Pará: cerca de 10 mil desmaiam durante o Círio de Nazaré


12.10.2008 - Durante a procissão do Círio de Nazaré, em Belém (PA), as mulheres e os promesseiros da corda foram os mais atendidos pela Cruz Vermelha e Defesa Civil. Segundo cálculos das instituições, cerca de 10 mil desmaiaram. Não são poucos os promesseiros que pedem uma graça e pagam a promessa acompanhando o trajeto segurando na corda que desmaiam e desistem no meio do caminho.

Segundo Nayrama Franco, monitora de socorrista, a causa geralmente está ligada a uma alimentação inadequada ou mesmo à falta de alimentação, e, ainda, à desidratação causada pelo sol e calor. Da igreja da Sé até a Basílica Santuário de Nazaré, são 17 postos de atendimento - percurso de 4 km.

A condução da corda pelos romeiros pagadores de promessa é orientada por homens da Polícia Militar, Exército e guardas de Nossa Senhora de Nazaré, que formam um cordão humano. Para que não percam o rumo que devem seguir, uma bandeira amarela sinaliza o caminho.

Vera Freitas e seus 11 irmãos fazem parte, há 10 anos, do grupo de promesseiros da corda. Segundo ela, a promessa não tem data para acabar e foi feita para que a mãe saísse bem do Centro de Tratamento Intensivo (CTI), onde se recuperava de um derrame. Os 12 filhos vão todos os anos a pé do município de Bragança para agradecer a graça alcançada.

Devotos da Virgem de Nazaré cantaram e rezaram durante todo o cortejo. Os organizadores da festa afirmaram que, este ano, mais de dois milhões de pessoas participaram da procissão. Antes de entrar na avenida Presidente Vargas, uma das principais vias da capital paraense, Nossa Senhora recebeu uma das maiores e mais tradicionais homenagens do percurso: milhares de rojões estourados pelo Sindicato dos Estivadores e Arrumadores do cais do porto.

Na fachada do Banco do Estado do Pará (Banpará), a cantora Jeane Darwich entoou cânticos acompanhada por anjinhos posicionados em cada uma das janelas do prédio. O padre Fábio de Melo fez o mesmo no Banco do Brasil.

Em frente ao Cine Olímpia, ainda na Presidente Vargas, o cortejo foi embalado pelo coral Metropolitano, formado por 800 vozes femininas e regido pelo maestro João Bosco.

Fonte JB Online


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