Devoção a Maria: força dos católicos nos tempos de perseguição


03.10.2008 - Cardeal Audrys Backis, arcebispo de Vilnius (Lituânia), em peregrinação a Fátima

FÁTIMA, - O cardeal Audrys Backis afirma que «a devoção a Maria e o culto da Eucaristia foram a força dos católicos da Lituânia e dos países da Europa Oriental no tempo da perseguição religiosa».

«Hoje, muitos fiéis desejam agradecer à Virgem de Fátima pela sua intercessão, respondendo assim ao seu apelo pela conversão da Rússia», destacou o arcebispo de Vilnius (Lituânia), que preside à peregrinação aniversária de outubro ao Santuário de Fátima.

Em entrevista à Sala de Imprensa do Santuário, o arcebispo explicou que o desejo de agradecer a Maria por sua intercessão pode ser uma das causas do aumento do número de peregrinos do leste europeu em Fátima.

Ao sublinhar a devoção mariana do povo lituano, o cardeal Backis recorda que em seu país «há numerosos santuários e igrejas dedicadas à Virgem Maria».

«Nós celebramos no dia 8 de Setembro passado o 400° aniversário das aparições de Maria em Siluva (1608), festa da Natividade da Virgem, com a participação de dezenas de milhares de peregrinos.»

«Em Vilnius nós veneramos Maria, Mãe de Misericórdia, no Santuário de “La Porte d’Aurore” (A Porta da Aurora). Ainda nos resta descobrir a Mensagem de Fátima, e não temos igrejas dedicadas ao Seu nome», afirma.

O cardeal disse que, durante a peregrinação a Fátima (dias 12 e 13), rezará especialmente na intenção de seu continente. «Eu desejo antes de tudo rezar pela Europa, que está a esquecer as suas raízes cristãs».

«Direi outra vez a Maria a minha afeição filial, com uma ação de graças a Ela pela liberdade religiosa da qual hoje desfruta o meu país.»

O arcebispo recordou que a Lituânia é um dos países incorporados à força na União Soviética depois da Segunda Guerra Mundial e que suportou a opressão comunista, retomando a liberdade só em 1991.

«No mesmo ano, o Episcopado da Lituânia, em união com o governo, consagrou a Lituânia ao Coração Imaculado de Maria.»

Mas, segundo adverte o cardeal Backis, «em certos países da Europa, estamos longe de usufruir de uma total liberdade religiosa».

«O secularismo espalha-se e nós somos as vítimas da “ditadura do relativismo”, segundo a expressão do Papa Bento XVI», considera o arcebispo lituano.

Fonte: www.zenit.org

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“O dragão vendo que fora precipitado na terra perseguiu a Mulher que dera à luz o Menino. (...) Este (o dragão), então se irritou contra a Mulher e foi fazer guerra ao resto de sua descendência, aos que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus". (Ap. 12,13;17-18)


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