21.10.2008 - Afeganistão: os talebãs reivindicaram o assassinato de uma agente humanitária, morta por dois homens que circulavam em moto na manhã de ontem na zona Oeste de Cabul. Os assassinos conseguiram fugir.
“Assassinamos esta mulher estrangeira em Cabul e assumimos a responsabilidade. Nós a matamos porque trabalhava para uma organização que pregava o cristianismo no Afeganistão”, afirmou Zabihulah Mujahid à agência de imprensa francesa France Press.
Gayle Williams, de 34 anos, tinha dupla nacionalidade: britânica e sul-africana. Estava no Afeganistão há ano e meio a serviço de uma Organização Não-Governamental envolvida na formação profissional de pessoas deficientes, a Serve Afghanistan.
O presidente da ‘Serve’, Mike Lyth, negou que Gayle tivesse qualquer atuação religiosa e que a ONG pregue o cristianismo. Ele afirmou que a funcionária havia se mudado para Cabul há pouco tempo, fugindo da falta de segurança em Kandahar, onde trabalhava.
“Estamos desolados pela perda de Gayle, que era uma menina adorável”, disse Lyth. “Ela sentia que havia encontrado seu lugar, trabalhando com afegãos”.
Em agosto deste ano, grupos de ajuda humanitária denunciaram que ataques contra seus funcionários haviam forçado a retirada de suas equipes do país. No mesmo mês, um japonês foi encontrado morto e quatro funcionários da organização International Rescue Committee, baseada em Nova York, foram mortos num ataque ao veículo em que estavam.
Os talibãs, desde que foram derrubados do poder, no final de 2001, por uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, promovem uma insurreição. Nos últimos dois anos, os confrontos duplicaram de intensidade, apesar da presença de 70 mil soldados de duas forças multinacionais, uma da OTAN, outra sob comando norte-americano (Operação Liberdade Duradoura).
De janeiro a setembro deste ano, vinte e oito trabalhadores já perderam a vida e 72 foram seqüestrados.
Fonte: Rádio Vaticano
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Lembrando...
Papa lembra os católicos que sofrem perseguição por sua fé
26.12.2006 - O Papa Bento XVI lembrou hoje os católicos que são perseguidos e sofrem "por dar testemunho e servir ao Evangelho", os quais toda a Igreja "admira" por seu exemplo e pelos quais reza para que "tenham a força de perseverar".
O Papa mostrou sua "especial proximidade espiritual" com os católicos que mantêm "sua fidelidade à Sé de Pedro, sem ceder a compromissos, às vezes inclusive ao preço de graves sofrimentos".
Bento XVI fez tais reflexões durante a oração do Ângelus, por ocasião da festividade de São Estevão, que a Igreja Católica considera o primeiro mártir cristão.
"Toda a Igreja admira o exemplo" desses católicos e reza para que "tenham a força de perseverar", com pleno conhecimento de que "suas atribulações são fonte de vitória, embora no momento possam parecer um fracasso", assinalou o Papa.
Confio à Virgem Maria "todos os que são perseguidos e sofrem, de diversas maneiras, por dar testemunho e servir ao Evangelho", disse o Santo Padre.
O Papa disse que a lembrança de São Estevão, diácono e primeiro mártir, depois da festa do Natal pode assombrar à primeira vista pelo contraste entre "a paz e a alegria de Belém e o drama de Estevão, apedrejado em Jerusalém na primeira perseguição contra a Igreja nascente".
No entanto, o Papa indicou que o Menino Jesus, "que nasce na gruta", é quem "salvará à humanidade" com sua morte "na cruz".
Fonte: Terra notícias
------------------------------------------------------------------------------------------------------------
"Somos perseguidos, mas não ficamos desamparados. Somos abatidos, mas não somos destruídos". (2Cor 4,9)
"Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? A nudez? O perigo? A espada?" (Rm 8,35)