06.10.2008 - As autoridades de saúde da África do Sul estão em alerta máximo depois que três pessoas morreram de uma doença infecciosa desconhecida, parecida com a febre hemorrágica.
Uma quarta pessoa também morreu, mas não ficou claro se o caso está relacionado com os outros três, que morreram na clínica Morningside, em Johanesburgo, disse a porta-voz do hospital, Melinda Pelser, na segunda-feira.
Há vários tipos de febre hemorrágica, incluindo o Ebola e Marburg, que mataram centenas de pessoas em epidemias na África. As doenças causam hemorragias em diferentes partes do corpo e têm alto índice de mortalidade.
O Departamento de Saúde sul-africano lançou um alerta no fim de semana, depois das mortes. Mas Pelser disse que os testes para os tipos conhecidos de febre hemorrágica deram negativo.
Pelser disse que as autoridades do hospital estão investigando a doença, que se parece com a gripe e causou sangramentos externos e internos. A contaminação se dá por meio do contato com fluidos corporais contaminados, mas não há sinal de que seja transmitida pelo ar.
Epidemias
A primeira vítima foi uma mulher da Zâmbia, levada ao hospital Morningside para o tratamento. Um paramédico que a acompanhou foi a segunda vítima, segundo as autoridades de saúde.
O Ebola é raro, mas não tem cura e o vírus geralmente mata entre 50% a 90% de suas vítimas. A contaminação também se dá pelo contato com os fluidos corpóreos do paciente. Assim como outras febres hemorrágicas, os pacientes morrem de desidratação, hemorragia e choque.
A última epidemia, que terminou em fevereiro, em Uganda, foi bastante leve, matando 37 das 149 pessoas infectadas. A epidemia anterior, que assolou Uganda em 2000, matou mais da metade das 425 pessoas infectadas. Em 2006, no vizinho Congo, 187 dos 264 infectados morreram.
Marburg é uma febre com características similares. Pelo menos 150 pessoas morreram em uma epidemia em Angola, em 2004 e 2005.
Fonte: Terra notícias
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Lembrando...
OMS alerta para aumento do risco de epidemias, doenças infecciosas estão se propagando
23.08.2007 - Doenças infecciosas estão se propagando mais depressa do que nunca, de acordo com o relatório anual da Organização Mundial da Saúde (OMS). Com cerca de 2,1 bilhões de pessoas viajando de avião todos os anos, há um grande risco do surgimento de outras grandes epidemias como aids, Sars ou febre de Ebola.
A OMS pede mais esforços para combater surtos de doenças e que sejam compartilhados dados sobre vírus para ajudar a desenvolver vacinas. Em um relatório intitulado Um Futuro Mais Seguro, a entidade diz temer que a falta de ação no combate aos surtos possa ter um impacto devastador sobre a economia global e a segurança internacional.
Segundo a OMS, novas doenças estão surgindo em um ritmo "historicamente sem precedentes" de uma por ano. Desde a década de 70, 39 novas doenças se desenvolveram e, só nos últimos cinco anos, a OMS identificou mais de 1,1 mil epidemias, incluindo cólera, pólio e gripe aviária.
"Seria extremamente ingênuo e complacente pensar que não haverá uma outra doença como a aids, uma outra Ebola e outra Sars, mais cedo ou mais tarde", diz o relatório. Compartilhar dados médicos, habilidades e tecnologia entre nações ricas e pobres é "uma das rotas mais viáveis" para segurança sanitária, afirma.
A OMS está envolvida em uma disputa com a Indonésia em relação a amostras do vírus H5N1, que provoca a gripe aviária. O governo indonésio se recusa a compartilhar suas amostras com a OMS em meio a temores de que empresas farmacêuticas usem esses vírus para fabricar vacinas que sejam caras demais para aquisição pela Indonésia.
A China só começou a compartilhar suas amostras de H5N1 em junho.
O relatório da OMS também pede aos governos que sejam mais transparentes em relação a surtos de doenças, dizendo que quase a metade de todos os alertas que recebe chegam pela imprensa.
Resistência a medicamentos também representa uma ameaça para o controle de doenças, de acordo com a OMS, que culpa o mau uso de antibióticos e tratamento médico ruim pelo problema, destacando o caso da tuberculose.
Na introdução do relatório, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, disse que a cooperação é crucial para combater surtos.
"Dada a vulnerabilidade universal de hoje a estas ameaças, a melhor segurança é a solidariedade global", afirmou Chan. "Segurança internacional de saúde pública é tanto uma aspiração coletiva quanto uma responsabilidade mútua."
Brasil, Argentina, Canadá, México, Peru e Estados Unidos são mencionados como exemplos de países que já criaram Centros de Operação de Emergência que os permitirão concentrar informações sobre epidemias e coordenar uma resposta a uma situação real ou potencial de emergência sanitária.
O Brasil também é mencionado como o primeiro país em desenvolvimento a fornecer terapia antiretroviral para a aids através de seu sistema público de saúde.
Fonte: Terra notícias
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"Haverá grandes terremotos por várias partes, fomes e pestes, e aparecerão fenômenos espantosos no céu". (Lc 21,11)