26.10.2008 - Promove o aborto, a autodeterminação sexual e a ideologia de gêner
SAN SALVADOR- A Igreja Católica em El Salvador manifestou sua preocupação por alguns pontos do documento base da 8ª Reunião Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo sobre «Juventude e desenvolvimento».
Segundo uma nota da agência missionária da Santa Sé, Fides, esta visão «imporá o aborto, o ‘direito’ à autodeterminação sexual e a ideologia de gênero, entre outras coisas, às nações do continente».
«O projeto foi qualificado por muitas organizações de pais de família como ‘anti-vida e anti-família’», acrescenta Fides.
O arcebispo de San Salvador, Dom Fernando Sáenz Lacalle, exigiu às autoridades que informem à sociedade sobre que temas serão discutidos na Reunião, pois «preocupam parte dos documentos que filtraram e que são atentatórios à lei natural, à constituição salvadorenha e aos princípios e valores morais que a grande maioria dos salvadorenhos estima como valiosos».
Mostra também sua preocupação pela «falta de transparência nos compromissos que se pretendem assumir na próxima Reunião Ibero-Americana da Juventude».
O arcebispo lançou também um apelo aos presidentes ibero-americanos para incluir o tema dos valores humanos ao discutir sobre o projeto de direitos dos jovens.
Segundo Dom Sáenz Lacalle, a reunião em si é boa e é muito importante o tema da juventude, mas desde que os presidentes «abordem em suas discussões a defesa dos valores humanos e em concreto que haja uma referência especial à família».
Cinco organizações civis latino-americanas e espanholas lançaram uma campanha conjunta para mobilizar a população e pedir aos chefes da região que não assinem os acordos da Reunião Ibero-Americana e da Convenção Ibero-Americana de Direitos dos Jovens.
Segundo os grupos, estes acordos «mantêm um ‘estranho’ fim de centrar um tema tão amplo como ‘a Juventude e o Desenvolvimento’ em uma luta a favor da ideologia de gênero». «A ideologia de gênero sustenta a troca de papéis entre homem e mulher, insiste na desconstrução da família e na liberação sexual da mulher; entende a maternidade como uma estrutura cultural opressiva e introduz termos eufemistas, tais como ‘interrupção da gravidez’, ‘gênero’, ‘estilo de vida’, ‘liberdade de escolha’, ‘direito sobre o próprio corpo’, para evitar falar diretamente de aborto, homossexualismo ou promiscuidade», advertem.
Fonte: www.zenit.org