09.09.2008 - O Arcebispo de São José, Dom Hugo Barrantes Ureña, fez um chamado aos legisladores da Costa Rica que estudam a legalização das uniões entre pessoas do mesmo sexo, a defender a instituição matrimonial e não ir “contra a reta razão”.
Dom Barrantes compareceu ante a Comissão de Internacionais da Assembléia Legislativa que tramita o projeto titulado “Lei de união civil entre pessoas do mesmo sexo”.
Em seu discurso breve advertiu que “a legalização das uniões de pessoas homossexuais estaria destinada a obscurecer a percepção geral de valores morais fundamentais e provocaria a desvalorização da instituição matrimonial”.
O Arcebispo propôs “da doutrina da Igreja, alguns elementos que iluminem a discussão sobre o tema do reconhecimento jurídico das uniões entre pessoas homossexuais”.
Neste sentido, precisou que “a Igreja Católica considera que toda pessoa humana, criada a imagem de Deus, é digna de todo respeito, e rechaça toda discriminação contrária à dignidade da pessoa. Assim, a Igreja distingue entre o respeito a toda pessoa, independentemente, de sua orientação sexual, e o rechaço ao ato sexual homossexual, como ato objetivamente contrário ao plano de Deus para o ser humano”.
Também lembrou que “os legisladores civis não podem nem devem legislar contra a reta razão, pois de fazê-lo, a norma que emitem perderia a força de obrigar em consciência”.
O Arcebispo esclareceu que “a Igreja valora favoravelmente o matrimônio instituição natural, além de qualquer simples união de pessoas, como fundamento da família. Esta instituição natural é reconhecida pelas grandes culturas da humanidade, como uma verdade posta em evidencia pela reta razão, apoiada na complementariedade antropológica dos sexos”.
“Esta verdade natural, vê-se notavelmente enriquecida pela revelação cristã, a qual nos transmite o dado da dignidade da pessoa humana: homem e mulher, a sexualidade do ser humano além de somente sua esfera biológica, pois o ser humano é um ser com corpo e alma, e o matrimônio como forma de vida, em que se vive a comunhão pessoal”, indicou.
Do mesmo modo, lembrou que a favor das uniões homossexuais “se invocam argumentos como o princípio de respeito e a não-discriminação das pessoas” mas precisou que “atribuir o reconhecimento de matrimônio a uma relação de pessoas homossexuais ou bem outorgar prerrogativas e direitos idênticos a este, é em si mesmo uma injustiça maior, pois se vulnera o bem comum da comunidade social”.
O Arcebispo lembrou aos congressistas, particularmente aos católicos, que “como Igreja, vemos na família um valor muito importante, que tem que ser defendido de todo ataque orientado a diminuir sua solidez e a pôr em dúvida sua mesma existência. Por isso vos exorto a consagrar-se com sinceridade, retidão, com caridade e fortaleza à missão a vós confiada pelo Povo, ou seja, legislar sobre a base dos princípios éticos e em benefício do bem comum”.
Fonte: ACI
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Lembrando...
Alimento Espiritual para Reflexão: A Dura Verdade
15.06.2008 - Por Mark Mallett - USA
Por quê? Por que a Igreja Católica seria contra o amor?
Esta é a pergunta que muitas pessoas fazem, quando vêem a proibição da Igreja contra o casamento gay. Duas pessoas desejam se casar porque se amam. Por que não?
A Igreja tem respondido claramente, usando a razão da lei natural, as Sagradas Escrituras e a Tradição em dois breves documentos: Considerações a respeito do Reconhecimento Legal das Uniões entre Pessoas Homossexuais e Carta aos Bispos da Igreja Católica sobre a Pastoral das Pessoas Homossexuais.
A Igreja tem respondido com clareza e firmeza, assim como ela afirma que o adultério é moralmente errado, tanto quanto coabitar antes do casamento, roubar ou bisbilhotar.
