17.10.2008 - ROMA.- O que têm em comum Alberto Hurtado, Gianna Beretta Molla e David Rodán Lara, ou seja, um jesuíta chileno, uma médica e mãe de família italiana e um jovem empregado mexicano? E o que une Vicente Vilar David, proprietário de uma companhia de cerâmica na província de Valência, com Antonieta Meo, mais conhecida como Nennolina, uma menina romana de 6 anos?
Todos fazem parte dessa longa lista de homens e mulheres, leigos, religiosos e sacerdotes, que viveram sua formação humana e espiritual na Ação Católica (AC) ou que, como assistentes, alentaram seu caminho e promoveram sua difusão, testemunhando uma plenitude de vida e uma fé em Cristo digna dos santos e levada, em alguns casos, até o martírio.
Ao acolher, em 4 de maio passado, os participantes do encontro nacional desta associação, que celebrava seus 140 anos de história, Bento XVI disse: «Viestes a Roma em companhia espiritual de vossos numerosos santos, beatos, veneráveis e servos de Deus: homens e mulheres, jovens e crianças, educadores e sacerdotes, ricos em virtudes cristãs, amadurecidos nas filas da Ação Católica. Estas testemunhas representam vossa mais autêntica carteira de identidade».
Em resposta às solicitudes dos papas – João Paulo II, na reunião com a associação em Loreto, em 2004, afirmou que «o maior dom que podereis oferecer à Igreja e ao mundo é a santidade» –, nasceu a «Fundação Ação Católica Escola de Santidade - Pio XI», apresentada em 11 de outubro passado em Roma.
O objetivo do novo organismo é «dar a conhecer santos, beatos, veneráveis, testemunhas que motivam a viver hoje uma «AC escola de santidade», sobretudo para os fiéis leigos, mas sem esquecer «que a AC continuou a ser fonte de múltiplas vocações sacerdotais e religiosas».
A fundação, constituída em 2007 com sede na Cidade do Vaticano, foi promovida pelo Fórum Internacional da Ação Católica, pela Ação Católica Italiana e por algumas dioceses e congregações que iniciaram processos de beatificação de membros da Ação Católica. O presidente do conselho diretivo do organismo é o cardeal Salvador De Giorgi.
«A Fundação – explicou o cardeal – está dedicada ao Papa Pio XI, em honra de um Pontífice que foi pastor cuidadoso e atento em tempos difíceis para a AC na Itália (basta pensar na vigorosa intervenção contra o fascismo na encíclica Non abbiamo bisogno, de 1931), e que favoreceu a promoção da associação na Igreja Católica, recordando a identidade religiosa essencial, depois confirmada pelo Concílio Vaticano II e pelo magistério posterior.»
«O conhecimento destes irmãos e irmãs que nos presidiram de maneira exemplar no seguimento de Cristo – acrescentou o purpurado – não só evidencia que a Ação Católica, em todas as partes e sempre, considerou como seu principal objetivo a vocação de todo cristão à santidade, mas também como muitos de seus membros a conseguiram, de fato, em sua vida cotidiana e em sua profissão. Isso supõe um convite para todos, leigos e sacerdotes, a lutar sem dúvida pela santidade.»
Fonte: www.zenit.org