11.10.2008 - Milhares de pessoas participaram neste sábado em Berlim de uma manifestação em protesto contra o aumento das medidas de segurança e vigilância por parte do governo.
Os dados sobre o número de participantes são conflitantes. Para a polícia, mais de 12 mil pessoas protestaram, já segundo os organizadores o número passa de 50 mil.
Com o lema de "Liberdade em vez de medo - Parem com a loucura da vigilância", os participantes do ato protestaram igualmente contra o armazenamento de dados eletrônicos dos cidadãos por parte do Estado.
Um total de 117 organizações cidadãs de todos os campos, desde médicos a advogados, tinha convocado a manifestação que se desenvolveu sem incidentes e terminou perante o emblemático Portão de Brandeburgo.
Os participantes criticaram os planos do Ministério do Interior de aumentar as medidas preventivas antiterroristas, que incluem, entre outras coisas, a investigação via Internet de computadores privados.
Martin Graudiszus, presidente de uma associação de profissionais, criticou os planos do Ministério do Interior de introduzir um novo cartão de informática para os cidadãos que, segundo ele, põe em perigo a relação entre médico e paciente.
A nova legislação sobre o armazenamento de dados de telefone, também criticada, eque já está em vigor, contempla que todos os dados técnicos de conexões telefônicas sejam guardados preventivamente durante seis meses.
O armazenamento preventivo de dados valerá, em 2009, para as comunicações pela Internet, o que foi igualmente criticado pelos que convocaram a manifestação.
Fonte: Terra notícias
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Lembrando...
Nova Ordem Mundial: Norma antiterror põe alunos britânicos sob vigilância
10.10.2008 - Os professores britânicos estão sendo orientados a observar o comportamento dos seus alunos e informar às autoridades - inclusive a polícia - se perceberem algum comportamento extremista que possa estar ligado a práticas terroristas, informou o The Guardian nesta quarta-feira.
Segundo o jornal britânico, a partir de uma nova norma do governo, as escolas serão colocadas no centro a "agenda de prevenção" contra o terrorismo. Em reuniões nos estabelecimentos de ensino, as autoridades vão orientar professores a discutir em sala de aula sobre extremistas islâmicos e grupos racistas de extrema direita.
Para isso, receberão um "kit" com instruções para esses tipos de conversa. O objetivo é prevenir visões extremistas passem despercebidas. No verão, uma norma sugeriu que as escolas levassem chefes de mesquitas nascidos na Grã Bretanha para conversar com os alunos e promover os direitos universais.
A polêmica nesta nova norma é fazer com que os professores monitorem seus alunos e avisem as autoridades se perceberem o desenvolvimento de visões extremistas. O governo enfatiza que não visa buscar encontrar terroristas em playgrounds, mas sim que os mestres usem sua capacidade para vigiar os alunos com comportamento suspeito.
O mesmo já acontece, segundo as autoridades britânicas, em outros casos. Se o professor percebe que um aluno está envolvido com drogas ou está participando de gangues perigosas, os pais são avisados. O novo kit que será distribuído nas escolas conterá contatos de serviços sociais, líderes comunitários e até a polícia.
Redação Terra
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Uniforme Tecnológico: Estudantes ingleses podem ganhar chip no uniforme
22.08.2007 - Os uniformes escolares no Reino Unido podem ganhar um chip que possibilita aos pais e professores acessarem informações a respeito dos estudantes. Segundo o jornal italiano La Repubblica, os trajes, desenvolvidos por uma empresa especializada, utilizam um satélite para fornecer dados como a localização e registros escolares.
O "uniforme tecnológico", como está sendo chamada a roupa, foi aprovado por 59% dos 800 pais consultados pela empresa La Trutex, a inventora da idéia. O produto fornece, entre outras informações, a localização do usuário, o que é um atrativo a pais que temem que seus filhos sejam vítimas de seqüestro ou estejam envolvidos em brigas de rua.
No entanto, o uso desses uniformes pelas instituições de ensino deve gerar um novo debate sobre liberdades individuais no Reino Unido. Principalmente porque a empresa tem enfatizado que não só os pais teriam acesso às informações, mas também as autoridades escolares. Recentemente, o país discutiu a decisão de uma escola que coletou as impressões digitais dos alunos para o acesso à biblioteca.
Redação Terra