06.10.2008 - Cidade do Vaticano - Após o pronunciamento do secretário-geral, dom Nikola Eterovic, foi a vez do relator-geral, o arcebispo de Québec, no Canadá, cardeal Marc Ouellet, que começou seu discurso com o tema “O verbo da Nova e eterna Aliança, Jesus Cristo”.
Nas palavras dedicadas ao diálogo da Igreja com o ‘Deus que fala’, o cardeal canadense ressaltou a tradição da Lectio divina, praxe da contemplação gloriosa da Sagrada Escritura. A este propósito, ele disse esperar que o Sínodo encoraje a busca de estratégias novas, simples e atraentes para desenvolver o gosto e a prática da leitura continua, comunitária e pessoal, da Palavra de Deus.
Em seguida, o cardeal abordou em detalhes a interpretação eclesial da Palavra de Deus, seus elementos problemáticos, o sentido espiritual das Escrituras, e enfim, a relação entre exegese e teologia. Dom Ouellet explicou que ambas se interessam do mesmo objeto, a Palavra de Deus, mas com perspectivas diferentes e complementares. Métodos exegéticos e teológicos – segundo o pronunciamento do relator-geral do Sínodo – devem refletir a interdependência da ‘letra’, do Espírito e da fé, no trabalho de interpretação da Palavra.
Após repassar brevemente a questão histórica, o ‘Jesus do Evangelho’, e a ‘Igreja, serva da Palavra’, dom Marc Ouellet tocou ainda o importante tema do diálogo com as nações e as religiões: “Entre os interlocutores dos diversos diálogos da Igreja com as nações, o povo hebraico – disse ele – ocupa um lugar particular, pois é o herdeiro da primeira Aliança, com o qual compartilhamos as Sagradas Escrituras. E esta herança comum nos convida à esperança”. “O Judaísmo e o Islamismo, ou seja, as duas religiões que, como o cristianismo, descendem do mesmo pai, Abraão, são aliados da Igreja católica na luta à secularização e o liberalismo e pelo reconhecimento do papel público da fé”.
Enfim, no que concerne à Palavra de Deus como serviço ao homem, o arcebispo de Quebec afirmou que a atividade missionária da Igreja encontra suas raízes na missão de Cristo e do Espírito, que releva e difunde a comunhão trinitária em todas as culturas do mundo. “A dimensão salvífica universal do mistério pascal de Cristo pede o anúncio da Boa Nova a todas as nações e também a todas as religiões” - concluiu. (CM)
Fonte: Rádio Vaticano
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Lembrando...
Cristãos devem anunciar o Evangelho sem temor, diz Bento XVI
14.02.2007 - VATICANO - Ao receber nesta manhã aos bispos das dioceses da região italiana de Las Marcas junto a um grupo de peregrinos, o Papa Bento XVI os exortou a anunciar e testemunhar com valor o Evangelho.
"No atual clima de pluralismo cultural e religioso –disse o Santo Padre–, damo-nos conta que a mensagem de Jesus não é conhecida por muitos, portanto, todo cristão está chamado a um renovado e valente compromisso de anunciar e testemunhar o Evangelho".
Acrescentou também que a luz do Evangelho é "luz para a vida pessoal e sinal que orienta a vida social".
Dirigindo-se aos bispos, alentou-os a "dedicar todo esforço para que a formação básica cristã seja atendida tanto nas cidades como nos centros menores, para que todas as categorias de fiéis estejam preparadas para receber com fruto os sacramentos, indispensáveis alimentos para o crescimento na fé".
Finalmente pediu que "não se descuide uma instrução religiosa sólida que possa resistir os desafios de uma sociedade amplamente secularizada".
Fonte: ACI
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"Mas ele disse-lhes: É necessário que eu anuncie a boa nova do Reino de Deus também às outras cidades, pois essa é a minha missão". (Lc 4,43)
"Anunciar o Evangelho não é glória para mim; é uma obrigação que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho!" (1Cor 9,16)