28.09.2008 - Índia - Nova Délhi - Enésima violência contra os cristãos na Índia. Fundamentalistas hinduístas assaltaram e deram às chamas a casa das Missionárias da Caridade. Congregação fundada por Madre Teresa de Calcutá. O fato ocorreu nesta quinta-feira no vilarejo de Sukananda, distrito de Kandhamal, mas a notícia foi dada somente hoje.
Por volta das 23h locais, uma multidão de 700 pessoas tomou as ruas violando o toque de recolher imposto pelas autoridades armada com foices, espadas e barras de ferro, e assediou o prédio e adjacências. Também destruiu a igreja local, desencadeando a sua fúria devastadora até às 2h da manhã.
"Na casa não havia ninguém declarou a superiora regional da congregação, Ir. Suma _ porque desde quando foram desencadeadas as violências contra os cristãos nos transferimos para a residência de Bhubaneshwar, junto às jovens dalit (sem casta) e tribais às quais havíamos dado abrigo."
Ontem, sexta-feira, Irmã Suma encontrou o governador do Estado de Orissa, Muralidhar Chandrakant Bhandare, a quem disse que o ataque é obra de "forças demoníacas" que atuam na região. O governador disse concordar com a religiosa.
Também o arcebispo de Cuttack Bhubaneswar, Dom Raphael Cheenath, que define as religiosas de Madre Teresa como "missionárias de fronteira" e, por isso, sempre mais expostas aos riscos, manifestou a sua solidariedade às religiosas.
Também ontem a Conferência Episcopal Indiana difundiu uma declaração assinada por seu presidente e também arcebispo-mor de Ernakulam-Angamaly dos Siro-Malabarenses, Cardeal Varkey Vithayathil, sobre as violências contra os cristãos.
Pela primeira vez, os bispos acusam oficialmente grupos do ativismo radical Hindutva e exigem justiça do governo central e dos outros Estados. Pedem que a civilização indiana da tolerância seja salvaguardada e garantida a obra dos cristãos em favor dos pobres e dos sem castas, em prol da reconciliação social. (RL)
Fonte: Rádio Vaticano
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Lembrando...
Extremistas hindus assassinaram a sacerdote por ser cristão e caridoso
20.08.2008 - O Arcebispo de Hyderabad (Índia), Dom Marampudi Joji, assinalou que os homicidas extremistas hindus que acabaram com a vida do sacerdote carmelita de María Imaculada, Pe. Thomas Pandippally, mataram-no por três motivos: "porque era religioso, porque era cristão e porque era caridoso com os pobres".
Em declarações a L'Osservatore Romano, o Prelado explicou que o Pe. Pandippally "foi assassinado porque os missionários católicos estão de parte dos pobres nesta região aonde ainda existe uma férrea forma de servidão ligada ao cultivo da terra. Aos camponeses não se lhes reconhece nenhum direito de parte dos latifundiários que se servem de gangues de fanáticos hinduistas para acabar com qualquer melhora das condições de vida da população rural".
"Nesta região o fanatismo de coete hinduista usa a religião só como um pretexto para realizar estes crimes. Entre nós os católicos e os religiosos hindus moderados não há enfrentamento quando o diálogo tem que ver com os valores do espírito. Os enfrentamentos são criados por quem usa pretextos pseudo-religiosos", explicou o Prelado.
O Arcebispo também assegurou que "os fiéis de minha diocese com freqüência vivem em condição de terror. Aqui os católicos estão em uma minoria verdadeiramente heróica e significativa. Na paróquia onde aconteceu o assassinato são somente cinco famílias as que se declaram católicas. Por isso acudir regularmente aos serviços religiosos é agora um risco sério".
Seguidamente precisou que "os camponeses das áreas rurais devem obedecer somente aos latifundiários que são de fé hindu. Ser cristãos e ser, em particular, católicos, é uma eleição muito valorosa, mas uma eleição que põe em risco a vida própria e a dos familiares".
Depois de assinalar logo que o assassinato do Padre Thomas "foi um ato de ódio para a Igreja Católica", Dom Joji explicou o perigo que suporta servir em zonas afastadas na Índia para sacerdotes, religiosas e religiosos; que "trabalham confiando somente na proteção de Deus".
Finalmente o Arcebispo de Hyderabad indicou que "com freqüência estou em contato com o Núncio Apostólico em Delhi, Dom Pedro López Quintana. Lhe peço fazer presente às autoridades do governo central a situação de minha diocese e da Igreja em Andhra Pradesh em geral. Faço um chamado não só a favor de nós os católicos mas também a favor de todos outros irmãos na fé em Cristo".
Fonte: ACI
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Lembrando...
Livros sobre a História de Jesus são queimados por ativistas hindus.
27.06.2007 - ÍNDIA - Ativistas hindus queimaram 500 cópias de um livro chamado "História da Vida de Jesus", confiscados de uma escola primária para meninas em Siddapur, Estado de Karnataka, na segunda-feira passada, dia 18 de junho.
A multidão dirigida pelos hindus do Jagarana Vedike (Fórum Hindu pelo Reavivamento) e pelo partido Bharatiya Janata (BJP) alegou que os livros estavam sendo usados para a conversão das crianças ao cristianismo.
Diversos protestos ocorreram em Siddapur e Sirsi, depois que os ativistas souberam dos livros e os encontraram na escola, embalados em caixas de papelão.
Cerca de cinco caixas com os livros sobre Cristo, de um total de dez, já tinham sido distribuídas aos alunos, informou um porta-voz da secretaria de educação local.
O presidente do BJP na cidade, K.J Naik, denunciou o envolvimento da presidente do Congresso, Sonia Gandhi, no caso. Segundo ele, Sonia é que vem encorajando ações do gênero.
O BJP é uma organização política e religiosa conservadora.
Os defensores do BJP disseram que estão mantendo contato com todos os hindus que vivem no exterior para ajudá-los na organização de meios para proteger a identidade hindu, conhecida como Hindutva (nacionalismo hindu).
Fonte: PortasAbertas.org.br
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Diz na Sagrada Escritura:
"Então sereis entregues aos tormentos, matar-vos-ão e sereis por minha causa objeto de ódio para todas as nações". (Mt 24,9)
"Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? A nudez? O perigo? A espada?" (Rm 8,35)
"Pois todos os que quiserem viver piedosamente, em Jesus Cristo, terão de sofrer a perseguição". (2Tm 3,12)