miséria e da injustiça precisam ouvir a palavra de Deus. Os bandidos que arrastaram o menino João Hélio também precisam de conversão profunda. Os recém-nascidos abandonados em lagoas, brejos, terrenos baldios e latas de lixo precisam desesperadamente de corações bondosos, de uma chance para viver.
Todos devemos olhar além da novela, além do computador, além do dinheiro, além da ganância, além da última moda, além de si mesmo, e buscar a Lei do Senhor. O mundo vive sem lei, mas existe uma Lei eterna para a felicidade humana. Estamos no fim de uma era, no final de um tempo. O Pai, lá nas alturas, talvez esteja tão arrependido de ter criado o homem, como no tempo do Dilúvio. Que atitude Ele irá tomar?
Autora: Marisa F. Bueloni.
Formada em pedagogia e orientação educacional.
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