09.10.2008 - No novo filme estrelado por Bill Maher, "Religulous", o comediante diz que quer que descrentes como ele "saiam do armário" e contestem o que ele afirma ser a influência perigosa da religião sobre o mundo.
A julgar pelas críticas e reações do público testemunhadas em alguns cinemas americanos no fim de semana, é possível que tudo o que Maher tenha conseguido com seu filme, que ironiza o cristianismo, o judaísmo e o islã, é pregar aos já convertidos.
O LA Times disse em sua resenha: "Porque (Maher) quer acima de tudo divertir, ele formula suas perguntas não a pensadores religiosos sérios, mas aos malucos de diversos tipos que povoam as margens da religião, assim como povoam as margens do ateísmo".
"O humor que ele cria às expensas deles não prova nada, a não ser que dar as cartas com um baralho arranjado só beneficia a quem as dá".
O filme, que estreou no fim de semana em cerca de 500 cinemas norte-americanos, com bilheteria de 3,4 milhões de dólares, encontrou ressonância entre os "convertidos" de Maher, mas enfureceu alguns fiéis.
Num cinema em um subúrbio de Dallas, na sexta-feira, o público aplaudiu quando os créditos começaram a aparecer na tela - um fato raro.
"Foi divertido, mas também profundo", disse o técnico de informática Ryan Karakani, 23 anos, de ascendência iraniana mas cujo avô foi pastor anglicano.
Em Phoenix, o público do dia de estréia vaiou e gargalhou durante os 101 minutos do filme, e vários espectadores disseram mais tarde que o acharam divertido, edificante e um consolo.
A diretora de recursos humanos Tracey Ewens, que se descreveu como "espiritualizada, mas não religiosa", o filme "mostrou o absurdo das religiões convencionais".
Mas outras pessoas não acharam tão divertidas as perguntas que Maher fez de surpresa a um ator que representava Jesus num parque temático cristão na Flórida, a um rabino anti-sionista e a um político do Arkansas que questiona a teoria da evolução.
Vários de seus alvos eram evidentemente pessoas que vivem às margens da religião, como um pregador de Porto Rico que afirma ser uma nova encarnação de Jesus Cristo.
Algumas das cenas foram evidentemente editadas para fazer as pessoas parecerem tolas.
Em entrevista dada no mês passado no Festival Internacional de Cinema de Toronto, onde "Religulous" fez sua estréia, o diretor do filme, Larry Charles, disse que a intenção principal não foi fazer um estudo sério de questões religiosas.
"Nosso critério principal foi fazer o filme ser divertido, e o divertido transcende a maioria das crenças. Se fizermos o público rir, teremos realizado nosso objetivo", disse ele.
Fonte: Estadão
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Também lembrando...
Gravam filme que difama a Santa Teresa de Jesus e a denigre a símbolo sexual
MADRI, 12 12.2005 .- Faz uns dias começou a rodagem de um polêmico filme que, segundo antecipa com aplausos a imprensa socialista, apresentaria uma versão ofensiva de Santa Teresa de Jesus, mostrando-a como uma feminista revolucionária sexual que descrevia suas experiências místicas como “orgasmos carnais”.
O jornal socialista El País, porta-voz oficioso do PSOE, publicou uma nota cheia de elogios sobre o novo filme do roteirista e diretor Ray Loriga. A sinopse oficial que circula nos sítios dedicados ao cinema espanhol anuncia o filme como a história de uma mulher “que não se conforma com o destino que lhe apresenta: Casar-se com um cavalheiro. Ingressa em um convento de clausura e desde esses muros inicia uma cruzada de oração e sacrifício que a convertem primeiro em uma rebelde e uma louca, mais tarde em uma líder e, finalmente em uma Santa. Esta é a crônica de uma mulher única para um tempo difícil. Uma mulher excepcional que nunca foi uma mártir. Uma mulher formosa e forte que fez história”.
Entretanto, El País descreve uma das cenas já rodadas assim: “Aparece Santa Teresa no claustro vestida com o hábito branco desenhado pela japonesa Eiko Ishioka e dá vontade de arrancá-lo. O vestido é uma beleza e Paz Vega (atriz que encarna a Santa Teresa) está arrebatadora, morbidamente sexy, dentro dessa gaveta de seda com um crucifixo bordado”.
O diário entrevista declarações de Loriga que não deixam lugar a dúvida alguma. O cineasta coloca que esta versão “quis fugir da Santa Teresa dos 'santinhos' para aproximar-se a fundo a essa Teresa ‘mulher, humana, sexual, revolucionária, feminista, inteligente e loquaz’”.
“Teresa foi uma das primeiras mulheres da história que se negou a aceitar os papéis femininos que lhe ofereciam a sociedade e a Igreja. Não quis ser nem María Madalena nem a Virgem María, esses dois arquétipos monstruosos; nem tampouco algema e mãe escrava. Por isso escreveu 'a liberdade está na cela'. Mas o que a fez extraordinária de verdade foi sua capacidade para expressá-lo tudo, a sexualidade, o amor, a mística, a política”, sustenta Loriga.
Segundo Loriga, “ela pôs o dedo nas feridas da Igreja, que ainda doem hoje. Falou do papel da sexualidade; protestou pela atroz situação da mulher dentro da Igreja, advogou por uma Igreja sem classes nem pobres nem ricos, e trouxe à luz o balanço entre o poder político e o poder espiritual da Igreja; e o bonito é que algumas dessas batalhas ganhou”.
“Sei que há coisas que muita gente não vai gostar, mas eu tentei ser fiel ao espírito de Teresa e ao mesmo tempo ao filme. Sua relação com Cristo a expressou como uma relação muito sexual. Em suas transverberações -um processo espiritual e carnal muito complexo que se parece muito a um ato sexual mas que não se pode reduzir à palavra orgasmo, porque muitíssimas mulheres têm orgasmos e Santa Teresa só há uma-, sentia-se transpassada pelo dardo de Deus; assim, se houver escândalo, será dele, não meu. Tudo isso está em seus livros, em seus poemas”, assinalou Loriga.
Fonte: ACI Digital
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"Ora, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, rogamos-vos, irmãos, que não vos movais facilmente do vosso modo de pensar, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola como enviada de nós, como se o dia do Senhor estivesse já perto. Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição" (II Ts 2, 1-3)