Futuro fa humanidade exige uso pacífico e consciente da energia nuclear


02.10.2008 - O uso pacífico da energia nuclear necessita de um empenho comum, com o objetivo de proteger e promover a vida humana: foi o que disse o secretário vaticano das Relações com os Estados, Arcebispo Dominique Mamberti, em seu pronunciamento aos participantes da 52ª Assembléia Geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que se conclui nesta esta sexta-feira, em Viena, Áustria. Participam do encontro os 145 Estados-membros da agência da ONU.

"Tomar consciência  lucidamente de se pertencer à única família humana" e "empenhar-se para que a convivência na Terra espelhe sempre mais, essa convicção, da qual depende a instauração de uma paz verdadeira e duradoura." O Arcebispo Dominique Mamberti renovou a todos os delegados dos países-membros da AIEA, o convite de Bento XVI, em sua mensagem para o Dia Mundial da Paz-2008, assegurando o amparo da Santa Sé à agência, cuja história de mais de 50 anos, demonstra a premente necessidade sublinhou Dom Mamberti de "trabalhar juntos, construtivamente" pela segurança nuclear, pelo uso pacífico e seguro da tecnologia atômica, e pelo desarmamento nuclear.

A Santa Sé _ acrescentou o arcebispo "apóia todos os esforços para desenvolver tanto a eficácia quanto a eficiência do sistema de garantias da Agência Internacional de Energia Atômica, assim como a elaboração e a realização, através da agência, de um efetivo regime de segurança mundial", baseado em "convenções" sobre a matéria, "standards" de referência e "assistência".

Por isso prosseguiu a Santa Sé "deseja ver todos os Estados como co-partícipes desses instrumentos jurídicos" que têm como objetivo a segurança nuclear, a fim de afastar o uso não pacífico de materiais e atividades nucleares não declarados.

Esses instrumentos jurídicos segundo Dom Mamberti "contribuirão não apenas para lutar contra o terrorismo nuclear, mas também para a concreta realização de uma cultura de vida e de paz, capaz de promover, de modo efetivo, o desenvolvimento integral dos povos".

Tudo isso é "politicamente possível" afirmou o secretário vaticano das Relações com os Estados dirigindo um apelo aos Estados, para que "retomem com maior determinação, uma progressiva e concorde destruição das armas nucleares existentes". Um apelo do qual ele se fez intérprete sublinhou "em nome de todos aqueles interessados no futuro da humanidade". (AF)

Fonte: Rádio Vaticano

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Lembrando...

Cardeal diz ser a favor de Irã fazer uso pacífico da energia nuclear

23.10.2007 - O cardeal Renato Martino, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, mostrou-se hoje a favor do uso pacífico da energia nuclear e que isto "também vale para o Irã".

Martino, que esteve em Nápoles para um encontro inter-religioso sobre a paz, disse que o uso pacífico da energia nuclear "pode fazer bem à humanidade".

O cardeal fez estas declarações à imprensa local comentando a reunião de hoje, em Roma, entre o alto representante de Política Externa e Segurança da União Européia (UE), Javier Solana, e o negociador iraniano para a questão nuclear, Saeid Jalili e seu antecessor Ali Larijani.

Segundo Martino, "tudo depende das intenções de quem administra" essa energia, o que vale "também para o Irã".

A esse respeito, citou como exemplo a faca, dizendo que o instrumento pode ser usado para cortar o pão e também para matar.

Segundo o religioso, "não é a tecnologia que é boa ou ruim, mas o uso que lhe é dado", o que, voltou a dizer, "também vale para o Irã".

No dia 29 de julho, o Papa Bento XVI fez declarações sobre a energia nuclear. Na ocasião, o Pontífice disse que é "urgente" promover um "progressivo e estipulado desarmamento nuclear", assim como favorecer o "uso pacífico e seguro" dessa tecnologia.

Fonte: Terra notícias


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