10.10.2008 - Os professores britânicos estão sendo orientados a observar o comportamento dos seus alunos e informar às autoridades - inclusive a polícia - se perceberem algum comportamento extremista que possa estar ligado a práticas terroristas, informou o The Guardian nesta quarta-feira.
Segundo o jornal britânico, a partir de uma nova norma do governo, as escolas serão colocadas no centro a "agenda de prevenção" contra o terrorismo. Em reuniões nos estabelecimentos de ensino, as autoridades vão orientar professores a discutir em sala de aula sobre extremistas islâmicos e grupos racistas de extrema direita.
Para isso, receberão um "kit" com instruções para esses tipos de conversa. O objetivo é prevenir visões extremistas passem despercebidas. No verão, uma norma sugeriu que as escolas levassem chefes de mesquitas nascidos na Grã Bretanha para conversar com os alunos e promover os direitos universais.
A polêmica nesta nova norma é fazer com que os professores monitorem seus alunos e avisem as autoridades se perceberem o desenvolvimento de visões extremistas. O governo enfatiza que não visa buscar encontrar terroristas em playgrounds, mas sim que os mestres usem sua capacidade para vigiar os alunos com comportamento suspeito.
O mesmo já acontece, segundo as autoridades britânicas, em outros casos. Se o professor percebe que um aluno está envolvido com drogas ou está participando de gangues perigosas, os pais são avisados. O novo kit que será distribuído nas escolas conterá contatos de serviços sociais, líderes comunitários e até a polícia.
Redação Terra
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Lembrando...
Uniforme Tecnológico: Estudantes ingleses podem ganhar chip no uniforme
22.08.2007 - Os uniformes escolares no Reino Unido podem ganhar um chip que possibilita aos pais e professores acessarem informações a respeito dos estudantes. Segundo o jornal italiano La Repubblica, os trajes, desenvolvidos por uma empresa especializada, utilizam um satélite para fornecer dados como a localização e registros escolares.
O "uniforme tecnológico", como está sendo chamada a roupa, foi aprovado por 59% dos 800 pais consultados pela empresa La Trutex, a inventora da idéia. O produto fornece, entre outras informações, a localização do usuário, o que é um atrativo a pais que temem que seus filhos sejam vítimas de seqüestro ou estejam envolvidos em brigas de rua.
No entanto, o uso desses uniformes pelas instituições de ensino deve gerar um novo debate sobre liberdades individuais no Reino Unido. Principalmente porque a empresa tem enfatizado que não só os pais teriam acesso às informações, mas também as autoridades escolares. Recentemente, o país discutiu a decisão de uma escola que coletou as impressões digitais dos alunos para o acesso à biblioteca.
Redação Terra
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Lembrando...
Cientista implanta chip no próprio corpo e prevê mudanças na educação
12.08.2007 - Com chips no cérebro, crianças aprenderão tudo via software, diz ele. Experiência deve ser a próxima ousadia do 'cyber-cientista'.
Que cientista seria capaz de mutilar o próprio corpo em nome de uma experiência científica? Eis o voluntário: Kevin Warwick, pai de dois filhos, pesquisador-chefe do Instituto de Robótica da Universidade de Reading, na Inglaterra. O cientista enfrentou cirurgias para implantar chips em seu braço esquerdo. Com o chip no corpo, ele poderia interagir com computadores e acionar máquinas.
O chip é uma peça minúscula, feita à base de silício. Funciona como uma espécie de órgão do corpo humano. Kevin Warwick se declara o primeiro cyber-cientista da história. Ao enfrentar a experiência, o cientista diz que quer antecipar um futuro fascinante. A Terra, diz ele, será um planeta povoado por seres humanos que estarão fisicamente conectados a máquinas e computadores.
“As vantagens do implante de chips no nosso corpo são tão grandes que não vejo como evitá-lo. Quem não quiser ter chips implantados será considerado uma subespécie”, afirma o cientista.
A primeira experiência com o chip deu certo. Com um simples gesto do braço em que o chip foi implantado, o cientista acende e apaga luzes sem sair do lugar.
“Depois do primeiro implante feito no meu braço passei a ser reconhecido pelo edifício. Portas se abriam, luzes se acendiam quando eu passava. O implante que fiz no braço pode ser usado como identificação. Quem estiver com o chip implantado poderá ter o acesso liberado em prédios de segurança máxima. Há outro chip que pode ser implantado em criminosos como pedófilos, por exemplo. Toda vez que ele se aproximar de um local como um shopping, as portas se fecharão. É um uso possível”, explica Warwick.
“Sinais emitidos pelo sistema nervoso central fazem com que o computador movimente a mão-robô”, explica o cientista acionando uma mão mecânica. “A grande vantagem é que a mão-robô não precisa necessariamente estar colada ao corpo. Conectado a um computador através de um chip implantado no corpo, o sistema nervoso pode movimentar a mão à distância, via internet. Você pode estar no Brasil e a mão-robô na Grã-Bretanha.”
O cientista não esconde a alegria ao movimentar uma cadeira de rodas com o chip implantado no braço. Ele anuncia: quer ser o primeiro humano a ter um chip implantado no cérebro, uma experiência radical. “Isso pode ser perigoso, mas sei que é tecnicamente possível.” O primeiro cyber-cientista diz que a implantação de chips no cérebro criará uma revolução na educação: as crianças aprenderão de outra maneira. “As crianças serão educadas não nas escolas, como hoje, mas através de chips que serão implantados no cérebro. A educação estará em um software, bastará apertar um botão.”
Fonte: G1