MÃE E MESTRA
Nós podemos apenas compreender a missão da Igreja como "mãe e mestra", no contexto da missão cristã: Ele veio para nos salvar dos nossos pecados. Jesus veio para nos libertar da dependência e da escravidão que destroem a dignidade e o potencial de cada ser humano feito à imagem de Deus.
De fato, Jesus ama cada homem e mulher gay do planeta. Ele ama cada adúltero, fornicador, ladrão e bisbilhoteiro. Mas para toda pessoa, Ele proclama: "Arrependei-vos, pois o reino do céu está próximo" (Mat 4:17).
"Arrependei-vos" das ações erradas, para receberdes "o reino dos céus". Dois lados da Moeda da Verdade.
À adúltera, Jesus impediu que fosse apedrejada e eles deixaram suas pedras, saindo dali. Jesus disse: "Ninguém te condenou, nem Eu te condeno". Ou seja.
"Deus não enviou Seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por meio d´Ele." (Jo 3:17).
Jesus anuncia a era da misericórdia. Mas misericódia também busca libertar, também fala a verdade. Assim, Cristo disse a ela: "Vai e não peques mais".
"... todo aquele que não crê já está condenado".
Ele nos ama e, portanto, Ele deseja nos libertar e nos curar da ilusão e dos efeitos do pecado.
Assim, quando a Igreja proclama os limites da lei e das fronteiras para a atividade humana, ela não está restringindo nossa liberdade. Antes, ela está continuando a nos dar as grades de proteção e sinais que nos dirigem em segurança à verdadeira liberdade.
"A liberdade não é a habilidade para fazer tudo o que desejamos, o que queremos fazer. Antes, a liberdade é a habilidade para viver responsavelmente a verdade do nosso relacionamento com Deus e com o próximo " - papa João Paulo II - 1999.
É por causa do amor da Igreja para a pessoa que se esforça com sua orientação sexual que ela fala claramente sobre o perigo moral de seguir ações contrárias à lei moral natural. Ela chama a pessoa a entrar na vida de Cristo, que é "a verdade que nos liberta". Ela aponta o Caminho dado a nós pelo próprio Cristo, que é obediência aos desígnios de Deus - uma estrada estreita que conduz à beatitude da vida eterna. E como uma mãe, ela avisa que "o salário do pecado é a morte", mas não esquece de destacar com alegria a carta das Escrituras:
"... mas o dom de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor" (Rom 6:23)
A VERDADE NO AMOR
E assim, devemos ser claros, falando a verdade no amor: a Igreja não está apenas dizendo que a palavra "casamento" pode pertencer somente aos casais heterossexuais; ela está dizendo que a união de qualquer tipo, entre pessoas homossexuais, é um "objetivamente desordenada". Por esta razão,
"O reconhecimento legal das uniões homossexuais obscureceriam certos valores básicos da moral e causam uma desvalorização da instituição do matrimônio" - Considerações a respeito do Reconhecimento Legal das Uniões entre Pessoas Homossexuais; 6.
Não é um mandamento frio, mas um eco das palavras de Cristo: "Arrependei-vos, pois o reino dos céus está próximo". A Igreja reconhece o esforço, mas não dilui o remédio:
"...homens e mulheres com tendências homossexuais "devem ser aceitos com respeito, compaixão e sensibilidade". Todo sinal de discriminação injusta a este respeito deve ser evitado. "Eles são chamados, como outros cristãos, a viver a virtude da castidade. A inclinação homossexual é, portanto, "objetivamente desordenada" e as práticas homossexuais são "pecados graves contrários à castidade" - Ibid. 4.
Assim o adultério, a fornicação, o roubo, a bisbilhotice são pecados graves. E Cristo deseja nos libertar de tudo isso - seja a pessoa homossexual ou heterossexual.
Published in: DAILY JOURNAL, A DURA VERDADE - June 14th, 2008
(tradução de Marisa Bueloni ><>)