Corpo de 1919 é exumado para ajudar a combater gripe aviária


16.09.2008 - O corpo de um aristocrata inglês morto há 90 anos, vítima da epidemia da gripe espanhola, foi exumado em uma tentativa de ajudar os cientistas a analisar o vírus e tentar encontrar formas de combater uma eventual epidemia da variante humana da gripe aviária.

O diplomata Sir Mark Sykes morreu em 1919 em Paris e foi enterrado em um caixão de chumbo.

Os cientistas do Hospital Queen Mary, em Londres, esperam que o material do caixão tenha ajudado a preservar o vírus no tecido. Eles acreditam que o DNA do vírus da gripe espanhola pode ter uma estrutura genética similar à da gripe aviária.

A análise do vírus, combinada com outras descobertas feitas por cientistas americanos no ano passado, pode ajudar a prevenir epidemias de gripe através do desenvolvimento de novos remédios.

A exumação foi autorizada por autoridades religiosas da região de York, ao norte da Inglaterra, e pelos netos de Sykes.

O corpo do aristocrata - que foi proprietário da histórica mansão de Sledmere House - será examinado em um laboratório com sistema de ar controlado para evitar o risco de contaminação.

Pesquisadores do programa Inside Out, da BBC, localizaram registros do funeral de Sykes na Igreja St Mary, da vila de Sledmere, e outros documentos de arquivo para ajudar a equipe médica que irá examinar o corpo.

Mark Sykes morreu no final da epidemia da gripe espanhola, que matou cerca de 50 milhões de pessoas quando se disseminou, no fim da Primeira Grande Guerra.

O aristocrata, que também era um político de renome, cotado para se tornar primeiro-ministro, trabalhava para o governo britânico no Oriente Médio, onde ajudou a estabelecer algumas fronteiras nacionais que ainda existem na região.

Da Síria, ele voltou à Inglaterra de navio via Londres, onde se acredita que ele tenha contraído o vírus. Ele morreu no dia 16 de fevereiro no Hotel Lotti, em meio às negociações de paz em Paris.

Fonte: G1

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Lembrando...

Cientistas comparam gripe aviária com a que matou 50 milhões em 1918

17.01.2007 - Um estudo de um grupo de cientistas do Japão, Estados Unidos e Canadá relaciona os efeitos da epidemia de gripe que deixou 50 milhões de mortos em 1918, com os do variante H5N1 da gripe aviária, doença que, segundo a pesquisa, fará desaparecer comunidades inteiras de seres humanos.

Para desenvolver este estudo, publicado no último número da revista "Nature", os cientistas infectaram vários macacos com uma reconstrução do vírus da "gripe espanhola", à qual chegaram através dos genes extraídos de tecidos de algumas vítimas desta pandemia que dizimou a população mundial em 1918.

Os testes confirmaram que a reação selvagem e descontrolada do sistema imunológico dos macacos, que destruiu seus pulmões em poucos dias, era semelhante à ocorrida nas 161 pessoas que morreram desde 2003 por causa da gripe aviária.

"O que vemos com o vírus de 1918 nos macacos infectados é também o que vemos com o vírus H5N1", afirma o professor Yoshihiro Kawaoka, que faz parte do grupo de pesquisa. O especialista prevê que esta variante da gripe aviária causará uma pandemia mundial das mesmas dimensões da que ocorreu em 1918.

Os especialistas acreditam que é só questão de tempo para que o vírus sofra um mutação ou se combine com algum outro tipo de variante para exterminar comunidades inteiras, e lembram que, se isso não aconteceu ainda, é porque o vírus ainda não pode ser transmitido facilmente de um ser humano a outro.

"Nossa análise revela potenciais mecanismos de virulência, o que esperamos que ajude a desenvolver novas estratégias antivirais para vencer o vírus e moderar a resposta imunológica", afirma Michael Katze, especialista em microbiologia da Universidade de Washington em Seattle (EUA).

O estudo foi desenvolvido em um laboratório do Canadá com altas medidas de segurança, e teve a participação de sete macacos, que mostraram sintomas em menos de 24 horas e que tiveram que ser sacrificados oito dias depois.

Os cientistas acham que o vírus produz rapidamente algo no organismo hospedeiro que o permite crescer a um ritmo extraordinário, mecanismo que, por enquanto, os cientistas não descobriram.

Fonte: Terra notícias

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"E vi aparecer um cavalo esverdeado. Seu cavaleiro tinha por nome Morte; e a região dos mortos o seguia. Foi-lhe dado poder sobre a quarta parte da terra, para matar pela espada, pela fome, pela peste e pelas feras". (Ap 6,8)


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