18.09.2008 - "A situação para os cristãos na Terra Santa permanece difícil, sobretudo nos Territórios palestinos ocupados": foi o que afirmou o custódio da Terra Santa, Frei Pierbatista Pizzaballa, da Ordem dos Frades Menores.
O religioso pronunciou-se nos dias passados na assembléia geral da Associação Suíça da Terra Santa, que se realizou na cidade helvécia de Lucerna. Em particular, Frei Pizzaballa ressaltou que os jovens cristãos da Terra Santa "não vêem outro futuro a não ser a emigração".
Todavia _ acrescentou _, se vê algum sinal positivo, porque "os peregrinos reencontraram o caminho rumo aos lugares sagrados", sobretudo nos últimos dois anos, "e dão um sinal de esperança a Belém e adjacências".
Em seguida, o frei franciscano ressaltou a necessidade de distinguir "a situação dos cristãos que vivem no Estado de Israel e dos que se encontram nos Territórios ocupados".
"No primeiro caso, o número de fiéis permaneceu estável, embora os percentuais estejam em queda, porque, em linha de máxima, as famílias muçulmanas têm cinco filhos, as de religião judaica têm três, e as de religião cristã dois."
"A situação econômica _ continuou Frei Pizzaballa _ não é fácil, mas é nitidamente melhor em relação à dos territórios ocupados, onde a emigração cristã é muito forte."
Segundo o custódio da Terra Santa, são, sobretudo, os jovens de classe média que se transferem para o exterior em busca de encontrar meios de subsistência suficientes. (RL)
Fonte: Rádio Vaticano
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Lembrando...
Vaticano pede solidariedade para com os cristãos da Terra Santa
16.02.2008 - No início do período quaresmal, a Congregação para as Igrejas Orientais renovou o convite aos fiéis a "ajudarem espiritualmente e materialmente a comunidade católica" da Terra Santa.
O apelo está contido numa carta, endereçada aos bispos e aos fiéis católicos do mundo inteiro, assinada pelo prefeito do referido organismo vaticano, Cardeal Leonardo Sandri, que publica também um breve relatório sobre os projetos desenvolvidos no período 2006-2007 com os fundos adquiridos com as coletas em favor da Terra Santa.
Os cristãos são convidados a partilhar o fruto das suas renúncias quaresmais no tradicional peditório em favor dos Lugares Santos.
A coleta de Sexta-feira Santa é, aliás, destinada a estas comunidades por explícita vontade dos Papas. A primeira remonta ao Papa Martinho V, que estabeleceu, em 1421, as normas acerca da coleta de ofertas.
Segundo o Cardeal Sandri, "a ausência de uma paz estável aumenta os antigos problemas nos Lugares Santos, agrava a situação de pobreza e gera novos problemas".
Os cristãos que vivem na Terra Santa "merecem atenção prioritária da Igreja Católica e das outras Igrejas e Comunidades eclesiais", que "sempre precisam do carisma vivo das origens e da singular vocação ecumênica e inter-religiosa da qual são portadores".
Entre as urgências a serem enfrentadas, escreve, "encontra-se sempre o fenômeno imparável da emigração, que corre o risco de privar as comunidades cristãs dos melhores recursos humanos".
"Nada podemos deixar de tentar, em vista de garantir que, ao lado dos monumentais testemunhos históricos do cristianismo, as comunidades vivas possam sempre celebrar o mistério de Cristo, nossa paz", refere.
O Cardeal argentino faz votos de que "possa crescer o movimento de caridade" a fim de "garantir à Terra Santa a ajuda necessária para a vida eclesial ordinária e para necessidades particulares".
"Através da comunidade católica", assegura, a caridade "atuará sem distinção religiosa, cultural e política, sobretudo em favor das jovens gerações que poderão também continuar a usufruir da qualificada obra educacional católica".
Com a Carta, o Cardeal Sandri publicou também um documento sobre projetos mantidos nos últimos dois anos pela Custódia da Terra Santa. Tratam-se de obras em favor dos jovens, das famílias, bem como de apoio escolar e, também, de construção de apartamentos para os pobres e para os jovens casais.
Fonte: Canção Nova News